COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
|
|
3/10/2007 | | |
18h18min | |
| Hahahahaha! Realmente, muita gente ainda não acredita na capacidade do vídeo sem saber que o vídeo já ultrapassou a pelicula em TODOS os aspectos: janela, latitude, qualidade, lente, etc etc etc... A Red One é a prova de que muitos dos argumentos dos fetichitas são puro e simplesmente fetiche. Uma câmera que custa U$17 mil nunca poderá ser tão boa quanto a película, cujo aluguel custa um preço absurdo. Em Pernambuco, onde moro, há apenas uma câmera 35 mm para locação. Película está no passado do cinema. O solução agora é capacitar as pessoas para que possam fazer vídeos de qualidade. Democratizar é preciso!!!
| | |
|
3/10/2007 | | |
19h49min | |
| Yuri, não dá para acreditar no que você conta na sua coluna. E os jornais cobrem os festivais, escrevem matérias sobre a cadeia produtiva, fazem matérias ridículas perguntando na saída do cinema se o espectador percebeu se o filme é digital ou não... E ainda não vi um "a" escrito sobre isso. Tomara que sua coluna paute a imprensa, porque essa pequena mudança, com o tempo, daria uma credibilidade gigantesca a nossos festivais caipiras de cinema.
| | |
|
9/10/2007 | | |
12h05min | |
| Na verdade, muitos festivais brasileiros não aceitam filmes digitais não por preconceito, mas porque poucas salas do país (mesmo de SP) têm projetores digitais. Além do mais, as que tem são pequenas, para menos de 400 pessoas. Não faz sentido aceitar um filme que não pode ser exibido. Sem querer entrar no mérito "filme digital não existe", edição não-linear não é sinônimo de digital. As Moviolas (o padrão da indústria para edição desde 1930) editam de forma não linear, pois você não precisa assistir nem montar o filme do início ao fim. Edição de videotape é linear, é necessário gravar tudo na ordem final na fita de saída e assistir à fita toda, caso precise de uma parte específica lá pelo meio. Existem montadoras lineares de película também, as mais comuns são as KEM. E película só é cara porque os laboratórios não querem perder a mamata que vêm tendo há décadas (o que é uma irracionalidade que só acelera sua queda).
| | |
|
9/10/2007 | | |
14h55min | |
| Deborah, você exagerou... A profundidade de campo da película ainda é muito superior à do vídeo digital. E, Yuri, acho bem difícil acreditar que em dez anos ou em qualquer tempo um computador será capaz de processar todas as informações da película, uma vez que a película trabalha com um espectro infinito de cores e de pontos. O caso, na minha opinião, é que o vídeo tem se tornado tão bom (a Red One, por exemplo) que torna difícil PERCEBER essa diferença. Eu, em todo caso, só tenho grana pro vídeo, portanto dou os dois tapinhas nas costas na turma da película!
| | [Leia outros Comentários de Viktor] |
|
9/10/2007 | | |
16h09min | |
| Profundidade de campo fica mais delicada a partir de duas coisas, Yuri: latitude e resolução. Quanto melhor esses dois itens numa câmera, mais e melhor você poderá controlar a profundidade de campo. A opção da galera que faz vídeo, como eu e você, por exemplo, é afastar a câmera, dá um zoom e acompanhar a cena. Com uma lente boa ficaria difícil perceber a diferença até mesmo usando uma câmera DV, como a XL1-s, da Canon, que é o modelo que eu tenho.
E faça-se um favor: não alimente o ego dos conservadores fetichistas. São eles que fazem com que a indústria de cinema não mude, nem democratize-se.
| | |
|
9/10/2007 | | |
20h05min | |
| Bem, não exagerei não! Vocês provavelmente não entraram no site Red. Ela trabalha com uma configuração duas vezes melhor que a película, a começar pela quantidade de informação que ela grava. A película tem uma resolução que convenientemente chamamos de 2K. Isso significa que a película grava em 2024x1080 linhas numa janela nativa 16:9. Diz-se que o olho humano nem consegue enxergar toda essa resolução, pois, ao passar de duas mil linhas, não é possível perceber. Essa qualidade é boa, porque, para quem fotografa, quanto maior a resolução, melhor a latitude de gravação. Essa qualidade da película, era, até o começo do ano, insuperável, e em vista disso, ainda se valia a pena filmar em película. Entretanto, hoje em dia, com o lançamento das câmeras da empresa Red, o formato de gravação e as convenções cinematográficas terão de mudar. Ela filma com 4K. São 4520 X 2540 pixels de resolução! Isso aumenta e melhora a latitude, tornando o vídeo superior à película.
| | |
|
9/10/2007 | | |
20h10min | |
| Uma das coisas que também se falava muito em relação à película era a velocidade de gravação. Além disso, enquanto a película fazia 24 fotogramas por segundo, as câmeras digitais semi-profissionais (e até mesmo alguns modelos digitais) gravavam de modo entrelaçado, ou seja, toda a resolução que tinham era de, no máximo, 1080 linhas entrelaçadas em 29,97 frames por segundo (não eram fotogramas). Chama-se 1080i, os formatos de gravação das conhecidas HDV. Hoje esse modo de gravação já estava superado pela Panasonic, que lançou uma câmera HDV que gravava em 24 progressivo (e não entrelaçado, como nas outras digitais). Com a Red também não é diferente, podendo filmar em 24, 30, 60 e outros.
| | |
|
9/10/2007 | | |
20h11min | |
| A empresa define a camera como Ultra High Definition. Onde editar? No Final Cut Pro 2, que já oferece suporte para edição em 4K. Claro que isso tudo vai aumentar um pouco o orçamento de qualquer produção digital, mas ainda assim, nunca chegará aos pés do preço da película.
| | |
|
9/10/2007 | | |
20h11min | |
| E ainda tem quem diga que vídeo não é cinema. Ou seria o contrário? Uma vez fiz uma matéria, no Cine-Pe, festival de cinema aqui em Recife, sobre a empresa que possui um projetor móvel de película e exibe os filmes nos festivais brasileiros. Não lembro agora o nome da empresa, mas ia combinar de entrevistar o pessoal no intervalo e o técnico puxou uma cadeira e disse para conversarmos no meio da exibição do primeiro longa da noite. Fiquei com o coração na mão e perguntei se ele não ia ver o filme. O cara deu uma risada e disse que já tinha visto mils vezes. Fiquei curiosa e sentei: "Como assim?". Pergunta à qual ele respondeu com muita calma e naturalidade mais ou menos assim: só tem a gente com esse projetor no Brasil, a gente acaba indo pra todos os festivais e vendo esses filmes milhões de vezes.
| | |
|
9/10/2007 | | |
20h12min | |
| Pesquisando encontrei uma empresa super legal! Imagine que você quer montar uma sala de cinema digital e alguém lhe oferece um computador (conectado à empresa distribuidora via satélite), projetor e tela. Faz um investimento inicial e depois paga apenas por sessão exibida! A empresa chama-se RAIN Network e, por incrível que pareça, é brasileira! Gente, o único entrave para que o cinema não se transforme é o dinheiro que as grandes empresas norte-americanas vão perder com essa conversão. Imagine todas aquelas câmeras da Panavision sendo jogadas no lixo. Imagine que as distribuidoras iriam lucrar BEM menos com o cinema digital. Imagine se elas vão deixar isso acontecer? Imagine se a gente tem poder pra fazer alguma coisa com o pensamento retrógrado da maioria dos cineastas cheios de fetiche burro...
| | |
|
9/10/2007 | | |
20h16min | |
| Uma das coisas que também se falava muito em relação à película era a velocidade de gravação. Além disso, enquanto a película fazia 24 fotogramas por segundo, as câmeras digitais semi-profissionais (e até mesmo alguns modelos digitais) gravavam de modo entrelaçado, ou seja, toda a resolução que tinham era de, no máximo, 1080 linhas entrelaçadas em 29,97 frames por segundo (não eram fotogramas). Chama-se 1080i, os formatos de gravação das conhecidas HDV. Hoje esse modo de gravação já estava superado pela Panasonic, que lançou uma camera HDV que gravava em 24 progressivo (e não entrelaçado, como nas outras digitais). Com a RED também não é diferente, podendo filmar em 24, 30, 60 e outros.
| | |
|
9/10/2007 | | |
20h19min | |
| Muito bom o texto! Batalhando exatamente para inscrever meu filme (digital) em festivais (estrangeiros, né...) me identifiquei totalmente. Como colaborador do Digestivo, estou até devendo uma matéria de "bastidores de produção cinematográfica no Brasil", mas parece que a novela não acaba nunca e o texto periga virar um tratado! Abraços! Jabá: se estiver interessado em conhecer meu filme, entre aqui.
| | [Leia outros Comentários de André] |
|
27/4/2008 | | |
18h26min | |
| Parabéns pelas observações! Todas expressam fragmentos da verdade que cada um percebe. Exorto os comentaristas do belo artigo do Yuri a revisitarem este site onde novidades sobre essa revolução já demonstram a inevitabilidade do processo "migratório". Entretanto, vale ressaltar que algumas façanhas ainda não foram alcançadas pelas câmeras que tomarão o lugar das veteranas de 35mm. Uma delas é vencer as condições extremas de temperatura e humidade encontradas em alguns lugares remotos de nossa querida Terra. Estou me preparando para rodar um segundo documentário na Amazônia, em um dos locais de mais difícil acesso do planeta. Quando indagados se a Red One suportaria as condições extremas apresentadas, a resposta do fabricante não foi animadora: fui sugerido que deveria usar "Gel Packs" o todo tempo. Alguém sabe onde gelo meus gelpacks no meio da selva? :-) Abraço a todos!
| | |