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Terça-feira,
11/7/2017
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Um caso de manipulação
>>> Em seu famoso prólogo a Dom Quixote de La Mancha, o autor, Miguel de Cervantes, fornece uma importante informação ao leitor: a de que ele, Cervantes, não é o "pai" da obra, mas sim o seu "padrasto". O leitor - ou "desocupado leitor", como o autor a ele se dirige no começo do texto - é pego de surpresa: como assim, padrasto? Abre-se, então, espaço para que se faça a inescapável pergunta: se ele não é o pai - ou seja, o criador - da história, quem o será?
por Celso A. Uequed Pitol
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Brasil, o buraco é mais embaixo
>>> Lá se foram quatro anos de muita turbulência. Muita coisa mudou. E a política? Houve troca de presidente, é verdade, mas voltou ao poder aquele partido que sempre esteve lá. Afinal, a história recente do Brasil ensina que não se governa o país sem fazer pactos. E um dos primeiros a exigirem que sua mão seja beijada é o PMDB. Está no poder desde 1985 e não deve sair tão cedo.
por Luís Fernando Amâncio
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Nós que aqui estamos pela ópera esperamos
>>> A primeira vez foi na biblioteca. Estava no campus da Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara. Havia passado em Ciências Sociais, mas seis meses depois abandonei o curso. Nada de sociologia, de política, de antropologia; descobri que queria mesmo era fazer Letras; então, fiquei na biblioteca do campus, pelejando para o próximo vestibular. Tinha 19 anos.
por Renato Alessandro dos Santos
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Retratos da ruína
>>> Como e quando foi arrancado o duplo caminho retilíneo de árvores da avenida Paulista? Suas copas, como triângulos, empinadas para cima, para o futuro, tão bem protegidas por uma estrutura de madeira; tal qual um grande prédio em construção. Provavelmente hoje não há nenhum exemplar delas, retratadas na aquarela de 1891 de Jules Martin, exposta no MASP na mostra "Avenida Paulista".
por Elisa Andrade Buzzo
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Os Doze Trabalhos de Mónika. 3. Um Jogo de Poker
>>> Poker. Então era isso. Poker. Ele jogava. Não jogava como um jogador, um Dostoievski, entregue. Não. Apenas apreciava o jogo. Era isso. A política! A aposta, o blefe. Saber as cartas que o outro tem... O poker, é verdade, havia se tornado mais popular ultimamente. Clubes de bairro, jogos online, cursos caros para crianças ocupadas e gratuitos para jovens em situação de risco. Era uma dessas febres que assolava o país de tanto em tanto tempo.
por Heloisa Pait
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Notas confessionais de um angustiado (VI)
>>> O tema do suicídio começa a ganhar bastante espaço na história, pois se torna uma obsessão de Fred, à medida que começam as aparecer referências sobre o tema em tudo que lê ou a que assiste. Analisei o tema em um dos ensaios na disciplina do mestrado e foi assunto recorrente em outras oportunidades dentro do curso. Por que inserir temas como esse na narrativa?
por Cassionei Niches Petry
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Os Doze Trabalhos de Mónika. 2. O Catolotolo
>>> Mónika subiu as escadas meio apreensiva com seu atraso, mas ninguém a esperava na porta da sala de aula. Abriu a sala, janelas, cortinas, botou o repelente na tomada e ficou esperando. Justificava-se. Era reposição de greve. Quem tinha carro, vinha. Quem morava na cidade, também. E naquele ano a evasão já se fazia sentir... Pior seria se não viesse ninguém... Mónika matou a charada na hora: catolotolo.
por Heloisa Pait
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A pós-modernidade de Michel Maffesoli
>>> Para Maffesoli, nossa era pós-moderna é marcada pelo que ele denomina de "tribalismo", em que as relações são formadas mais por um forte senso emotivo e menos pelas relações frias da sociedade industrial. Assim, o comportamento moderno cada vez mais converge para um modelo tribal, em que as pequenas aglomerações ganham força, superando o conceito de nação ou de povo. Então, surge um novo modelo, onde o laço afetivo é mais forte.
por Guilherme Carvalhal
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Um parque de diversões na cabeça
>>> Fui com a família ao Pedro II assistir a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto em ação. Já havia ido em outras horas, mas como desta vez não houve igual. Ganhei os convites. Iria no domingo, de graça, mas com os ingressos nas seis mãos de minha família, para a gente ficar na plateia, logo abaixo daquela gota imensa no centro do teto do teatro ― isto é, com a filarmônica a tocar a poucos metros de distância, numa sinestesia entre os olhos e os ouvidos.
por Renato Alessandro dos Santos
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O que te move?
>>> A vontade, pois, de colocar em evidência o que merece... é que me move. É o meu "propósito", para utilizar o termo correto. Eventualmente, alguns dos meus trabalhos ou espaços na internet atingem uma grande repercussão - mas não é a busca da audiência que me move... Se assim fosse, haveria caminhos (aparentemente) fáceis a seguir.
por Fabio Gomes
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O dia que nada prometia
>>> Aquele dia prometia não ser nada demais e eu estava aproveitando cada minuto dele. E tudo ia bem, o dia estava agradável. Minha vida era boa e, o que me consola, eu sabia bem disso. Só que aí, no meio do plenário, o maldito do celular ligado, chega a mensagem. A desgraça da mensagem. "Vazou uma gravação com você pedindo propina". E o dia, que estava dentro do previsível, virou do avesso. O mundo veio abaixo...
por Luís Fernando Amâncio
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Super-heróis ou vilões?
>>> Depositamos nos políticos a solução para os nossos problemas, afinal são nossos representantes. Eles, no entanto, nos decepcionam, pois esperamos deles algo que não podem fazer e também, claro, porque muitos se tornam os vilões, fazendo o contrário (e bem ao contrário) do que queremos. Os políticos, entretanto, são o nosso espelho. Temos que fazer um mea culpa.
por Cassionei Niches Petry
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Seis meses em 1945
>>> A imagem de Josef Stalin, Franklin Delano Roosevelt e Winston Churchill reunidos no pátio do Palácio Livadia, na cidade de Yalta, numa tarde fria de fevereiro de 1945, é parte do quadro de honra da inconografia da Segunda Guerra Mundial. E não é sem razão: ali, no popular balneário soviético situado às margens do Mar Negro, os três líderes das potências aliadas, chamados "Três Grandes", começaram a esboçar o desenho de um novo mundo.
por Celso A. Uequed Pitol
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Senhor Amadeu
>>> Senhor Amadeu me elegeu, quase me adotou. Durante 14 anos, quase 15, fez-me uma visita, em casa, em meu aniversário. Quatorze aniversários, todos, para me dar um presente, que era sempre um bom presente. Uma boa boneca, um disco de vinil da minha banda favorita, uma casinha inteira, um objeto valioso ou valoroso. E eu o atendia, sob o olhar carinhoso da minha mãe. Eu me emocionava com as visitas do senhor Amadeu.
por Ana Elisa Ribeiro
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Correio
>>> Há um silêncio quando a avenida Duque de Caixas cruza com a Rio Branco. Um amplo horizonte se anuncia. A esmaecida torre da Júlio Prestes com a bandeira do Estado de São Paulo é um prenúncio ao contrário de glórias passadas. Agora é ZIT centro, rua dos Gusmões, um mural dos Trapalhões. Cruzamos a Ipiranga: tudo acontece. E descemos pela abertura amarelecida do Paissandu.
por Elisa Andrade Buzzo
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Julio Daio Borges
Editor
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