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Quarta-feira,
31/8/2011
The Good Wife visita Private Practice
Adriana Baggio
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Sabe aquela história de que por trás de um grande homem sempre tem uma grande mulher? Alicia Florrick se sentia bem nesse papel. Bonita, inteligente, sensata, ela poderia ter tido uma carreira brilhante. Mas Peter Florrick perseguiu essa aspiração pelos dois, e ela decidiu cuidar dos filhos se ocupar de sua bela casa de subúrbio. Peter ascendeu na política e se tornou promotor do Condado de Cook, em Chicago. Um dia, Alicia, sempre tão à vontade em seu papel nos bastidores, se viu jogada para frente do palco: Peter, envolvido em um escândalo de sexo e corrupção, confessou sua traição conjugal em rede nacional - mas negou os outros crimes -, com sua boa esposa ao lado.
O mundo de Alicia caiu. Com Peter preso e sem salário, era preciso botar dinheiro em casa. Pediu ajuda ao seu antigo colega de faculdade, Will Gardner, que lhe deu um emprego de advogada júnior no escritório do qual é sócio junto com Diane Lockhart. As semanas passam, depois os meses, e Alicia vai aprendendo a equilibrar o estresse de voltar ao competitivo mercado de trabalho com as dificuldades de criar dois filhos adolescentes, sem falar nas imagens escandalosas de Peter que não param de vazar na internet.
Enquanto isso, na cadeia, Peter trabalha para provar sua inocência parcial. Alicia reaprende as regras do jogo dos tribunais e, de alguma forma, acaba usando as informações que Peter detêm em benefício de seus próprios casos. Mas não consegue perdoar Peter. Ele já havia pisado na bola antes, quando teve um caso com uma jornalista nova-iorquina, Carrie Bradshaw. Daquela vez Alicia venceu e perdoou o marido - eles não estavam em uma boa fase. Mas agora? Com uma prostituta? Alicia sentia muita raiva e não desencorajou o clima de tensão sexual que começou a surgir entre ela e Will.
A necessidade de colher um depoimento em Los Angeles veio bem a calhar. Alicia aproveitaria para rever a amiga Addison Montgomery e as duas poderiam botar o papo em dia. Depois de cumprir as obrigações de trabalho, Alicia foi até a casa de Addison e ficou lá durante o fim de semana. A Dra. Addison já sabia da parte pública da história, evidentemente. Depois de ouvir e consolar Alicia, ela própria se sentiu à vontade para desabafar com a amiga. Há pouco tempo Mark Sloan tinha vindo de Seattle com a recém-descoberta filha grávida. Era necessário um exame minucioso no feto e, para isso, ninguém melhor que a Dra. Montgomery.
Addison e Sloan acabaram fazendo sexo diversas vezes, para tentar se distrair de seus problemas. Apesar de ter se encantado pela qualidade de vida na Califórinia e pela afinidade com Addison, Mark achou melhor voltar para sua realidade e suas responsabilidades de cirurgião plástico no Seattle Grace Mercy West. Havia também a filha Sloan, e o neto que iria nascer em breve. Para piorar, Mark ainda estava apaixonado por Lexie, irmã de Meredith Grey, a atual esposa do Dr. Derek Shepherd, ex de Addison Montgomery. Tudo isso Addison contou à Alicia enquanto as duas bebericavam diversas taças de merlot no deck em frente à praia.
A conversa é interrompida pelo surgimento de Sam Bennet, sócio de Addison na clínica e vizinho de casa. Addison apresenta o médico a Alicia. Depois que ele vai embora, conta seu dilema: ela acha que ama Sam. Porém, mesmo ele não estando mais casado com Naomi, sabe que ela não vai lidar bem com a história. Naomi é sua melhor amiga e não quer estragar isso, ficando com a imagem de traidora.
Addison e Sam quase fizeram sexo, mas ela se controlou. Para compensar, está saindo com Pete, também da clínica. Pete cria o filhinho pequeno, Lucas, que teve com Violet. Lucas foi abandonado pela mãe depois do terrível trauma que ela sofreu. Addison está cada vez mais apegada a Lucas e isso a preocupa - com razão, como veremos depois, mas isso nem ela e nem Alicia sabem agora.
Revigorada e divertindo-se com as proezas da amiga, Alicia retorna ao seu trabalho e à sua própria vida atribulada em Chicago. Poucos dias depois recebe a visita do Dr. Cal Lightman, especialista em microexpressões faciais, que vem a convite do estado para dizer se Peter está mentindo ou não sobre sua inocência nos escândalos de corrupção.
Alicia janta com o Dr. Cal por cortesia e quase se deixa levar pelo charme britânico do cientista. Lembrando das habilidades de Cal em reconhecer as mentiras mais escondidas, Alicia tem medo que ele descubra o que nem ela própria tem coragem de admitir: que está cada vez mais apaixonada por Will Gardner.
Apesar dessa tensão, o jantar é agradável e Cal conta alguns de seus mais interessantes casos, como o do serial killer que gostava de afogar moças. Alicia fica chocada quando descobre que o assassino era nada mais, nada menos que Logan Echolls, filho do famoso ator, por sua vez também envolvido em um crime brutal. Logan havia sido namorado de Veronica Mars, filha de um primo distante de Alicia. Ela se recrimina por não ter pensado em dar uma esticada até Neptune quando esteve com Addison na Califórina, mas rapidamente afasta o pensamento com as mãos: há coisas mais urgentes com o que se preocupar.
No dia seguinte, Alicia acompanha o Dr. Cal até a prisão. A jovem assistente do cientista, Ria Torres, também vai ajudar no teste com Peter. Alicia percebe uma constante troca de olhares entre Ria e Kalinda, a investigadora que é sua colega no escritório de advocacia e sua melhor amiga. Haveria ali uma tensão sexual? Mas o que a surpreende mesmo é o sobrenome Torres. Onde já havia ouvido antes, recentemente?
Muito mais tarde, depois que Cal e Ria já tinham voltado para Washington, é que cai a ficha: Addison havia contado a Alicia sobre Callie Torres, cirurgiã ortopédica no Seattle Grace Mercy West. A advogada não resiste e liga para a amiga. Conversam durante horas e Alicia descobre que, na verdade, Ria e Callie são irmãs adotivas, mas se detestam. Por coincidência, ambas são bissexuais. Alicia e Addison trocam informações sobre os casos picantes das irmãs e isso ajuda Alicia a se distrair de seus próprios problemas.
O tempo passa e os esforços de Alicia são recompensados. Ela é escolhida para a única vaga de associada júnior e desbanca o jovem Cary Agos. Peter consegue converter a pena em prisão domiciliar e volta a morar com ela e com os filhos, em um quarto de hóspedes. Alicia deixa bem claro que não haverá sexo entre eles. Apesar de sua mágoa, ainda se sente casada e não consegue trair o marido com Will Gardner. Um dia, a tensão chega num ponto máximo. Se não poder ir com Will, que seja com Peter. Alicia quebra sua promessa e faz sexo com o marido, mas depois vai dormir em sua própria cama.
No dia seguinte, telefona a Addison para desabafar e ouvir os conselhos da amiga. Ela deve continuar com Peter? E se ficar com Will, será que não vai interferir em sua vida profissional? Addison, por sua vez, também está com problemas. Distraída, quase não consegue dar atenção aos dilemas da amiga. Alicia percebe e pergunta o que está acontecendo. Addison revela seu drama: Violet melhorou do trauma depois de uma longa viagem, e está de volta para assumir seu papel de mãe - e também o de mulher de Pete, provavelmente. Justo agora que Addison e ele estavam se entendendo tão bem, e Lucas vendo Addison como uma verdadeira mãe, lamenta a obstetra.
Addison conta que Violet esteve no consultório de Pete nesta mesma manhã e pediu para Lucas ir morar com ela. Pete está preocupado com a insegurança emocional de Violet e talvez ainda magoado por ela ter abandonado ambos. Ele recusa o pedido de Violet, que por sua vez afirma que brigará na justiça pela guarda de Lucas.
Tudo isso Pete contou a Addison ainda naquela noite, bastante preocupado. Subitamente, Addison pergunta a Alicia se ela não aceitaria ser a advogada de Pete na disputa pela guarda. Alicia diz que vai falar com Will, mas acha que não haverá problema. As duas se despedem e vão dormir mais tranquilas. Addison, com esperança de que a recém-família que ela formou com Pete e Lucas não se desfaça. Alicia, animada com a possibilidade de passar algum tempo em Los Angeles, longe das decepções provocadas por Peter e das tentações despertadas por Will.
Que dilemas, aventuras e emoções esperam por nossas heroínas nas próximas temporadas?
Adriana Baggio
São Paulo,
31/8/2011
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