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Terça-feira,
14/3/2017
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Thoreau, Mariátegui e a experiência americana
>>> Em 1849, Thoreau publicou A Desobediência Civil, provavelmente o seu livro mais conhecido. Era o tempo da Guerra com o México. Thoreau recebe em sua casa a visita de um coletor de impostos. Responde-lhe, então, que não pagará nada. O motivo: não está disposto a custear a guerra com o México, que lhe parece injusta e sem sentido. Como resultado, vai para a prisão. A partir daí, Thoreau inicia a famosa dissertação sobre o valor irredutível do indíviduo e a desobediência justa a um governo que um homem reputa moralmente errado.
por Celso A. Uequed Pitol
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Meu querido aeroporto #sqn
>>> Dez minutos, quinze, meia hora. É... o voo está atrasado. Não apareceu na telinha ainda, mas está. Muita gente no salão. Crianças, bebês, senhoras, casais. Antes sossegados, agora já batucam com os pezinhos. Impacientes. O inglês casado com a brasileira magrinha faz esforço para olhar os peitões da moça à sua frente. Esforço para não ser notado pela esposa. Foi divertido observá-lo. E fiquei pensando em quanta confusão eu poderia instilar. Viagens.
por Ana Elisa Ribeiro
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Essas moças de mil bocas
>>> Suas imagens supersimpáticas por vezes aparecem em uma busca na rede ou em reprises de programas na televisão. Como elas parecem lindas, articuladas; fazem caras e bocas para falar de seu cotidiano reluzente, cada passo, cada balanço de cabelo tem suma importância para essas meninas que vendem e vivem de imagens. Ah, como elas falam, e tudo sobre seu ritual de beleza lançam como superimportante...
por Elisa Andrade Buzzo
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Como uma Resenha de 'Como um Romance'
>>> Espero que você tenha clicado neste texto apenas para fugir a uma tarefa. Que esteja, cá comigo, lendo frase após frase em uma rebelião muda contra a obrigação que te apoquenta. Pois, como o pedagogo Daniel Pennac escreve em Como um Romance - que é o tema deste artigo, você se aperceberá -, "líamos, e lemos, como quem se protege, como uma recusa, como uma oposição". Viemos ambos a estas letras para tomar um pouco de certo ar vital.
por Duanne Ribeiro
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Quem é mesmo massa de manobra?
>>> A música "Admirável gado novo", de Zé Ramalho, é sempre utilizada por defensores de algumas ideologias para criticar pessoas que, segundo eles, vivem metaforicamente uma "vida de gado", seguem a manada sem questionar, são massa de manobra, marcados pelos poderosos que são os donos de suas mentes. O engraçado disso tudo é que a música serve também para esses mesmos críticos que defendem cegamente ideias de um partido...
por Cassionei Niches Petry
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Imprimam - e repensem - suas fotografias
>>> Outro dia, mandaram um link para que eu lesse com carinho. Era um texto dizendo que o "pai da internet", Vint Cerf, recomendava que imprimíssemos nossas fotografias. O problema seria a tal da "obsolescência programada", essa invenção malévola e espertinha que nos transforma em consumidores compulsórios de equipamentos novos em substituição a outros sempre, e rapidamente, desatualizados.
por Ana Elisa Ribeiro
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Um Cântico para Rimbaud, de Lúcia Bettencourt
>>> Eu levei um ano e meio para ler O Regresso: a última viagem de Rimbaud, de Lúcia Bettencourt, publicado em 2015 pela editora Rocco. Não, o livro não tem 3.000 páginas. Tem apenas 191 páginas. Mas são 191 páginas de pura poesia. E não se lê poesia às pressas. E quando essa poesia tem o sabor de um pêssego maduro, deve-se devorá-lo com calma, sentindo prazer em cada um de seus detalhes, na observação da sua cor, na sua textura, no seu cheiro, na sua doçura, no seu caldo suave...
por Jardel Dias Cavalcanti
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Longa vida à fotografia
>>> Em outubro do ano passado, ao participar de evento no Rio de Janeiro, o fotógrafo Sebastião Salgado fez uma previsão sombria: a fotografia não vai durar mais que 20 ou 30 anos. Ela vai perder o lugar, no entender do veterano profissional, para a imagem, que é o que você vê no Instagram ou no celular. A fotografia, para Salgado, "é um objeto materializado que você imprime, você tem, você olha"...
por Fabio Gomes
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Oswald de Andrade e o homem cordial
>>> Oswald de Andrade passou a segunda metade dos anos 40 dedicado ao estudo. O desligamento do Partido Comunista Brasileiro, ocorrido em 1945, e o desapontamento com os rumos do mundo pós-guerra levaram-no a rever posicionamentos: segundo o filósofo Benedito Nunes, Oswald esperava o "ocaso dos imperialismos, das ditaduras e da moral burguesa" - o que, como se sabe, não aconteceu...
por Celso A. Uequed Pitol
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Nuvem Negra*
>>> Nuvem Negra é o título do segundo romance de Eliana Cardoso, mais conhecida por seus livros de economia, em que o rigor da análise e da reflexão se valem das artes e manifestações culturais para iluminar conceitos, tornando o texto um caleidoscópio de conexões originais e inspiradoras. Agora, de uns tempos para cá, Eliana resolveu abraçar a literatura. Escrever ficção, depois de uma vida dedicada à análise imparcial de números e fatos, é como reinventar-se.
por Marilia Mota Silva
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Em defesa da arte urbana nos muros
>>> Um dos assuntos mais comentados deste começo de ano é a investida do novo prefeito de São Paulo, João Doria, contra a arte nos muros da cidade. Doria está encarando qualquer dessas intervenções, seja grafitti, seja pichação, como um mal a ser extirpado. A única coisa boa que vejo em investidas claras assim é que elas indignam a sociedade e acabam por mobilizar uma reação contrária.
por Fabio Gomes
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Vocês, que não os verei mais
>>> Um dia você se lembrará de uma sensação, de um fato, talvez até de uma pessoa a eles relacionada. E assim, numa cadeia veloz de pensamentos, irá demorar alguns segundos para unir todas as pontas conhecidas de uma história. O local dos acontecimentos não fará mais importância, apenas a sensação que as lembranças evocam. E as paisagens exteriores, os cenários interiores, serão todos alçados gradativamente, como um livro que se abre...
por Elisa Andrade Buzzo
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Em nome dos filhos
>>> É difícil nomear algo. Pior ainda quando se trata de nomear uma pessoa. E complica ainda mais se for uma pessoa com quem você vai conviver a vida toda. Mais difícil do que dar nome aos bois é dar nome aos filhos. Já imaginou, seu rebento querido, no auge da rebeldia, se virar para você e soltar a clássica frase, "eu não pedi pra nascer", acrescida de um "muito menos ter essa m**** de nome"?
por Luís Fernando Amâncio
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O Que Podemos Desejar; ou: 'Hope'
>>> No dia 13 deste janeiro de 2017, foi noticiado o caso da menina de 11 anos estuprada por um homem de 20 anos e quatro adolescentes no Distrito Federal; o episódio se adiciona, sabe-se, a inúmeros outros, como o de meninas negras a partir dos 8 anos feitas escravas domésticas e sexuais em Goiás, denunciado em 2015. Inspirada ela própria em uma ocorrência real - o caso Nayoung, de 2008 - a narrativa de Hope (2013) fala de uma nódoa perene, disseminada, atual.
por Duanne Ribeiro
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Píramo e Tisbe
>>> A lenda de Píramo e Tisbe encontra-se no Livro IV das Metamorfoses, a grande obra em verso do poeta latino Publius Ovidius Naso (43 a.C./17 d.C.). O livro de ouro da mitologia, como ficou traduzido entre nós The age of fable, de Thomas Bulfinch, traz sua versão resumida e em prosa. Nada receie o leitor, nem se acomode: o texto original, se vertido por tradutor que tenha percebido o espírito de simplicidade dos antigos poetas, é de tranquila leitura.
por Ricardo de Mattos
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Julio Daio Borges
Editor
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