COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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12/1/2006 | | |
12h54min | |
| Adriana, seu texto me trouxe umas lembranças. BH não tem tantos gaúchos assim. A não ser que morem na zona Sul e eu esteja longe de lá. Nem sei direito como é a bandeira gaúcha. Em todo caso, conheci uma trupe de gaúchos quando era adolescente. Foram embora com dívidas por todo lado. Por isso os mineiros da redondeza ficaram com os pés atrás (mais ainda). Já os curitibanos me trazem lembrança boa. Tive uma amigona chamada Raquel. Ela tinha o grave defeito de gostar dos Engenheiros do Hawaii. Talvez porque eles sejam gaúchos e tal. Certa falta de opção também. Já o Ricardo Corona e o Ricardo "Ximite" Carvalho são lembranças que me vêm sempre boas quando penso na literatura de Curitiba. Fora o Paulo Leminski, que mudou certos rumos da minha vida com seus haikais.
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14/1/2006 | | |
16h17min | |
| hoje mesmo vi um carro com a bandeira, na verdade vejo todos os dias, acho que tenho um radar pra isso (morro de amores por um gaúcho e por Porto Alegre). uma coisa que queria que existisse aqui em campinas é a oficina do charles kiefer lá de Porto Alegre. E sinto saudades da Col (cardoso on line)... Lendo seu texto senti saudade de muita coisa. Saudade de ler Leminski. Saudade de Curitiba. Saudade de ter 20 anos.
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15/1/2006 | | |
07h47min | |
| Adriana: sou outra belorizontina a comentar o seu texto - e não é a primeira vez que o faço porque gosto muito do que você escreve. Desta vez, fiquei especialmente entusiamada com o Rio Grande do Sul que você descreve e que está dentro do meu coração desde que li, pela primeira vez, a Trilogia do Tempo e do Vento, do Veríssimo - para mim, o romance histórico mais bonito da Literatura Brasileira. Olha só o que diz o Capitão Rodrigo ao Padre Lara, no volume "O Continente", tomo I: "Se alguém me convidasse para eu me render eu ficava ofendido. Um homem não se entrega". Isso não é mesmo a cara do povo do Rio Grande, exatamente como você o descreve? Parabéns pelo seu texto.
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18/1/2006 | | |
11h39min | |
| essa ana elisa ribeiro tá precisando de um gaúcho pra resolver esses conflitos internos traduzidos pelo falso desdém lançado. de qualquer forma, se o colunista fosse gaúcho e o texto falasse o mesmo sobre curitiba, a opinião seria a mesma, às avessas, para agradar a rede e liberar um pouco do gás intoxicante de que parece padecer. beijos para a amigona raquel. engenheiros na primeira fase é muito bom. depois virou lixo. precisando de um joelhaço, que tudo resolve, é só falar.
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18/1/2006 | | |
16h52min | |
| Muito interessante teu texto, Adriana. Além de bem redigido, é também reflexivo. Participei em 2005 do Laboratório de Jornalismo Cultural do Programa Rumos, do Itaú Cultural. Numa das atividades, produzimos reportagens sob o tema geral "Identidade". Eu escrevi sobre essa questão do tradicionalismo fechado e impostiivo do Rio Grande do Sul (se quiser, posso te mostrar o texto). Uma colega do Paraná escreveu sobre a sua cultura. Acho que te interessaria ler. No mais, saiu uma matéria faz um tempo na revista Aplauso discorrendo sobre isso. O título: O Gaúcho no Divã. Vale a pena ler. Abraço.
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19/1/2006 | | |
14h23min | |
| Sou gaúcho, resido em SC, me orgulho de ser gaúcho, não sei se mais ou menos do que ser brasileiro. Nunca ouvi de parentes ou amigos a vontade de desmembrar o RS do restante do país. Creio que essa idéia já morreu, há muito. Uso a bandeira do estado no carro porque gosto do lugar de onde vim, das minhas raízes, assim como gosto do lugar em que estou e que admiro. Embora tenha saído de lá com cerca de 10 anos de idade, hoje, 20 anos depois, muitas noites sonho andando pelas ruas de Porto Alegre, ruas que, conscientemente, não me recordo mais. Esse atavismo é interessante e bonito, e, creio, não deve ser exclusividade dos gaúchos. Em tempo, embora Cristovão Tezza tenha passado mais de uma noite em Curitiba ele é de Lages, SC.
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19/1/2006 | | |
14h38min | |
| Caro Alexsander e outros: o texto não diz que o Tezza nasceu na capital paranaense. Mas aproveito a oportunidade para reforçar o que vocês com certeza devem saber: que o escritor é radicado em Curitiba, trabalha aqui, dá aulas aqui, escreve aqui, fala sobre as pessoas e a cultura daqui e se considera mais curitibano do que os próprios curitibanos (como se pode verificar no site dele...).
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19/1/2006 | | |
20h38min | |
| O Rio Grande do Sul nunca foi bem visto no eixo Rio/São Paulo, talvez pelo seu alto índice cultural e, hoje, por ser um Estado majoritariamente branco. Graças aos agitprops negros americanos, está tomando corpo no País a idéia de que o Brasil, antes de ser europeu, tem suas raízes na África. Ora, um Estado que tem como responsáveis por seu desenvolvimento os branquelas alemães e italianos, fundamentalmente, não é bem visto num Brasil que passa a pretender-se negro. O Rio Grande do Sul, aqui no eixo, tem fama de racista. Esquecem os intelectuais do centro que foi, até hoje, o único Estado do país a eleger um governador negro. Gaúcho não é brasileiro. Só passa a ser brasileiro quando reconhecido no Exterior. Que o diga o Ronaldinho Gaúcho! Numa briga de gaúcho, paulista, mineiro e carioca, o gaúcho bate, o paulista apanha e o mineiro tenta apartar.
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1/2/2006 | | |
13h30min | |
| adriana: sempre que pode, usando a sua influência para ajudar os amigos... como você, também fui, ou sou, sei lá, publicitária. trabalhei quase dez anos com propaganda em grandes agências em curitiba e em são paulo e desde algumas mudanças drásticas na minha vida pessoal, resolvi arrumar um jeito diferente de ganhar a vida. o meu trabalho de administradora de egos na propaganda ficou chato. e tenho ouvido muitas idéias e opiniões de muita gente, desde os escritores anônimos, passando pela galera que está começando, pela panela gaúcha, paulista, carioca, até os medalhões e sinto que a província ferve! vc viu os contos do dalton na última revista idéias? ele morde as canelas de três medalhões diferentes em 6 páginas. ahaha. acho isso ótimo. acho muito legal que senhores de mais de oitenta anos tenham ainda o que dizer sobre a vida em curitiba! acho legal que o "grande" editor do estado publique tudo isso, e acho um delícia nossas conversas de final de tarde na travessa, no bureau, ou no eleotério.
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19/8/2007 | | |
20h50min | |
| Sou gaúcha de Alegrete, mas moro em Poto Alegre, e adorei o teu texto, que realmente me parece a síntese de um pouco do que somos, e somos separatistas, sim! A maioria de nós. Talvez simplesmente porque somos diferentes do resto do país e sabemos disso muito bem, mas mesmo assim somos brasileiros. Achei muito engraçado tu falares do sotaque dos paranaenses, porque eu tenho um amigo que é de Barracão, e o sotaque é carregadíssimo, mas bem diferente daqui, mas lá pra cima é tudo mesmo igual pra eles. O que eu mais odeio é quando artistas cariocas da Globo tentam falar como gaúcho! Que horror!
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21/8/2007 | | |
10h07min | |
| Borges adorava os gauchos (sem acento mesmo) e os saudava em contos repletos de valentia e desafios; as brigas de facão e a imagem solitária do rústico em seu cavalo em pampas verdejantes. Mas dizia que ele não era tão representativo do argentino, pois era mais do norte (o uruguaio e o gaúcho brasileiro). Legal o amor à terra natal. Fazem-no com muito palavreado e bravatas. Típico mesmo! Ainda bem que existe o mineiro para apartar as brigas que o gaúcho tão insistentemente gosta de arranjar. Se José Bonifácio apoiou a independência sabidamente para proteger as próprias terras e seus fartos benefícios de classe, o mesmo se pode dizer de Bento Gonçalves, o conclamado libertador exaltado pelo riograndense, mas que, junto com seus compadritos estancieiros, só queria mesmo parar de pagar impostos a união e mandar no Rio Grande do Sul sem que ninguém interferisse. E o povo acha isso o máximo! Convém ressaltar que nem todo mundo acha o mesmo que Borges, mesmo porque não somos argentinos.
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13/11/2008 | | |
22h59min | |
| Ser gaúcho é mais que nascer no Rio Grande do Sul, é trazer uma postura íntegra, é uma postura de respeito para com as pessoas, de ouvir em uma roda de chimarrão, de se divertir com a vida em um fandango, de respeitar e proteger os "piá" e as "prenda"... É muito mais que a maioria do nossos líderes pode fornecer. Qualquer brasileiro pode ser gaúcho, basta levar estes valores no coração. Que as nossas façanhas sirvam de modelo para toda a Terra!
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17/11/2008 | | |
00h30min | |
| Sim, realmente, os gaúchos têm muito orgulho de serem gaúchos. É um sentimento forte em todos desde criancinhas. Crescemos com esse sentimento arraigado no peito. De onde vem isso? Difícil explicar, só quem mora e vive aqui entende. Pode parecer bairrismo, mas é muito mais que isso: é orgulho de pertencer e amar um lugar, é apego à história e às tradições de um povo, misturados com vento forte "minuano" aqui dos pampas.
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24/3/2010 | | |
18h27min | |
| Adriana, meu amor, olha só, eu sou gaúcha e me orgulho muito de pertencer ao Rio Grande do Sul. Cada estado com suas manias e sotaques, não é? Moro no Rio faz 20 anos e até hoje não me acostumei aos hábitos e o jeitão do carioca de levar a vida. Não moro por opção, mas por questão de trabalho, fui transferida, fazer o quê...? Respeito todo carioca, mas infelizmente vejo que o próprio carioca e muitos outros não agem da mesma forma... Gaúchos e paulistanos são sempre ridicularizados por eles! E novamente pergunto: fazer o quê? Preciso trabalhar! Me considero brasileiríssima, sim. Tenho orgulho do meu estado e do meu país! Beijos para todos!!
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