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COLUNAS
Quinta-feira,
11/7/2013
Não era pra ser assim
Carina Destempero
+ de 3900 Acessos
Não era pra ser assim.
E como era pra ser?
Não sei, mas não assim, não esse fim. Ou melhor, nenhum fim. Mas são poucos os que têm a sorte de um amor pra sempre.
Você acha que a relação de vocês terminou por falta de sorte?
Bom, ouvindo assim parece ridículo. Não foi falta de sorte, foi falta de amor mesmo. Pelo menos da parte dele. Acho que a sorte da qual falo é a sorte de encontrar alguém que você ame e te ame de volta e fazer com que isso dure. É, sorte pra encontrar e vontade pra manter.
No final daquele dia fiquei pensando nessa sessão e na frase dela,
sorte pra encontrar e vontade pra manter,
e imaginando como seria bom se a vontade fosse a única responsável pela continuação de um amor, pela duração de uma relação, pela felicidade que vivemos. Seria tão mais simples, um acordo bastava para que todos fôssemos felizes para sempre. Ou então que o responsável fosse a sorte: uma força do além que nos usa como títeres e contra a qual não temos nenhum poder, nos liberando assim para reclamar, reclamar, e reclamar, sem precisar fazer nada. (...)
Não era pra ser assim,
Ela disse aquele dia e eu penso tantas vezes. Mas o que penso não importa, ela certamente já tem muitos que corroboram seu lamento, meu lugar é outro, de ajudá-la justamente a parar de se lamentar e começar a caminhar com as próprias pernas e escrever com as próprias palavras, mesmo sem saber o que essas palavras querem dizer. Por isso quando ela chegou na semana seguinte repetindo,
Não era pra ser assim,
eu perguntei, Assim como? E ela começou a falar do fim, da dor, da sensação do mar inundando-a por dentro do peito, e nesse momento lembrou-se de seu pai que dizia que quando estivesse se afogando, pois ela usava muito essa imagem quando estava sofrendo, ela deveria usar as palavras como bote salva-vidas. E então ela deixou que o mar lhe saísse pelo olhos, e enquanto as lágrimas escorriam pela morte do pai, pelo fim do amor, por tudo que ela não queria que fosse assim, o primeiro bote salva-vidas aportou no momento em que ela disse,
Não adianta, não posso mudar o que já foi, e não sei nem o que posso mudar do que virar. Mas posso parar de me lamentar tempo o suficiente pra perceber que nem sempre o que acho que quero é a única felicidade possível.
Nota do Editor:
Texto gentilmente cedido pela autora. Originalmente publicado no blog Confraria dos Trouxas.
Carina Destempero
Rio de Janeiro,
11/7/2013
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