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Sexta-feira,
7/10/2016
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A selfie e a obsolescência do humano
>>> A tecnologia está nos transformando, e precisamos admitir isso. A nossa experiência cotidiana, nosso modo de pensar e de existir, tudo está mudando. A atualização do IOS 9.3.4, que fiz hoje cedo, já começou a ter um impacto sobre mim, bem como os novos algoritmos do Facebook me induziram a atitudes que talvez jamais tomasse. Sim, eu não abri mão de estar no trem bala. Ainda.
por Marta Barcellos
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A Coreia do Norte contra o sarcasmo
>>> A Coreia do Norte é conhecida por suas leis, digamos, estritas. E nós acabamos de infringir uma delas: deve-se chamar o país de "República Democrática da Coreia", e não "Coreia do Norte". Para o governo de Pyongyang, há apenas uma Coreia verdadeira; a outra, a do sul, é tão falsa que sequer merece a honra de ser grafada com letras maiúsculas. Sim, aí está outra lei: o nome da vizinha Coreia do Sul só pode aparecer com o "s" de "Sul" minúsculo.
por Celso A. Uequed Pitol
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A pérola do cinema sul-americano
>>> Em O Abraço da Serpente, vemos uma relação com a Amazônia, com a lógica da colonização e o viés um tanto quanto apátrida, causado pela sensação de que a floresta está acima de quaisquer noção geopolítica criada pelo homem. A ideia de localização se dá apenas por sabermos que o filme é uma produção colombiana e pela linguagem parcialmente em espanhol. A história aborda a temática do desbravador europeu.
por Guilherme Carvalhal
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Aqui sempre alguém morou
>>> Alguém já morou aqui, e sem perceber subiu a guilhotina, abriu a janela de treliça verde, num gesto automático. Morar aqui de início foi algo diferente, extraordinário, as paredes todas brancas, um prédio pequenino como o da infância, uma estreita varanda. E também, sem perceber, de repente esse alguém dormia como se navegasse, e já acordava num novo dia, um corpo que o mar devolve fresco à terra - rolando na areia, com algas secas nos olhos.
por Elisa Andrade Buzzo
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Breve resenha sobre um livro hediondo
>>> Há oito anos, David Foster Wallace cometia suicídio, enforcando-se na garagem de sua casa em Claremont, na Califórnia, EUA, que servia também como local de escrita. Já escrevi sobre seu romance e o livro de ensaios lançados por aqui. Hoje me detenho nos contos do livro recentemente reimpresso pela Companhia das Letras: Breves entrevistas com homens hediondos (373 páginas, tradução de José Rubens Siqueira).
por Cassionei Niches Petry
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Alice in Chains, por David De Sola
>>> O Alice in Chains foi um desses grupos catapultados pelo sucesso de "Smells Like Teen Spirit". Há, porém, de se fazer uma ressalva: um ano antes da banda de Kurt Cobain ganhar notoriedade, o AIC já havia lançado Facelift e "Man in the Box" já havia se tornado um hit. Entretanto, a banda foi a menos badalada dentro do Big Four de Seattle, e o livro Alice in Chains: a história não revelada ajuda a explicar os motivos.
por Luís Fernando Amâncio
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Simpatia pelo Demônio, de Bernardo Carvalho
>>> A literatura de Bernardo Carvalho não tem piedade quanto a mexer nas entranhas do demônio. E o sangue respinga impiedosamente sobre o leitor. Seus personagens não são vítimas, mas são seres humanos em busca da completude, mas que pagam com o terror, a morte, a desolação, a irracionalidade as consequências de seus atos. Bernardo Carvalho desprovincianiza nossa literatura, levando nossas percepções a um campo mais aberto.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Afinidade, maestria e demanda
>>> No último dia 17, tirei do ar aquele que foi meu primeiro site, o Brasileirinho. Voltado para a veiculação de notícias e comentários sobre música popular brasileira, em especial samba e choro, o Brasileirinho completaria dali a um mês a incrível marca de 14 anos no ar (sua estreia foi no já distante 17 de outubro de 2002). 14 anos na internet é uma eternidade, ainda mais no Brasil, onde projetos semelhantes dificilmente duram tanto.
por Fabio Gomes
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O Quixote de Will Eisner
>>> Sobre Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, já se debruçaram cineastas, pintores, desenhistas, músicos e muito mais. No campo dos quadrinhos, coube a Will Eisner, autor do clássico personagem Spirit, elaborar a versão em arte sequencial - para muitos, a versão definitiva em arte sequencial - da história do Cavaleiro da Triste Figura. Falamos aqui de O Último cavaleiro andante (Companhia das Letras, 1999).
por Celso A. Uequed Pitol
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Era uma vez um inverno
>>> Perambula-se muito pelos corredores semidesertos dos shoppings, pelas lojas vazias, como sonâmbulos, numa procura mole e desejosa por roupas de frio confortáveis e estilosas, os vendedores atendem sem firulas, como representantes comerciais dos deuses recolhendo oferendas, somos correntes de ar circulando numa dança eterna de encantamentos perdidos na modernidade, zunindo sem função nem direção.
por Elisa Andrade Buzzo
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Caindo as fichas do machismo
>>> O céu azul-olimpíada resplandece no inverno carioca, eu já tinha cantado aos berros três músicas seguidas (uma delas de Tim Maia), a orla sem trânsito, a paradinha rápida no posto, e, de repente, aquela ameaça. Não! Por favor, não abra o capô do meu carro, não diga que o nível de óleo está baixo, que o radiador precisa de aditivo nem me ameace com nenhuma daquelas mentiras que você jamais diria a um homem.
por Marta Barcellos
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Uma livrada na cara
>>> Uma cena chamou a atenção na 9ª Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes, que aconteceu de 5 e 14 de Agosto. Uma autora tentava vender seu livro e decidiu usar de uma tática mais agressiva, diguemos assim. Ela interpelava passantes, falava, se promovia, chegou a quase esfregar seu trabalho na cara de alguém. Parecia um programa desses de torta na cara da TV usando um livro. Cômico para uns, trágico para outros. Mas não passou em branco.
por Guilherme Carvalhal
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YouTube, lá vou eu
>>> O Youtube não para de crescer. É a televisão dos jovens, que nem sabem direito o que é televisão "normal". É um lugar que podemos escolher tudo o que quisermos ver e quando quisermos. É uma miscelânia cultural que veio para ficar. O tipo de coisa que não tem mais volta. Não sei o que será no futuro, mas com certeza tem um belo futuro. E como é interessante observar o que acontece agora com a TV aberta. Eles "chamam" as celebridades do YouTube para captar audiência...
por Adriane Pasa
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Srta Peregrine e suas crianças peculiares
>>> Talvez o leitor já tenha ouvido falar ou lido algo a respeito dos freaks. Há um filme norte-americano de 1932 dirigido por Tod Browning com este nome no título. O grupo de pessoas que deu origem ao termo, e posteriormente ao filme, é composto por indivíduos portadores de alguma deformidade congênita que eram apresentados como curiosidade em circos e feiras. Eram as chamadas "aberrações". Seria o caso de gêmeos xifópagos, mulheres barbadas, anões, etc.
por Ricardo de Mattos
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Super Campeões, trocas culturais de Brasil e Japão
>>> Se hoje o futebol é uma paixão no Japão, muito disso se deu graças a um intercâmbio estabelecido com o Brasil, sobretudo através da exportação do "pé-de-obra" tupiniquim. Por outro lado, um anime sobre o esporte também foi muito importante na popularização de consumo da cultura pop japonesa por aqui. A Associação Japonesa de Futebol foi uma incentivadora do projeto, apostando no seu potencial para promover o esporte.
por Luís Fernando Amâncio
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Julio Daio Borges
Editor
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