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Quinta-feira,
11/8/2016
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Simone Weil no palco: pergunta em forma de vida
>>> Bonito de ver o espetáculo "A Última Dança", no pequeno teatro Viga, em São Paulo. As cadeiras desconfortáveis e o cheiro de plástico queimado - intencional, acredito - fazem nosso corpo querer sair dali. Em contraposição, a beleza dos movimentos da atriz e a estranha delicadeza das máquinas espalhadas pelo palco nos fazem ficar. Nesse cabo de guerra, vamos aos poucos tomando consciência de estarmos lá, num processo semelhante ao que passou Simone Weil, cujos escritos e experiência inspiram a peça.
por Heloisa Pait
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Existe na cidade alguém, assim como você...
>>> Existe na cidade alguém que frequenta os mesmos cinemas, se forem de rua, melhor. E se interessa, assim como você, pelos mesmos filmes, logicamente. Em geral, são sessões vazias, quase que exclusivas, mas esse alguém, como você, acha que os ingressos vão se esgotar. E quando entra na sala vazia, toma um susto em ver que The Red Shoes, Les trois coulers, Grande Otelo e alguns bons egípcios e nacionais não causam burburinho em quaisquer corações.
por Elisa Andrade Buzzo
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Eleições nos Estados Unidos
>>> Hoje desorientados líderes republicanos se perguntam o que aconteceu: Como foi que um empresário de imóveis que se gaba de ter declarado falência várias vezes, que exagera, mente e instiga ódio, medo e preconceito, que ameaça o mundo com suas bravatas e ignorância geopolítica, venceu políticos profissionais, senadores, ex-governadores, inclusive um Jeb da dinastia Bush! Falam em quebra do Partido Republicano.
por Marilia Mota Silva
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A que ponto chegamos, EUA!
>>> Qualquer americano bem informado sabe que os EUA têm inimigos em todos os cantos do mundo. A questão é que, agora, a inconstante, a complicada, a volta e meia alquebrada Rússia não é apenas um dos muitos adversários dos EUA; não é apenas um país com razões - fundadas ou não - para detestar os americanos; ela não é o Irã, a Coreia do Norte ou Cuba; ela é é, pura e simplesmente, aquilo que os EUA são acusados de ser em relação ao resto do mundo: a megapotência malvada que atrapalha os negócios internos alheios.
por Celso A. Uequed Pitol
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Os dinossauros resistem, poesia de André L Pinto
>>> André Luiz sabe que a arte é a promessa da felicidade que se esfacela. Por isso seus versos dizem que "a poesia/ não há/ de vingar". A moeda do mercado é quem está organizando os "nichos" de sua existência. Os próprios poetas enterrarão a poesia: "o pior já foi confirmado". Está consumado. Às vezes, alguns poemas caem, inesperadamente, como uma bomba no nosso colo.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Caiu na rede, virou social
>>> Se criar um site exigia, quase sempre, a contratação de um webdesigner, e para manter um blog era recomendável que houvesse disciplina e regularidade nas postagens, com as redes sociais o trabalho fica bastante facilitado, pois até mesmo de um celular você pode postar em redes como o Instagram. Já uma plataforma como o Snapchat, onde tudo o que for postado deixará de existir no dia seguinte, abre a porta para uma informalidade impensável num site institucional.
por Fabio Gomes
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Fragmentos de Leituras e Sentido
>>> Que a existência humana tem um Sentido é divisa que adotei com plena convicção. Certas questões seguiram meus passos, deitaram no meu travesseiro à noite e aguardaram-me pela manhã sentadas na cadeira do quarto. Que este Sentido não é dado nem prescrito, mas deve ser encontrado pelo indivíduo por meio de certa atitude espiritual parece evidente. Evidente porque superado, isto é, tendo-o encontrado, resta cumpri-lo.
por Ricardo de Mattos
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Notas sobre a Escola de Dança de São Paulo - II
>>> Inauguração de um piano elétrico na sala 1. Algumas pianistas se reúnem para testar o instrumento. Clima de festa que se apaga com o início de nossa aula. No dia a dia é raro termos pianista. Geralmente apenas uma aula por semana. Nossa pianista habitual me mostra o braço inchado. Era o piano de armário da nossa sala. Estava uma calamidade. Plein plein. Foi então substituído pelo elétrico. As time goes by.
por Elisa Andrade Buzzo
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Diálogos no Escuro
>>> Como míope, nunca "took for granted" a visão. Lembro com extrema nitidez, desculpe o trocadilho, o momento em que saí da ótica com meus primeiros óculos, na avenida Angélica, aos 6 anos de idade. De repente, o mundo nítido novamente! Meu Deus. A escada perdendo a perspectiva, chapada de tanta nitidez, e eu tendo que me apoiar em minha mãe, para descer. A imagem perfeita ofuscando a vista. Sempre tratei os oculistas como semideuses, portanto.
por Heloisa Pait
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O que vai ser das minhas fotos?
>>> Contei hoje. São quase mil itens dentro de uma pasta do computador intitulada "fotos". Nem tudo é genuinamente digital. Algumas são fotos digitalizadas a partir de uma matriz impressa; outras são fotos de fotos, coladas em álbuns da família; outras são mesmo fotos dos celulares ou das máquinas mais diversas. O que vai ser delas? Quem as verá, daqui a vinte anos? Será importante vê-las?
por Ana Elisa Ribeiro
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Dheepan, uma busca por uma nova vida
>>> O filme Dheepan (ou O Refúgio, como saiu no Brasil) traz como personagens principais um grupo de pessoas fugindo de conflitos e em busca de um porto seguro na Europa. Porém, o filme vai além de meramente retratar a migração e mostrar a tentativa dos refugiados de se encaixarem na sociedade que os acolhe (nem sempre de forma calorosa).
por Guilherme Carvalhal
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São Paulo e o medo no cinema
>>> Nada mais natural do que representações cinematográficas sobre o medo em uma cidade como São Paulo. Medo de lugares, medo do desconhecido, medo do feio, medo da violência, medo do outro, medo de si mesmo. Uma cidade violenta e de desconfianças, mas também de muitas possibilidades e aberturas. Dois filmes que estiveram em cartaz, no primeiro semestre de 2016, referenciam São Paulo como grande paisagem e apresentam como tema o medo.
por Elisa Andrade Buzzo
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Pokémon Go, você foi pego
>>> Viramos reféns dos aplicativos de celular. Eles nos colocam em contato com a família e conhecidos. "Juntar a galera" virou sinônimo de criar grupo no WhatsApp. "Ter notícias" de alguém é ver suas fotos no Instagram ou no Facebook. Paquerar? Coisa jurássica, o melhor é baixar o Tinder. E estou falando dos mais conhecidos. Há aplicativos para todas as coisas. E, agora, esta febre em torno de Pokémon Go...
por Luís Fernando Amâncio
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Notas confessionais de um angustiado (IV)
>>> Assisto a um vídeo de Rubem Fonseca, gravado durante a entrega de um prêmio que ele recebeu em Portugal. O autor, antes recluso, surpreende falando sobre as características de um escritor. Para ele, quem escreve literatura deve ser louco, ter inteligência (apesar de conhecer muitos escritores não muito inteligentes), estar motivado, ter paciência e, principalmente, imaginação.
por Cassionei Niches Petry
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A noite do meu bem, de Ruy Castro
>>> Consciente ou inconscientemente, Ruy Castro preenche a lacuna entre Carmen e Chega de Saudade com A noite do meu bem, a História e as histórias do samba-canção. O novo livro começa, justamente, com o fechamento dos cassinos no Brasil, por decreto do presidente Dutra, em 1946. Cobre toda a era das boates, no Rio, e se encerra em meados dos anos 60, com a renúncia de Jânio, a presidência vacilante de Jango e a ascensão dos militares, da MPB e do rock'n'roll.
por Julio Daio Borges
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Julio Daio Borges
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