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Terça-feira,
13/11/2018
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Vespeiro silencioso: "Mayombe", de Pepetela
>>> Os verdadeiros leitores de Mayombe não são aqueles estudantes forçados a encará-lo por causa do vestibular ― embora em muitos sempre há rebeldes em crisálida constante que, no livro, encontrarão razão de ser ― mas as pessoas que se sentirão recompensadas pela narrativa de Pepetela e que, certamente, partirão em busca de obras dele e de outros autores da contemporânea literatura africana de língua portuguesa.
por Renato Alessandro dos Santos
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A barata na cozinha
>>> A repugnância às baratas é a maior religião do mundo. Nunca conheci alguém que se sinta confortável na presença deste inseto. Pois pense em entrar na sua cozinha e encontrar ali, na sua frente, o anticristo. Com suas antenas enormes, aquele marrom avermelhado inconfundível, suas cascas e as patas que parecem ter espinhos. Uma barata passeando livremente pela sua cozinha...
por Luís Fernando Amâncio
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Uma Receita de Bolo de Mel
>>> As receitas todas têm algo em comum: são muito simples. Para ensinar uma criança a cozinhar, é uma boa pedida, pois é gostoso misturar os ingredientes e, depois disso, não há muito o que fazer além de despejar numa travessa e assar. Entretanto, na vida moderna, essa facilidade pode ser um problema, pois reservamos pouco tempo para o bolo e na pressa esquecemos alguns detalhes que fazem toda a diferença.
por Heloisa Pait
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O Voto de Meu Pai
>>> Um parente distante especulou sobre o voto de meu pai nessas eleições, caso ele estivesse vivo, e questionou as opções minha e de meu irmão. Ele usou termos e formas de expressão que se tornaram normais nos dias de hoje, especialmente nas redes sociais. Mas uma leitura generosa de sua diatribe nos daria a seguinte pergunta: quais os valores de seu pai e como eles se expressam em seu voto? De modo torto, foi isso o que ele perguntou. Foi o que me pôs a pensar, a rememorar, a imaginar.
por Heloisa Pait
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Inferno em digestão
>>> No diálogo entre o passado e o presente, entre o imaginário e a realidade, Terra sonâmbula encontra, por meio da literatura, o caminho por onde os moçambicanos têm de seguir, estrada afora, vida adentro, como um metrônomo que regressa ao passado para, no presente, seguir como o rio que, a despeito das margens que o oprimem, vai engolindo tudo pela frente.
por Renato Alessandro dos Santos
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Hilda Hilst delirante, de Ana Lucia Vasconcelos
>>> Quando morei em Campinas, durante o mestrado em História da Arte, sonhava conhecer Hilda Hilst, mas não a conheci pessoalmente, apesar da sugestão de visitá-la dada por dois amigos, o pintor Egas Francisco e o poeta e ensaísta Edson Duarte (que morou na Casa do Sol com Hilda e escreveu uma tese e posfácios sobre a obra dela).
por Jardel Dias Cavalcanti
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As pedras de Estevão Azevedo
>>> Quem estava a par do que acontecia no Brasil nos anos 1980, mais especificamente na cidade de Curionópolis (PA), pôde acompanhar uma corrida da população para explorar ouro na região. Foram retiradas mais de 30 toneladas do metal, no maior garimpo a céu aberto do mundo. O lugar ficou conhecido como Serra Pelada, uma região desprovida de estrutura, que recebeu mais de 80 mil garimpeiros, anunciando a precaridade da condição humana.
por Wellington Machado
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O artífice do sertão
>>> Corria o 3 de dezembro de 1902. O crítico e ensaísta José Veríssimo, um dos mais respeitados da então incipiente cena literária do Rio de Janeiro, assinava uma coluna no jornal Correio da Manhã onde submetia à sua fina análise os últimos lançamentos editoriais brasileiros e portugueses, sempre lidos antes da publicação oficial. Um calhamaço de 637 páginas seria o objeto de apreciação naquele dia: intitulava-se Os Sertões, de autoria do engenheiro e jornalista Euclides da Cunha.
por Celso A. Uequed Pitol
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De volta à antiga roda rosa
>>> É o ano letivo que se inicia, e os andaimes e os pintores ainda estão lá, a grande roda da composição vai sendo preenchida de substância nova; e eu não preciso me surpreender tanto com as novidades porque ao reflexo dos rostos novos sobrepõem-se as sombras dos antigos, a faculdade permanece a mesma, inteiriça em seu pórtico, diria "pós-clássico", de colunas clean, rosadas e puras, com suas mesmas sujidades, janelas travadas e cheiro de mofo no corredores de história.
por Elisa Andrade Buzzo
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O papel aceita tudo
>>> Um desenho de Rembrandt. Uma casinha com chaminé feita por uma criança. Os versos de amor de um adolescente. O "Soneto de Separação" de Vinicius de Moraes. A lista de compras do supermercado. O esboço de um romance de Stendhal. O número do telefone de uma nova paquera. O endereço do advogado que vai cuidar do divórcio. As notas musicais da cabeça de Beethoven. O papel aceita tudo.
por Jardel Dias Cavalcanti
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O tigre de papel que ruge
>>> Ao terminar a leitura de "A política externa norte-americana e seus teóricos", de Perry Anderson, não pude deixar de lembrar de uma frase pichada em vermelho nas paredes do velho Viaduto Otávio Rocha, que se destaca em meio às outras pichações ali presentes. A frase pichada é "O imperialismo é um tigre de papel". A lembrança veio justamente porque, logo em seguida, imaginei o que Perry Anderson diria diante dela. Algo me diz que sorriria ironicamente, como bom britânico.
por Celso A. Uequed Pitol
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Alice in Chains, Rainier Fog (2018)
>>> Rainier Fog, o sexto álbum de estúdio do Alice in Chains, foi lançado no dia 24 de agosto e veio ao mundo cercado de expectativas. Embora a banda não seja um enorme sucesso de audiência, possui seu público cativo e conta com certo respeito na crítica musical. Além disso, o Alice in Chains possui uma discografia consideravelmente pequena para um grupo que existe há três décadas, o que faz o lançamento ser um momento especial.
por Luís Fernando Amâncio
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Cidades do Algarve
>>> Toda cidade tem uma vida que começa e recomeça, num capítulo de sonho em que um olhar temporário a atravessa em cheio e se alegra e se entristece, toda cidade tem um ar com um quê de lar, é para morar e se recostar em cada cômodo seu, todo cais, e cada esquina, um quebra-cabeças, em que estranhos grupos de peças se reúnem e dispersam em séria comoção.
por Elisa Andrade Buzzo
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Gosta de escrever? Como não leu este livro ainda?
>>> Em uma época como agora, quando as redes sociais servem de tribuna e auditório àqueles que dominam os descaminhos da escrita, os que, além de atravessar um bom livro do início ao fim, pretendem dominar técnicas de diálogos, de como escrever contos, de como lidar com outros escritores, bem, esses tendem a ser os leitores ideais de Paris é uma festa.
por Renato Alessandro dos Santos
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Assum Preto, Me Responde?
>>> Somos aves rendidas. A transição dos pássaros nos mostra esse sentido. Belchior funde Edgar Allan Poe, Paul McCartney e plausivelmente Luiz Gonzaga para produzir um outro interlocutor, não mais um que lhe trave caminhos, mas um que lhe inspire renovação. Tem-se de reaprender a voar e a ver.
por Duanne Ribeiro
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Julio Daio Borges
Editor
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