Verdades e mentiras sobre o fim dos jornais | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

busca | avançada
55545 visitas/dia
2,5 milhões/mês
Mais Recentes
>>> Aluna da Alma vence festival nacional de violoncelistas
>>> Curta gravado na Chapada dos Veadeiros estreia no Teatro A Barca Coração
>>> Evento: escritora Flavia Camargo lança livro 'Enquanto Vocês Crescem' no dia 4 de maio
>>> Helena Black em Meu Avô Samantha leva diversão às Bibliotecas Municipais discutindo etarismo e preco
>>> Cristina Guimarães canta Luiz Melodia em seu primeiro álbum, Presente & Cotidiano
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> Mario Vargas Llosa (1936-2025)
>>> A vida, a morte e a burocracia
>>> O nome da Roza
>>> Dinamite Pura, vinil de Bernardo Pellegrini
>>> Do lumpemproletariado ao jet set almofadinha...
>>> A Espada da Justiça, de Kleiton Ferreira
>>> Left Lovers, de Pedro Castilho: poesia-melancolia
>>> Por que não perguntei antes ao CatPt?
>>> Marcelo Mirisola e o açougue virtual do Tinder
>>> A pulsão Oblómov
Colunistas
Últimos Posts
>>> El País homenageia Vargas Llosa
>>> William Waack sobre Vargas Llosa
>>> O Agent Development Kit (ADK) do Google
>>> 'Não poderia ser mais estúpido' (Galloway, Scott)
>>> Scott Galloway sobre as tarifas (2025)
>>> All-In sobre as tarifas
>>> Paul Krugman on tariffs (2025)
>>> Piano Day (2025)
>>> Martin Escobari no Market Makers (2025)
>>> Val (2021)
Últimos Posts
>>> O Drama
>>> Encontro em Ipanema (e outras histórias)
>>> Jurado número 2, quando a incerteza é a lei
>>> Nosferatu, a sombra que não esconde mais
>>> Teatro: Jacó Timbau no Redemunho da Terra
>>> Teatro: O Pequeno Senhor do Tempo, em Campinas
>>> PoloAC lança campanha da Visibilidade Trans
>>> O Poeta do Cordel: comédia chega a Campinas
>>> Estágios da Solidão estreia em Campinas
>>> Transforme histórias em experiências lucrativas
Blogueiros
Mais Recentes
>>> Italo Calvino: descobridor do fantástico no real
>>> Prenda-me se for capaz
>>> Manual prático do ódio
>>> O medo como tática em disputa eleitoral
>>> 9º Búzios Jazz & Blues – I
>>> 1º Festival de Samba Paulista
>>> Literatura Falada (ou: Ora, direis, ouvir poetas)
>>> Formando Não-Leitores
>>> A volta das revistas eletrônicas
>>> Q and A With Jeff Bezos
Mais Recentes
>>> Abolição de Tomás Antônio Gonzaga pela Radhu
>>> Como Fazíamos Sem de Bárbara Soalheiro pela Panda Books (2006)
>>> Mulheres do Brasil - a História Não Contada de Paulo Rezzutti pela Leya (2022)
>>> Catecismo da Igreja Católica de Libreria Editrice Vaticana pela Loyola (1993)
>>> O Menino Que Sobreviveu de Rhiannon Navin pela Leya (2023)
>>> Física para o Vestibular de Nelson Lima de Souza pela Do autor (2000)
>>> Contos Escolhidos de Machado De Assis pela O Globo (1997)
>>> Tudo Sobre Cinema de Philip Kemp pela Sextante (2011)
>>> Termologia, Óptica e Ondas - Física Hoje - 2º Grau de Vasco Pedro Moretto pela Ática (1989)
>>> A Pequena Morte E Outras Naturezas de Claudia Lage pela Editora Record (2000)
>>> Michi: o Caminho do Guerreiro de Raimundo João Gama pela Esteop (1997)
>>> Gnomos de Wil Huygen pela Siciliano (1993)
>>> Livro do desassossego de Fernando Pessoa/ Jacinto do Prado Coelho pela Ática/ Portugal (1982)
>>> As Formas Do Conteúdo de Umberto Eco pela Perspectiva (2010)
>>> Obra Aberta de Umberto Eco pela Perspectiva (2003)
>>> Rio De Assis: Imagens Machadianas Do Rio De Janeiro de Aline Carrer pela Casa Da Palavra (1999)
>>> 100 Cães Que Mudaram A Civilização de Sam Stall pela Prumo (2009)
>>> Arquitectura Em Portugal - Um roteiro fotográfico de Gabriele Basilico pela Dafne (2006)
>>> A Visão Em Paralaxe de Slavoj Zizek pela Boitempo (2008)
>>> Saidas De Emergência de R Cabanes, L Georges e outros pela Boitempo (2011)
>>> O Kit de Sobrevivência do Descobridor Português no Mundo Anticolonial de Patrícia Lino pela Macondo/ Portugal (2022)
>>> Le Corbusier : The Poetics Of Machine And Metaphor (architecture/de) de Alexander Tzonis pela Thames & Hudson (2001)
>>> A Boa-vida: Visita Guiada Às Casas Da Modernidade de Iñaki Abalos pela Editorial Gustavo Gili, S.l. (2003)
>>> Philosophy Goes To The Movies de Christopher Falzon pela Routledge (2002)
>>> Tanah completo - capa vinho de Jairo Fridlin pela Sefer (2018)
COLUNAS >>> Especial O fim dos jornais

Sexta-feira, 29/5/2009
Verdades e mentiras sobre o fim dos jornais
Julio Daio Borges
+ de 11200 Acessos
+ 6 Comentário(s)

"Os jornais não vão acabar" ― Os jornais estão acabando. Até a Veja já sabe. É natural que jornalistas ― e demais envolvidos na cadeia produtiva de um jornal ― neguem a evidência até a morte. Mas, ao mesmo tempo, espera-se que tenham o mínimo de honestidade para informar, ao público leitor, quando a realidade se torna absolutamente incontrastável. Assim, na próxima vez que você encontrar um jornalista, e ele tentar te convencer do contrário, só existem duas alternativas: ou ele está mentindo deslavadamente (para preservar sua posição) ou ele está imperdoavelmente mal-informado.

"Uma mídia não substitui a outra, assim como a TV não substituiu o rádio etc." ― É muito bonito esse discurso, mas ele é falacioso. Ninguém, em sã consciência, nega que o jornal perdeu espaço para o rádio (na primeira metade do século XX); que, por sua vez, perdeu espaço para a TV (na segunda metade do século XX); que, por sua vez, está perdendo espaço para a internet (no começo do século XXI). Estamos falando do tempo das pessoas ― e, como qualquer grandeza física, ele não é infinito. Historicamente, e culturalmente, se você quiser pensar: qual rádio tem hoje a penetração que a Rádio Nacional teve nos anos 30? E qual televisão tem hoje a penetração que a TV Record teve nos anos 60? Quem é maior, a Globo ou o Google?

"Mas o CD não acabou com o LP; e o download não acabou com o CD" ― OK, não acabou. Mas quantos CDs você comprou ultimamente? E quantos LPs? Nenhuma mídia física precisa ser varrida da face da Terra para que seja decretada oficialmente a sua extinção. Estamos falando num sentido mais amplo. O CD, para a circulação de música, tornou-se irrelevante. E, mesmo com o download pago, a indústria fonográfica não se reergueu como antes. É lógico que os jornais não vão sumir da nossa vista para sempre ― mas se tornarão, como veículos, cada vez menos relevantes; como o CD, no caso da música, não serão mais centrais para a circulação da informação.

"A crise dos jornais é dos EUA, e não chegará ao Brasil" ― Mentira, porque já chegou. E chegou antes da crise atual. Você sabe quanto a Folha ― então "o maior jornal do País" ― vendia nos anos 90? Nos tempos gloriosos dos brindes dominicais, chegava a vender algo na casa do milhão. E, recentemente, você sabe qual a circulação do jornal que ultrapassou a Folha e se tornou "o maior do País"? 300 mil exemplares. Menos de um terço do recorde dos anos 90. E você sabe quais são os números do primeiro trimestre de 2009? O Globo (260 mil), O Estado de S. Paulo (217 mil), Diário de S. Paulo (61 mil), Correio Braziliense (52 mil) e Jornal da Tarde (50 mil).

"Mas os jornais não vão simplesmente acabar, eles vão encontrar uma solução" ― Meu amigo, nem o New York Times ― indiscutivelmente, o mais importante jornal do mundo ― encontrou. Por que, então, você acha que a solução vai surgir aqui no Brasil? A verdade é uma só: a publicidade na internet não tem como sustentar as redações dos velhos tempos (dos jornais). Nem o Google tem como sustentar. Nem Warren Buffett ― um dos maiores administradores de empresas de todos tempos ― tem uma solução para os jornais. Os administradores das empresas jornalísticas tiveram desde os anos 90 para se adaptar, economicamente, à Web ― e seu tempo se esgotou.

"Os jornais físicos podem acabar, mas as empresas jornalísticas continuam"Nem sempre. Vale repetir: mesmo os sites mais lucrativos da internet no mundo não têm como pagar a conta das redações de jornal. Logo, os jornais têm duas opções: ou morrem, como veículos, com suas redações inchadas; ou se resumem à versão on-line, cortando a velha redação e se reestruturando com uma nova redação (enxuta). De qualquer forma, a relevância de um jornal impresso ― que era quase um monopólio em muitas cidades do mundo ― cai indiscutivelmente quando o veículo se resume à sua versão na internet, junto com zilhões de outros sites, blogs etc.

"O problema é que os blogueiros, no fundo, vivem de parasitar os jornais" ― Se você lê a blogosfera mais desenvolvida da internet, aquela escrita em inglês, você sabe que não é verdade. Você já leu o TechCrunch? Você sabia que ele é "fonte" para todos os cadernos de informática e internet que você lê aqui no Brasil? Você sabia que o TechCrunch já fez subir e descer as ações do Yahoo, quando este ameaçava ser comprado por uma das maiores empresas do mundo, a Microsoft? Você sabia que o TechCrunch está lançando um concorrente para o Kindle da Amazon? E você sabia que o TechCrunch começou como um blog?

"Mas é só em tecnologia que os blogueiros dominam" ― Vou dar só mais um exemplo do TechCrunch: foi ele, e não a imprensa cultural norte-americana, que revelou o plano das grandes gravadoras para a música: manter o CD vivo só até 2011. Você leu isso em algum outro lugar? Aposto que nem mesmo num "caderno de cultura" de jornal brasileiro! Sem falar na blogosfera política. Por que você acha que o Obama era chamado de "o candidato da internet"? Porque ele arrecadou, graças à Web, como nenhum outro candidato antes na história (durante sua campanha). Você acha que existe algum limite para uma mídia que pode eleger o homem mais poderoso do mundo?

"No fundo, no fundo, os blogueiros estão loucos para publicar em jornal" ― Pense bem: você acha que o Michael Arrington, do TechCrunch, com milhões de visitantes por mês, e milhões de dólares no banco, prefere ― na verdade ― ser "editor do tecnologia" do New York Times? Ora, c'mon! Você acha, mesmo, que ele vai querer ser menos influente, e ganhar menos dinheiro, só para publicar no New York Times? Ele, provavelmente, já deve ter publicado em todas as mídias que uma dia desejou e já deve ter recebido todos os convites do mainstream jornalístico ― mas ele prefere fazer do TechCrunch uma das principais fontes de informação do mundo (e não só em matéria de tecnologia). Não é tão difícil de entender, vai... Até um jornalista, no lugar dele, preferiria!

"Mas não existe nenhum blogueiro, no Brasil, em situação parecida" ― Você já ouviu falar do Interney? Você acha que o Edney Souza, mesmo não sendo nenhum TechCrunch, preferia trocar o blog dele, rendendo dezenas de milhares de reais/mês, por um "cargo" no Estadão, na Folha ou no Globo, que, além de nunca pagar o que ele já ganha, não lhe conferiria a mesma exposição em todos estes anos? E o Inagaki ― você acha que, na realidade, ele preferiria ser editor do "Caderno2" ou da "Ilustrada"? Veja bem: nem o Noblat, que trocou um lugar na redação pela blogosfera, quer voltar para trabalhar em jornais. Nem o Pedro Doria, que defendia com unhas e dentes as redações de papel, agora deixa de empreender na internet.

"Quando os jornais acabarem, você vai se arrepender: as noticias vão acabar" ― Quanta bobagem. Há muito tempo que os jornais vivem das notícias que recebem das ... agências de notícias! Tudo bem que, no Brasil, muitas delas coincidem com as próprias empresas jornalísticas (Agência Estado, por exemplo). Mas as agências de notícias, ao contrário dos jornais, não morrem, sobrevivem. E você sabe por quê? Porque elas vendem notícias para os portais de internet, que não vão acabar como os jornais. Aliás, foi esse fenômeno que permitiu o crescimento das agências de notícias, ao mesmo tempo que os jornais foram diminuindo, diminuindo...

"Quando os jornais acabarem, todo mundo vai sentir falta, inclusive você" ― Agora talvez caiba um testemunho pessoal. Eu não leio mais nenhum jornal diário desde 2006. Você sentiu alguma diferença no que eu escrevo aqui, para o Digestivo Cultural? Embora brigue todos os dias com as assessorias de imprensa, elas me fornecem muitas informações (e elas não vão acabar como os jornais). Na minha área, como eu já conheço as pessoas, obtenho muitas informações diretamente também, falando com as próprias "fontes" (autores de livros, discos, filmes etc.). A imprensa foi uma referência para mim, mas, agora, não é mais. A internet é a minha referência.

"Mas quem trabalha com informação (como você) é a exceção e, não, a regra" ― Pode ser, mas em quem você acha que as novas gerações vão se espelhar? Será que vão preferir se agarrar a uma mídia que está sucumbindo, ou vão querer participar de algo que está crescendo e que podem construir ― mesmo não sendo jornalistas, mesmo não adotando a Web como profissão? Por que as novas gerações vão querer sustentar uma "casta", que lhes diga o que é certo e o que é errado, o que é bom e o que é ruim, quando podem meter a mão na massa, fazer ouvir sua voz, criar os veículos do futuro? Eu não pensaria duas vezes se fosse jovem. E olha que eu nem sou mais...


Julio Daio Borges
São Paulo, 29/5/2009

Mais Julio Daio Borges
Mais Acessadas de Julio Daio Borges em 2009
01. Lendo Dom Quixote - 2/10/2009
02. A Lógica do Cisne Negro, de Nassim Nicholas Taleb - 4/12/2009
03. Convivendo com a Gazeta e o Fim de Semana - 5/6/2009
04. Considerações sobre Michael Jackson - 7/8/2009
05. Verdades e mentiras sobre o fim dos jornais - 29/5/2009


Mais Especial O fim dos jornais
* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site

ENVIAR POR E-MAIL
E-mail:
Observações:
COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
8/5/2009
16h01min
Parabéns.
[Leia outros Comentários de Daniel Pellizzari]
29/5/2009
17h48min
Pronto! Você provou por A+B o que eu falei no meu artigo e os retardatários criticaram. Vai morrer, e pronto! Belo texto!
[Leia outros Comentários de jardel]
31/5/2009
18h43min
Morrer, não vai. O jornal vai virar artigo de luxo, retrô. Moda "cult". Mas não vai morrer... Entretanto, concordo que o império Times está em ruínas e que o valor agregado ao nome, marca, produto também. Uma nova era começa e novas referências estão a surgir. Do século XX foi do papel para internet. No XXI vai ser da internet para o papel, assim estabelecendo novas distinções jornalísticas especializadas, como, por exemplo, o que eu disse sobre "moda cult": ler jornal de papel é cool.
[Leia outros Comentários de Tiago Antunes]
1/6/2009
12h38min
O jornal vai acabar, a TV vai perdendo sua força (discutível), o rádio é só mais um acessório. Os CDs idem. Mas se é assim, pra que tanta discussão? É uma evolução tecnólogica, o homem vai usando as ferramentas mais eficientes e vamos seguindo. Não vejo muito mais sentido em discutir isso. Os jornalistas da mídia impressa vão ter que se adaptar, o jornal também... mas é um processo como tantos outros. Só não vejo pra que tanta discussão, mesmo que seus argumentos sejam extremamente convincentes. Desculpe. É que tenho um pouco de preguiça disso tudo...
[Leia outros Comentários de Adriana Godoy]
18/7/2009
16h21min
O jornal vai se mudar para a internet, mas não vai acabar por completo. Haverá uma grande redução de empresas, mas algumas sobreviverão para sempre. Basta ter jornais para cada bairro, com notícias (em vez de opiniões). Acho que levará mais uns 20 anos até que no Brasil todos tenham acesso a internet. Veja que tem áreas que só agora estão recebendo energia elétrica. Estamos em fase de adaptação.
[Leia outros Comentários de Milton Laene Araujo]
20/11/2009
21h48min
Vou quase na mesma linha do Tiago Antunes. O papel jornal é um suporte, que pode virar qualquer produto, acredito que o jornal é uma mídia a ser engolida por completo pelos publicitários. Com certeza, o jornal continuará no processo de sua implosão como força política, social e econômica. Artigo muito bom, vou mostrar pros meus amigos.
[Leia outros Comentários de André Quitério]
COMENTE ESTE TEXTO
Nome:
E-mail:
Blog/Twitter:
* o Digestivo Cultural se reserva o direito de ignorar Comentários que se utilizem de linguagem chula, difamatória ou ilegal;

** mensagens com tamanho superior a 1000 toques, sem identificação ou postadas por e-mails inválidos serão igualmente descartadas;

*** tampouco serão admitidos os 10 tipos de Comentador de Forum.




Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




La Filosofía moral analítica de Wittgenstein a Tugendhat
Javier Sábada
Mondadori
(1986)



Nada dura para sempre
Sidney Sheldon
Record
(1994)



Literatura / Política / Cultura (1994-2004)
Izabel Margato / Renato Cordeiro Gomes (org.)
Humanitas
(2005)



Atividades Iniciais de Aprendizagem - Volume 2
Orgs. Jie-Qi Chen, Emily Isberg, Mara Krechvsky
Artmed
(2001)



Polígonos, Centopéias e Outros Bichos
Nílson José Machado
Scipione
(1997)



Almanhaque Para 1949 - O Barão De Itararé
Barão De Itararé
Studioma/Arquivo do Estado
(1991)



100 Years of posters of the Folies Bergére and music Halls of Paris
Alain Weill
Hart- Davis, MacGibbon



Meditation
David Fontana
Element
(1999)



Napoleão
Vários autores
Museu de Arte Brasileira
(2003)



Animais Nas Guerrras
Priscila Gorzoni
Matrix
(2010)





busca | avançada
55545 visitas/dia
2,5 milhões/mês