Paquetá Ilha Ditosa e Florida é mais um livro da série Cantos do Rio.
O projeto foi lançado em 1996 e já editou livros sobre o Baixo Gávea, Bangu, Centro, Cosme Velho, Feira de São Cristóvão e Maracanã, entre outros lugares famosos do Rio de Janeiro.
Esta obra é de autoria de Maria Lúcia Dahl, em parceria com Cláudio Bojunga, ambos cariocas. Maria Lúcia é atriz, roteirista de TV, cronista do Jornal do Brasil e já publicou três livros; Cláudio Bojunga é jornalista, escritor e roteirista de cinema.
O livro é ideal para descansarmos a cabeça e entrarmos em contato com a história de um dos lugares mais bucólicos e famosos do Rio de Janeiro, de uma maneira simples e tocante.
Através de Paquetá Ilha Ditosa e Florida, conhecemos personalidades importantes do lugar e pessoas apaixonadas pela Ilha, com relatos emocionantes. Depoimentos que nos remetem a um tempo longínquo, onde a Baía de Guanabara era limpa e a vida era mais calma. Para completar esse clima nostálgico, são citadas algumas lendas, poesias, letras de música, etc. Difícil decifrar o que é real do que é ficcional, mas talvez seja esse um dos grandes méritos dos escritores, pois eles nos fazem viajar nas páginas do livro.
Um dos encantos de Paquetá é a valorização do seu Patrimônio Cultural. Várias construções são tombadas e, através delas, recuperamos um pouco da História do lugar. D.João VI foi um dos seus mais ilustres freqüentadores e a denominou "Ilha dos Amores".
Certamente a ilha é muito conhecida em virtude do livro "A Moreninha" de Joaquim Manuel de Macedo, um dos livros mais importantes da literatura brasileira. Moreninha é, inclusive, o nome de uma das praias mais famosas de Paquetá.
Mas Paquetá Ilha Ditosa e Florida não relata somente as maravilhas do lugar; faz um alerta ao perigo da poluição da Baía de Guanabara e a ocupação desordenada que o lugar está sofrendo. Um alerta para que um paraíso como esse não perca totalmente o seu encanto.
O livro é "de bolso" e, apesar de ser bem curtinho (74 páginas), constitui-se num importante registro histórico sobre Paquetá.
Estive em Paquetá nos anos 80 e fiquei encantada. Paisagem exuberante, sossego, garantido, sobretudo pela proibição da circulação de carros. As charretes e bicicletas faziam sonhar com um mundo onde a paz e a tranqüilidade nos garantam qualidade de vida. Sem contar que o passeio de barca - que sai da Praça Quinze, centro do Rio de Janeiro - já é muito interessante. Deslumbra-nos a capital, depois a Ponte Rio-Niterói, a baía de Guanabara e, finalmente, o lugar onde chegamos, que é muito agradável.
Quem conhece a ilha irá reviver momentos que certamente marcaram a sua vida; quem não conhece certamente se apaixonará por Paquetá.
Nanda, é o primeiro texto seu que eu leio sem ser de teatro.
Gostei de saber que a Maria Lucia Dahl escreveu esse livro.
O Claudio, é Bojunga, não? Acho que houve um êrro de digitação aí. :))) Ah, e ele é autor teatral também. Tem até um texto premiado pelo antigo Serviço Nacional de Teatro. Parabens, Nanda, pela coluna. Já estive aqui várias vezes e é a primeira vez que faço comentários. Um abraço.