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Quarta-feira,
13/9/2017
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Notas de leitura sobre Inácio, de Lúcio Cardoso
>>> Mais um quadro da galeria dos personagens atormentados de Lúcio Cardoso. Rogério Palma, o narrador e protagonista da novela Inácio, de 1944, conta sobre o período em que viveu numa pensão, quando tinha 19 anos, era estudante, mas decidira parar de estudar porque tinha um novo de plano de vida: "A vida é espantosamente alegre. Esta é a base do meu famoso plano. Ser alegre, não de maneira comum, mas espantosa e definitivamente alegre, soberanamente alegre."
por Cassionei Niches Petry
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O jornalismo cultural na era das mídias sociais
>>> Com o advento das redes sociais, os artistas passaram a se comunicar diretamente com seu público, não necessitando mais da antiga "ponte" que o jornalismo cultural representava. Este é o tema central de um texto que escrevi no ano passado, intitulado "Caiu na rede, virou social". E também a ideia principal do artigo "Tribalistas não precisam de jornalismo", escrito por Pedro Varoni e publicado no site Observatório da Imprensa.
por Fabio Gomes
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Crítica/Cinema: entrevista com José Geraldo Couto
>>> Discutir o sentido da crítica de cinema, os limites de sua ação num campo marcado pelas leis do mercado, questionar os limites da conceituação de filmes de arte e cinema comercial, localizar alguns aspectos do cinema no Brasil e de sua crítica frente à presença dominante dos blockbusters na totalidade das salas de cinema, eis o que propomos, além de outras questões, ao crítico de cinema José Geraldo Couto, nesta entrevista.
por Jardel Dias Cavalcanti
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O Wunderteam
>>> A bela homenagem que um torcedor austríaco deixou no youtube à seleção de seu país revela, ao mesmo tempo, um sentimento de saudade pelos bons tempos que se foram e um certo desdém diante dos ídolos fugazes do futebol de hoje. É o estranho proceder dos países que já foram grandes no futebol. Assumem diante do jogo atual a postura altiva dos antigos aristocratas falidos, que, mesmo sem dinheiro, mantém os brasões familiares e os títulos de nobreza...
por Celso A. Uequed Pitol
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Fake news, passado e futuro
>>> É cada vez mais comum que ficções circulem com roupagem de notícia, só que sem mensagem no fim desmentindo seu conteúdo. Isso ganhou até um termo, fake news. E, acredite, quando uma notícia falsa circula, as pessoas não estão se divertindo com seu teor ficcional. Elas estão acreditando com todas as forças. Passou o tempo em que mentira tinha perna curta. Hoje, ela tem milhões de compartilhamentos. Vivemos a era da pós-verdade.
por Luís Fernando Amâncio
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Luz sob ossos e sucata: a poesia de Tarso de Melo
>>> A Lapso, conjunto de poemas de Tarso de Melo, publicado pela Alfarrabio Edições, em 1999, situa o sentido da poesia entre os restos do humano (ossos) e os restos do mundo (sucata). Adotando a exigência moderna da poesia de dar forma ao mundo no construto da linguagem, Tarso evoca a natureza humana e o mundo numa dicção complexa que procura tensionar esses dois universos numa perspectiva também moderna da oposição poeta-mundo.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Da varanda, este mundo
>>> Daqui dá para ver o pico do Jaraguá. Onde? Ali, no meio, depois daquela antena. Em frente àquela coisa branca? O delicado verde-claro de um monte se delineia esvoaçante como uma miragem. Eu nunca fui no pico do Jaraguá, sempre quis ir. A gente sempre passava na frente voltando pra casa. Mas o pai nunca levou a gente lá... Podemos ver tão longe. Mais longe ainda, como numa última dimensão possível um sombreado azulado de serra.
por Elisa Andrade Buzzo
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Estevão Azevedo e os homens em seus limites
>>> O resgate realizado por Estevão proporcionou uma bela pérola literária para os tempos atuais. Em termos do que o brasileiro lê e do que temos em produção literária, ele foge da onda de autoficções e de literaturas urbanizadas que muitas vezes dão as costas para o Brasil e tentam ser mais estadunidenses e europeias do que brasileiras. Estevão resgata um pedaço precioso de nossa literatura e o faz com um livro rico e bem atual.
por Guilherme Carvalhal
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Séries da Inglaterra; e que tal uma xícara de chá?
>>> Estive a ver nestas férias, enquanto meus pés passavam frio, algumas séries britânicas na Netflix. Hoje, quando muitos vêm achando que o cinema parece já ter dito tudo, a televisão deu uma cambalhota, e voltando a parar em pé, como tudo que nos últimos anos vem mudando, ela acabou tirando do cinema alguma coisa, e certo é que há de parar bem essa história um dia à sétima arte, porque fermentações assim sempre trazem mudanças que, maturando, transformam leite em queijo, e enquanto à coivara criativa o cinema vai sobrevivendo, há algo de muito frescor no reino da Inglaterra.
por Renato Alessandro dos Santos
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A fotografia é um produto ou um serviço?
>>> Como não faz mais que 15, 20 anos que a cultura digital passou a ser forte em nosso mundo, é natural que, ao efetuar um pagamento, boa parte das pessoas (ainda) espere receber algo material. Penso que este é um dos fatores que levaram à volta dos discos de vinil (os LPs) - ou mesmo a explicação da longevidade da preferência pela foto em papel. A experiência, contudo, acabou me mostrando que o correto é tratar o trabalho de um fotógrafo não como um produto, mas como um serviço.
por Fabio Gomes
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A noite iluminada da literatura de Pedro Maciel
>>> A editora Iluminuras acaba de publicar A noite de um iluminado, de Pedro Maciel. O que está em jogo nesse romance é uma questão vital para a literatura contemporânea. Como lidar com o espelho quebrado da realidade e sua multiplicação de cacos e dos ecos desses cacos? É essa a obsessão da literatura verdadeiramente contemporânea, a de descobrir uma linguagem que poderia exprimir algo próximo desse mundo. Construir uma espécie de vitral, com o que sobrou de nossas certezas aos pedaços, como sugeriu o dramaturgo Gerald Thomas.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Apontamentos de inverno
>>> Entre as folhas dos pinheiros nos cemitérios, desponta um pontilhismo em tons de laranja do precoce anoitecer. Barracas de moradores de rua parecem curtir a suavidade de um pôr do sol praiano, e os últimos raios do dia encimam o edifício Queen Elizabeth. Emergidos das sombras e a elas retornando, assim surfamos, delirantes, nesta terra de subtropical indiferença.
por Elisa Andrade Buzzo
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Literatura, quatro de julho e pertencimento
>>> Uma lista, divulgada pelo site Nexo com base de dados do PublishNews, indica os livros mais vendidos do Brasil nos últimos anos. O campeão de vendas, Edir Macedo, seguido por Marcelo Rossi e um livro de colorir. Nenhum livro de poesia. Quanto a ficção, nenhuma obra escrita por brasileiros, apenas ficção de língua inglesa. Li essa lista no dia 4 de julho. Não há como desassociar um fato do outro. A literatura cria um senso de nacionalidade e fortalece a cultura de uma nação.
por Guilherme Carvalhal
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O Abismo e a Riqueza da Coadjuvância
>>> O conceito de lugar de fala - a ideia de que as perspectivas de cada qual são marcadas pela sua situação, pelos custos e riscos das suas ações, pelos seus recursos e ferramentas particulares - é produtivo; pode nos equipar para construir potencialidades e destruir posturas arraigadas. Diz algo sobre nós e nos estimula a atentar ao que os outros dizem de si - e também expõe os desníveis entre o que um e outro podem perceber.
por Duanne Ribeiro
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Os Doze Trabalhos de Mónika. 4. Museu Paleológico
>>> A sala se enchia. As caras a assustavam. Onde estavam os meninos barbados e as meninas de chinelo? Havia poucas meninas. E os meninos estavam de terno. Que juventude era aquela? Nas salas de aula, gostava de provocar. Um dia falou: "Esqueçam essa categoria de classe social, pois isso explica pouco da vida humana." Os alunos tiveram um treco, foi engraçado.
por Heloisa Pait
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Julio Daio Borges
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