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Terça-feira,
5/3/2019
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O Carnaval que passava embaixo da minha janela
>>> Embaixo da janela do meu apartamento passavam os foliões para o Carnaval. E eram coloridos em seu desengonço, com glitter, algum confete esparso, chapéus e shortinhos, cada um deles aumentando o compacto bloquinho que terminava seu cortejo na saída do Elevado na Barra Funda, pulsando de penugens e concentrados na voz estridente e metalizada de uma cantora de marchas inaudíveis.
por Elisa Andrade Buzzo
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A menos-valia na poesia de André Luiz Pinto
>>> O poeta André Luiz Pinto acaba de publicar seu nono livro de poesias, Migalha. O livro mistura poesia e pequenas peças que poderíamos chamar de prosa. É um livro em que os poemas são atravessados por uma mistura de melancolia, descontentamento, raiva, descrença e alguma ira - desde a escolha do título, e o poema que dá corpo ao título, Migalha, até poemas que parecem incorporar uma "autobiografia social", como "Prazer, esse sou eu..."
por Jardel Dias Cavalcanti
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Lançamentos de literatura fantástica (1)
>>> Em um cenário em que vemos grandes livrarias fechando as portas e editoras passando por problemas financeiros, é interessante observar que a literatura fantástica segue com um volume interessante de publicações. Embora avanços tecnológicos e novos hábitos sejam um desafio estratégico para o mercado editorial, é importante notar que o público leitor continua aí. É preciso chegar até ele.
por Luís Fernando Amâncio
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Cidadão Samba: Sílvio Pereira da Silva
>>> Sílvio Pereira da Silva (1935-2001) nasceu e morreu no Rio e, não fosse este disco, sua voz ficaria registrada em vinil apenas em A voz do samba (1973), que contém duas faixas suas gravadas com outros parceiros, "Amor de raiz" e "Escrevi". Mas é em Silvinho e suas cabrochas que ele interpreta canções das mais finas iguarias reservadas ao samba.
por Renato Alessandro dos Santos
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No palco da vida, o feitiço do escritor
>>> O anfiteatro (1946) e O enfeitiçado (1954) são as duas novelas de Lúcio Cardoso que antecedem o monumental Crônica da casa assassinada (1959) e completam o volume As três histórias da cidade, junto com Inácio (1944). São narrativas fortes, angustiantes, no entanto ainda curtas, talvez por isso nos dando a sensação de incompletude, no sentido de obra aberta.
por Cassionei Niches Petry
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Um olhar sobre Múcio Teixeira
>>> Os conterrâneos do poeta não têm ideia de quem foi Múcio e nem do motivo pelo qual nomeia uma via de sua cidade natal. Sequer sabem, aliás, que era poeta; e, naturalmente, não sabem que foi um artista celebrado, considerado pelo crítico português Teixeira Bastos como "um dos primeiros poetas do Brasil" em seu tempo, dono de obra traduzida para vários idiomas e respeitada pelos pares e pelo público.
por Celso A. Uequed Pitol
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Algo de sublime numa cabeça pendida entre letras
>>> Tem coisa mais sem graça do que alguém segurando um celular? Como um brinquedo idiota, como símbolo do tédio e marca do desinteresse pelo mundo próximo? Não nos aproximamos demais de alguém que mexe em um afoitamente, nem existe um ensejo de diálogo. Os polegares vidrados e entortados como os de bebês gordos, um riso absorto e ridículo em sabe-se lá quais interesses distantes?
por Elisa Andrade Buzzo
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estar onde eu não estou
>>> Os leitores podem até "julgar o livro pela capa". Mas a verdade é que, muitas vezes, o escritor não tem uma participação tão ativa na produção da identidade visual de sua obra. Se muito, dá um ok para o projeto que lhe é enviado. Ou seja, analisar o livro pela capa pode ser injustificado. Já com o título da obra a história é diferente. Aí sim, quase sem erro, temos o dedo do autor.
por Luís Fernando Amâncio
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Nos escuros dos caminhos noturnos
>>> De nada se sabe ao certo da fisionomia, nem dos sulcos, nem das linhas daquele rosto que está a alcançar o cume da ladeira em pedra. Coroa esse tracejado negro de homem uma cabeça, por trás, apenas, uma imagem, um formato ovoide boiando no sol, como uma flor agigantada meio murcha, uma configuração piramidal invertida, aproximada, cabeça flutuante na discrição de turva grinalda.
por Elisa Andrade Buzzo
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As Lavadeiras, duas pinturas de Elias Layon
>>> Em um tempo não muito remoto, os rios e riachos não eram ainda poluídos. A roupa era lavada nesses rios de água límpida. O pintor mineiro Elias Layon ainda guarda lembranças desse tempo, pois, segundo sua memória, sua mãe lavava as roupas de casa num desses riachos. Duas telas recentes do artista, final de 2018, visitam essa prática comum daqueles tempos.
por Jardel Dias Cavalcanti
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T.É.D.I.O. (com um T bem grande pra você)
>>> Júlio Dinis (1838-1871) viveu pouco, muito pouco, mas em seus 31 anos de vida pôde se tornar médico, além de deixar, no céu da literatura portuguesa, seu nome grifado, mesmo que de forma passageira, isto é, como se uma ave migratória fosse riscando o azul cerúleo, que só vai aceso por causa do sol, até pulverizar-se, sozinha, na imensidão celeste.
por Renato Alessandro dos Santos
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As palmeiras da Politécnica
>>> Voam as palmeiras altíssimas da Politécnica; voam, afeitas à pirotecnia dos ares, açoitadas pelos caprichos de Leslie, que traz uma suavidade indizível e uma chuva invisível no alto da rua da Escola Politécnica. Dentro dela, a continuação do ajardinado preparado desde o topo do morro, descendo-o, o Jardim Botânico, por detrás do antigo portão gradeado, já na noite alta é um monumento vegetal massivo, negro e silencioso.
por Elisa Andrade Buzzo
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Como eu escrevo
>>> Com o intuito de ajudar autores diante de impasses em sua escrita, José Nunes de Cerqueira Neto criou o projeto "Como eu escrevo". Nele, autores acadêmicos, juristas e escritores respondem a um questionário sobre suas rotinas e o processo de criação. Nas palavras do próprio José Nunes, que é doutorando em Direito pela UnB, "saber como escrevem as pessoas que admiramos nos inspira a refletir sobre o nosso próprio processo criativo".
por Luís Fernando Amâncio
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Goeldi, o Brasil sombrio
>>> Se há personagens, são solitários, ou quando em dupla, não se comunicam, estão envoltos numa solidão tremenda, perambulando de cabeça baixa, sob o manto da noite ou da madrugada escura, indo cada um para seu lado (como se não tivessem para onde ir, embora não deixem de caminhar), vagando feito vultos na superfície negra das gravuras de Goeldi.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Do canto ao silêncio das sereias
>>> No imaginário atual, as sereias são consideradas como criaturas híbridas, metade mulher e a outra metade peixe. Nas mitologias grega e romana, no entanto, são mulheres com corpo de ave. Há representações em vasos antigos que trazem a imagem delas voando ao redor do barco de Ulisses, num dos episódios marcantes da Odisseia, de Homero. Curiosamente, Junito de Souza Brandão, no primeiro volume de seu livro Mitologia grega, explicita, mas não explica, essa confusão.
por Cassionei Niches Petry
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Julio Daio Borges
Editor
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