Não é tarefa fácil escrever sobre si próprio. É como se olhar no espelho e se deparar com suas imperfeições; é assumir-se para o seu maior crítico - àquele que será impiedoso para lhe apontar os defeitos, mas que também será o primeiro a aplaudi-lo. Sei que esta é somente uma apresentação, o que, entretanto, não a torna isenta de exibir, ainda que parcialmente, minha intimidade. Sou Aline Pinto Pereira, tenho 24 anos (meu aniversário é em sete de setembro), e moro em Niterói (RJ). Há pouco mais de um ano me formei em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), onde também concluí um curso de extensão em Relações Internacionais. Em 2004 (assim espero), estarei encerrando a graduação em História, pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
Quando optei pelo curso de Comunicação Social já sabia que minha habilitação seria em Jornalismo. Ao contrário de muitas meninas de minha geração, não pretendo, um dia, substituir a Fátima Bernardes na bancada do Jornal Nacional. Sei que este é o desejo de muitas delas, mas o Jornalismo é mais do que simplesmente uma transmissão de notícias e fatos. Ele é um instrumento político que, quando bem utilizado, contribui para melhor desenvolvimento da sociedade. Acredito no poder transformador da comunicação, mas, sobretudo, posso crer na função do jornalista. Com o domínio das palavras, tem em suas mãos grande responsabilidade enquanto agente formador de opiniões.
Foi com essa mesma paixão que decidi ingressar no mundo dos historiadores - o que considero um casamento perfeito com a primeira profissão que escolhi. Ao ampliar ainda mais minha compreensão do mundo, acabei potencializando elementos comuns aos dois ofícios: a curiosidade e um olhar crítico sobre os fatos. Com esse "duplo ofício" posso expandir meu desejo de conhecer e aprender com as experiências cotidianas compartilhadas. E fazer parte da equipe do Digestivo Cultural (mesmo que ainda não tenha conhecido meus companheiros de Internet pessoalmente) tem sido uma dessas experiências; das mais gratificantes.
Além de uma jornalista e quase profissional de História, o espelho reflete muito mais de você. Reflete também dedicação, responsabilidade, amizade e bondade. Seu lado pessoal é tão iluminado quanto o profissional, apesar de estar apenas no início de sua caminhada.
O mundo é melhor por existir pessoas como você.