COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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9/5/2006 | | |
15h25min | |
| Entendo o que você quer dizer com "não existem autores novos". E também não sou muito chegado a esse lance de "geração não sei qual". Mas é inegável que, devido à internet, muita gente que não teria espaço, apareceu. Não sei se você gosta, mas o João Filho, por exemplo, escritor aqui da Bahia. Gosto de variar minhas leituras entre "novos escritores" e autores já consagrados. Acabei de ler o livro do Daniel Galera, e achei um belíssimo romance. Sinal forte de que suas obras futuras serão ainda melhores é o desfecho do livro. Pra terminar meu comentário meio desconexo: reconhecimento todos querem. Acredito que nenhum escritor deseje ficar no anonimato. Se fosse assim, seriam como o personagem do conto "O homem que escrevia livros na cabeça" de Patrícia Highsmith. O problema está em escrever visando o reconhecimento. Deve-se escrever visando apenas a satisfação própria, procurando fazer do texto algo de qualidade. O reconhecimento, se merecido, vem com o tempo.
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12/5/2006 | | |
11h47min | |
| Bravo. É isso mesmo. E o tempo fará a seleção natural, daqui a 200 anos a maioria dos "autores novos" terão sumido e apenas a literatura de qualidade, verdadeira, ficará. Para cada Shakespeare existem dúzias de "autores novos".
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15/5/2006 | | |
01h54min | |
| Fantastico. Ainda bem que existe a Internet, para trazer bons textos até nos.
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15/5/2006 | | |
08h42min | |
| Fecho contigo. Ou você opta por fazer literatura (e esqueça da possibilidade de ganhar algum em vida, que assim é melhor e deixa a sua literatuira em paz) ou mete logo na cabeça que vai fazer um puta livro de auto-ajuda e ganhar rios. Literatura nunca deu dinheiro.
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15/5/2006 | | |
08h52min | |
| Realmente não há "autores novos" (isso entendido como um rótulo), mas sim autores. Porém os chamados "escritores consagrados" (outro rótulo) começaram falando de seu tempo. E surgiram no meio de um infindade de autores "de seu tempo", a maioria mediocres ou que não decolaram como eles. Será que buscar um produto já testado pelo tempo não tem um quê de preconceito, similar a consumir o novo só porque é novo? "A velocidade de mundo de hoje" é que estamos vivenciando -- um dado que não pode ser desprezado quando se escreve ou quando se lê. Essa velocidade pode dar bons frutos, como, por exemplo, o "conto mínimo" e a revalorização da poesia. Talvez esta rapidez dê origem a uma nova forma de expressão. E que daqui a algum tempo tenhamos alguns escritores consagrados que souberam pintar seu tempo com maestria.
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15/5/2006 | | |
10h41min | |
| Caro Paulo, você está querendo passar a sua bateia em ribeirão que não tem veio. Autores novos são só autores novos. Deixe a literatura mediana existir. Vamos nos divertir, ler, escrever, dizer bobagens. A posteridade, a genialidade, o novo, o surpreendente, isso é coisa de latino, de periferia. Vivemos num mundo anglo-saxão onde o mediano é tudo. Aproveitemos.
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15/5/2006 | | |
11h02min | |
| Ola', concordo, Paulo, literatura nao tem tempo e acho essa historia de autor novo um engodo mesmo. Pior e' ver que autores ditos novos e ruins, como um tal de Marcelo Mirisola, estao com destaque no mercado editorial -- aquilo que ele escreve e' pura enganacao enquanto literatura. Enfim, ele e' novo, ele sai nas colunas, ele vende. Que tempos! Abracao.
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15/5/2006 | | |
14h03min | |
| A unica coisa que realmente importa e' a atemporalidade de uma Literatura tao excelente que se faz nova a cada releitura.
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15/5/2006 | | |
14h21min | |
| É isso aí. Admiro um texto com conteúdo forte... inteligente. Se é bom que a "rapaziada" escreva o que sente... Tudo bem... mas ser endeusado... por esta verborragia medíocre...
| | [Leia outros Comentários de Eveline] |
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15/5/2006 | | |
18h25min | |
| Eu poderia estar internado na emergência de algum hospital público, engasgado com tanta coisa que teria para dizer e que você o fez por mim. É isso aí! Eu já havia batido nesta tecla, inclusive com alguns representantes da chamada geração 00. Alguns muito superestimados pela mídia. Tá certo que o mercado necessita de renovação. Mas vamos com calma! Me parece que esses "novos" buscam a satisfação na publicação. E entendo que isso é um erro. A satisfação deve vir antes. É como transar e só gozar quando a(o) parceira(o) diz que foi bom para ela(e). A verdadeira satisfação deve vir no ato de escrever. O sucesso costuma vir como conseqüência, embora a justiça nem sempre se faça. Ao que parece, a onda dos autores novos envelheceu. Quantos ficaram? Ainda é cedo para avaliar. Mas de certo só ficarão os que escrevem textos universais e eternos. gd ab
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15/5/2006 | | |
23h24min | |
| Nao seria o caso entao de falta de "marketing" para jogar estes novos autores na lista dos mais vendidos? Acho que ha' no nosso mercado editorial uma preocupacao excessiva com "entrar para historia"... Ninguem sabe que entra para historia. Quem decide isso e' o tempo. Num mercado saudavel, muitos autores lancariam muitos livros. Alguns seriam bem vendidos, outros, nao. Um punhado deles poderiam ser considerados bons livros. E talvez um ou dois ficassem na memoria do tempo... Nao e' possivel "comparar" Machado, Shakespeare, com um autor do presente no sentido de "entrar para historia". Era outro tempo, outra maneira de se armazenar e propagar conhecimento (onde poucos controlavam o destino de muitos). Quanto 'a geracao 00, ela sofre do mesmo problema de muitos que vejo tentando escrever no Brasil: se recusam a escrever pelo simples prazer de ler e escrever...
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16/5/2006 | | |
14h45min | |
| Eu concordo com o comentáio do Rafael Rodrigues. Escrever e ler deve ser uma atividade, antes que qualquer coisa, prazerosa. Eu por exemplo acho o Rubem Fonseca um texto normal, sem grandes novidades. Mas há muito marketing pessoal por trás de um autor de sucesso como por exemplo o Paulo Coelho. O que importa mesmo, até para um escritor fracassado cujas vendas do seu livro são ridículas é o prazer que deu há alguns leitores e o prazer dele próprio, autor, ao escrever a obra. Que importa se um autor vai ficar ou não pra história da literatura? Foda-se a literatura, meus amigos. Dane-se a academia brasileira de letras! Tem que haver prazer em ler um livro e escrever um livro, o resto é nada. Escritores, escrevam e não se preocupem em ganhar dinheiro, fama, seguidores. Escrevam e sejam felizes. Se ninguém ler os seus livros e todos acharem uma merda, que importa? O que importa é que você se divertiu ao escrever, e sempre haverá alguém que goste de seu texto.
| | [Leia outros Comentários de rogerio] |
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17/5/2006 | | |
11h06min | |
| Não consigo entender literatura de marketing. Para mim, o verdadeiro autor de qualidade é aquele que permanece o mesmo, ainda que faça um sucesso estrondoso. De celebridade, já bastam os sem conteúdo que saem na revista Caras ostentando ser o que não são, apresentando obras que não passam de uma reunião insossa de frases chatas como as que estão em bulas de descongestionantes nasais. E além do mais, escrever deveria ser um vício incapaz de ser remediado e não uma atitude para externar sentimentos de modinha ou pensamentos copiados de outrem. Sou jovem e sinto dizer que colegas da mesma faixa etária escrevem mais merd* do que algo que me acrescente. E enquanto não aparece nenhum de alma pura e livre da influência midiática, prefiro ficar com Manuel Bandeira, Edgar Alan Poe, Carlos Drummond e Clarice Lispector... e se alguém souber de outro que se destaque pelo que escreve e não pelo que tenta representar, me avise! Estou aberta para novas descobertas... desde que não sejam de fachada.
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4/6/2006 | | |
19h20min | |
| Faz isso não Paulo! E agora, o que faço com o livro que estava escrevendo? (-: Piores que os "novos" com ambição a capa de Caras são os rebeldes conservadores, que atulham as prateleiras com ímitações canhestras do Rubem Fonseca e seus tributários, os Sergios Sant'Annas e quetais... Faltou dar aí o nome dos novos admiráveis. Conta, vai, Polzonoff!
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12/6/2009 | | |
19h08min | |
| "Não existem autores novos", gostei! Depressiva e sem um ouvido afim, sentei em frente ao PC ainda ligado - puro esquecimento. Busco uma explicação para algumas situações horríveis que se arrastam. Digitei uma frase enorme como forma de desabafo e dei "enter". Digitar no momento era o mesmo que fazer aquela "boquinha" só para matar a ansiedade. De repente, aparece este texto. Curiosa, li e gostei, não tinha parado para pensar dessa forma... E inacreditavelmente somou a um número infinito de estímulos que têm surgido para criar coragem para fazer o que há muito deveria já ter feito. Fica registrado meu "obrigada". Não sei o que mais você pensava quando escrevia, mas impregnou algo de bom aqui. Parabéns. Sandra
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