Quem sou eu, de onde vim, para onde vou? Questões que a humanidade tenta responder há tanto tempo, que me sinto liberado de uma apresentação assim mais formal, já que nenhuma servirá mesmo. O ideal seria pôr aqui um retrato 3x4 de um amigo 6x9 escrito pelo Millôr, mas como não sou amigo pessoal dele, vamos baixar a bolinha e mostrar educação. Pelo menos por enquanto.
Sou carioca, engenheiro mecânico por formação, leitor de histórias em quadrinhos por paixão e desenhista por vocação, ainda que muito mal exercida recentemente. Fui capturado para dentro dos balões ainda durante a infância, e faço parte daquele pequeno grupo de pessoas que conseguiu atravessar a adolescência e continuar lendo quadrinhos na idade, vejam só essa agora, adulta!, sem se render a algum sentimentalismo pueril.
Não pretendo me estender sobre meu trabalho por não entender ser essa a dimensão fundamental do ser humano, mas me limito a informar que sou mais um dos (chamem o substantivo que quiserem aqui) envolvidos com a indústria do petróleo. O que me causa uma miríade de sentimentos dúbios, como tudo que é importante que acontece com a gente.
Desde 94 estou envolvido com a internet, primeiro a partir do e-mail, que usava para trocar mensagens e enviar textos para a extinta revista Panacea, cria da USP; depois, quando desenvolvi uma homepage em cima de quem o musgo já cresce hoje, depois em listas de discussão - que nome para esse bate-papo em câmara lenta! - e por fim, deixando a rede invadir definitivamente minha vida ao orientar toda uma viagem de férias com informações colhidas ali. O que não é nada trivial.
Aos poucos, quem se interessar pode descobrir mais sobre mim. Pelo menos das recentes, ainda acho que a melhor descrição sobre o que pode rolar na minha coluna veio do próprio Julio Daio Borges, quando convidou uma turma para este projeto, mais ou menos assim:
Fulano de Tal, escrevendo sobre Londres
Sicrano de Souza, escrevendo sobre Cinema, Televisão e Vídeo
Fulano dos Anzóis Carapuça, escrevendo sobre Cinema e Música
Pedro Bó (confirmou por telefone, sem definir nada)
Rafael Lima, escrevendo sobre generalidades, e discutindo com todos...
É mais ou menos isso. O ecletismo geminiano, a disciplina da engenharia, a lógica circular das imagens, os vôos de imaginação dos quadrinhos, e sobretudo a busca por uma quase inacreditável harmonia que consiga um equilíbrio estável para todas essas facetas. E mais duas ou três que ainda não descobri.