COLUNAS
Quinta-feira,
8/3/2018
Colunas
Colunistas
|
|
Uma suposta I.C.
>>> Mas esta cidade agora não é mais a mesma da década de 90. Os postais que compro e os quais não enviarei a ela tem um apelo ultra-colorido. Isabel me deixou um gosto dela tal qual era nesse passado de correspondentes. Terra ressecada, prédios encardidos, marasmo de roupas no estendal. Um gosto de velharia que talvez me apeteça mais do que esse estranho esplendor de ânsia estrangeira pela vista do velho rio.
por Elisa Andrade Buzzo
Leia
Mais
|
Saudade de ser 'professor' de Filosofia
>>> Já fui professor de Filosofia, mesmo sem ter formação. Na rede pública de ensino é assim: o governo não nomeia profissionais para algumas disciplinas e os professores são convidados a assumirem as aulas, até para poderem preencher sua carga horária. Quando entrei no magistério, há mais de 10 anos, comecei trabalhando Literatura e Português, em que sou habilitado, mas também lecionei Sociologia, Ensino Religioso, Educação Artística e Filosofia.
por Cassionei Niches Petry
Leia
Mais
|
O Digestivo e o texto do Francisco Escorsim
>>> Como sabem os que me conhecem, eu resisto muito a falar de mim e das coisas que eu fiz. Como me disse ninguém menos que o filho da Pagu - uma das mulheres do Oswald de Andrade -, acho cabotino. Mas hoje - ao comentar o texto do Francisco Escorsim, "A influência de Paulo Francis" - "eu me permito", como dizia aquele esquete de rádio - afinal, o texto me cita, e ao Digestivo.
por Julio Daio Borges
Leia
Mais
|
Piada pronta
>>> Sempre tive antipatia da frase "o Brasil é o país da piada pronta". Vejo nela um claro exemplo do viralatismo entranhado em nossa identidade. Aquele sentimento de que o que vem de fora é melhor. De que a Europa é mais civilizada, a Argentina tem uma população mais combativa, japonês é disciplinado e nos Estados Unidos dá pra comprar Big Mac com algumas moedas.
por Luís Fernando Amâncio
Leia
Mais
|
Os Doze Trabalhos de Mónika. Epílogo. Ambaíba
>>> Mónika saiu do campus. Era o que fazia todos os dias, mas desta vez era diferente. Saía do campus. Havia assinado a ata da defesa, tinha cumprido seu dever de professora, de educadora, de intelectual até. Então saía do campus. O aluno seguiria em frente, com seu cachorro, com sua vida, com seus mapas. Que faria ela agora?
por Heloisa Pait
Leia
Mais
|
Claudio Willer e a poesia em transe
>>> 'Stamos em pleno mar, ali, na página 12 de A verdadeira história do século XX, de Claudio Willer, quando imagens das mais inusitadas pulam no colo dos leitores: "fragmentos celestes\ suspensos a uma nuvem\ podemos observar o lento giro dos portões do mar\ e sentir que a vida toda se condensa em um momento." Na poesia, você sabe, os maremotos começam assim.
por Renato Alessandro dos Santos
Leia
Mais
|
Reflexões sobre o ato de fotografar
>>> No começo do segundo volume da sua obra magna "Tempo e Narrativa", Paul Ricoeur lança, em meio às suas considerações sobre narratologia e leitura de textos literários, a seguinte frase: "Explicar mais é entender melhor". Para que ela faça sentido, é preciso concatená-la com as reflexões do autor na área de hermenêutica, tarefa que nos dispomos a fazer aqui.
por Celso A. Uequed Pitol
Leia
Mais
|
Os Doze Trabalhos de Mónika. 12. Rumo ao Planalto
>>> Uma das tarefas de Mónika era a participação em bancas de mestrado e doutorado, onde se exigia o máximo de um professor universitário: demonstrar erudição sem desagradar o orientador, que numa próxima banca poderia se vingar reprovando seu aluno. Não era tarefa fácil. Ainda mais para Mónika, que se envolvia com os assuntos tratados de um modo visceral demais.
por Heloisa Pait
Leia
Mais
|
Dilúvio, de Gerald Thomas
>>> Gerald Thomas produz a sua obra através de imagens, sons, luzes, falas e performances corporais. Seu teatro é plástico, operístico e, porque não, carregado de uma energia que vem do rock e da batida dos tambores da escola de samba. As referências que desaguam do seu inconsciente estético, sejam plásticos, musicais ou literários, passam pela convivência com criadores como Wagner, Schöenberg, Glass, Stones, Beckett, Kafka, Gertrude Stein, Godard, Eisentein, com toda a vanguarda de artes plásticas, de Duchamp até Francis Bacon, o Pop e o Minimalismo.
por Jardel Dias Cavalcanti
Leia
Mais
|
Crônica de Aniversário
>>> Eu tenho sérias restrições ao Facebook. Considero mais uma grande "lista telefônica", onde estão pessoas com as quais, de outra forma, eu não teria contato. Nesse ponto, a plataforma funciona. E, no dia do aniversário, é uma apoteose. De tal forma que justifica continuar no Facebook só pelas pessoas mais variadas que vêm te cumprimentar na data.
por Julio Daio Borges
Leia
Mais
|
Os Doze Trabalhos de Mónika. 11. A Quatro Braçadas
>>> A transa correu bem. Ela estava entregue. Ele tinha vontade. Então tudo transcorreu bem. Depois seria depois, mas na hora tudo correu bem, seu corpo sobre o dela, os ombros fazendo ondas, a pele lisa, um cheiro familiar, os braços firmes. Tudo certo. Antes de dormir, pensou: "Péter, não posso esquecer."
por Heloisa Pait
Leia
Mais
|
Os Doze Trabalhos de Mónika. 10. O Gerador de Luz
>>> Mónika mirava a cineasta cujos filmes nunca foram vistos e a diretora da faculdade que não sabia escrever. Achava a amizade insólita, franziu a testa, buscou compreender. Mónika tinha esse defeito. Não deixava passar nada, tudo queria entender. Que tinha a presidente da Ancine a ver com a diretora da faculdade de Ambaíba? Que laços, que coisas em comum, que relação? Não sabia, e isso a incomodava. Será que a diretora gostava de filmes, e em especial dos nacionais, por não ter letreiros?
por Heloisa Pait
Leia
Mais
|
Os Doze Trabalhos de Mónika. 9. Um Cacho de Banana
>>> Mónika era, obviamente, contra o uso de drogas no campus. Mas fazia tanto tempo que não fumava. Na juventude, detestava. A risada solta e sem motivo, a sensação de lentidão na fala, não gostava mesmo. Mas como seria agora, já adulta? Então sentou-se com os jovens e deu duas tragadas. O efeito foi fulminante. As aulas seguidas, o esforço físico, o efeito era mesmo distinto. Pediu mais bananas.
por Heloisa Pait
Leia
Mais
|
Os Doze Trabalhos de Mónika. 8.Heroes of the World
>>> Sometimes Mónika preferred to think in English, which was a language all Brazilians spoke and none of them spoke at all. She felt comfortable expressing her ideas in the same broken language of the T-shirts, company names and translated pop songs, as if she were part of a large conspiracy no one knew they were part of.
por Heloisa Pait
Leia
Mais
|
Os Doze Trabalhos de Mónika. 7. Um Senador
>>> Estava do lado do Senador Ronaldo Caiado, que podia fazer um tremendo escarcéu com sua denúncia. Podia lhe resolver todos os problemas na universidade. Entretanto, lhe faltava a coragem. Ela que falava o que lhe dava na telha, agora lhe faltava a coragem. O encontro havia sido fortuito, e se depois perguntassem como tinha sido, eles diriam que tinha sido fortuito e ninguém acreditaria. A verdade sempre tão inverossímil.
por Heloisa Pait
Leia
Mais
|
Julio Daio Borges
Editor
mais colunas
|
topo
|
|