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Terça-feira,
19/5/2020
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Freud explica
>>> Além de toda a equipe editorial, os principais responsáveis por esta biografia ilustrada do pai da psicanálise são dois: Richard Appignanesi, que se preocupou com o roteiro, e Oscar Zarate, que pintou o sete com traços bem-humorados. “As ilustrações de Zarate são incríveis”, analisou o Washington Post, “e os textos de Appignanesi são pesquisados com esmero e apresentados com clareza”.
por Renato Alessandro dos Santos
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Alma indígena minha
>>> Mais prudente entregar-se à segurança da monotonia, ao represamento das chuvas e dos sentimentos. E aquela tempestade, que se vê pela janela trovejando ou da qual se enfrenta os raios, de inundações, de cascatas saindo dos pneus dos carros estacionados das ladeiras? Cortam-se os sentidos, os sonhadores são permanentemente dopados, do céu noturno recém-aberto não haverá estrelas.
por Elisa Andrade Buzzo
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As luzes se apagam
>>> Quando fiquei sabendo da morte do compositor Aldir Blanc, vítima da Covid-19, me veio à mente que uma das bússolas que me guiam se quebrou. Os artistas (músicos, cineastas, escritores) e filósofos que ouço, vejo ou leio são meus guias. Aldir Blanc foi guia de várias gerações, principalmente durante a ditadura no Brasil. Basta lembrar a canção “O bêbado e o equilibrista”, de uma rica parceria com João Bosco.
por Cassionei Niches Petry
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A poesia de Carol Sanches
>>> O título do livro reproduz a famosa frase “não me espere para jantar”, que é dita quando alguém tem outra coisa para fazer fora do universo doméstico. Ou seja, quando a vida vai se desenrolar, nem que seja por alguns instantes, fora de casa. No caso dos poemas de Carol Sanches, nota-se uma espécie de interesse pelo universo da cidade, seja em sua relação com a paisagem urbana, da natureza, ou de aspectos corriqueiros da vida cotidiana.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Literatura Falada (ou: Ora, direis, ouvir poetas)
>>> Nestes tempos de quarentena, quase todos os estados brasileiros - e também alguns municípios - lançaram editais emergenciais de socorro à classe artística. Embora um ou outro tenha se voltado apenas para a classe dos músicos, a maioria deles buscou contemplar também os profissionais da área de literatura, possibilitando a realização de recitais, oficinas e debates transmitidos via streaming.
por Fabio Gomes
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Sobreviver à quarentena
>>> Em meados de março, quando notícias informavam que a pandemia do coronavírus se instalava no Brasil, a minha sensação era de estar em um filme. Uma produção de baixo orçamento, é verdade, mas de tema apocalíptico. As ruas vazias, o comércio fechado, pessoas de máscara conversando à distância. Parecia filme de ataque zumbi, ou meteoro vindo em direção à Terra. Até trilha sonora surgiu na minha cabeça...
por Luís Fernando Amâncio
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O retalho, de Philippe Lançon
>>> No dia 7 de janeiro de 2015, por volta das onze horas da manhã, Philippe Lançon se deparou entre duas possibilidades: ir ao jornal Libération, do qual era colunista cultural, escrever uma coluna sobre uma peça de Shakespeare que assistira no dia anterior; ou participar de uma reunião de pauta do semanário satírico Charlie Hebdo, para o qual escrevia um texto semanal. Escolheu a segunda opção.
por Wellington Machado
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Layon pinta o silêncio da cidade em quarentena
>>> Agora, um silêncio eloquente e ressoante invade as telas. A cidade se impõe de forma total a partir da ausência do murmúrio humano. Nessa visão, o silêncio da cidade, com suas árvores, arquitetura, praças e ruas abandonadas se dá a pressentir através de pinceladas e espatulados de cores e formas que adensam o tom solitário de cada espaço urbano representado por Elias Layon.
por Jardel Dias Cavalcanti
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O bosque inveterado dos oitis
>>> Na sucessão de brilhos que se acendem a cada entardecer, um signo de novidade estaca dentro de cada lâmpada longínqua na cintura do porto. Em certa noite, reacende um ponto vermelho inédito, piscante, na outra margem do rio. Focos ilusórios que se desfazem no branco lavado da aurora, antes mesmo de olharmos mais uma vez para atestar sua veracidade.
por Elisa Andrade Buzzo
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Ourivesaria fantasista: Saramago nas alturas
>>> A todos os amantes da literatura - aqueles que a amam, ancorados numa etimologia que traz um entusiasta apaixonado por algo que lhe é muito especial -, a chegada de um escritor como esse José é desses acontecimentos a ser comemorados. Até porque não é toda hora que um eclipse acontece, um feriado desponta no calendário, ou qualquer outra coisa assim, mas quando esse “evento” surge, os leitores só podem agradecer e festejar.
por Renato Alessandro dos Santos
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4 filmes sobre publicar livros
>>> Neste confinamento, a gente acaba se valendo da música, da literatura e do cinema/série/tv para manter a sanidade, a calma ou fazer uma espécie de catarse. Além de tentar tirar o atraso da fila de livros literários que se acumula na estante, resolvi também ver uns filmes de que ouvira falar, mas, principalmente, conhecer coisas que nem sabia que existiam. É claro que isso depende um pouco das trocas com amigos e amigas, namorado, familiares, que continuam acontecendo por todos os canais virtuais possíveis.
por Ana Elisa Ribeiro
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Rubem Fonseca (1925-2020)
>>> Embora tenha rompido literariamente na forma e no conteúdo, Rubem Fonseca tinha muito respeito pela tradição literária, fazia uso frequente, e hábil, da citação e conferia ao escritor um status especial - mesmo num país de minguantes leitores -, convertendo-o em herói (mesmo que, às vezes, herói trágico). Quantos, depois de ler uma obra sua, não quiseram seguir seus passos?
por Julio Daio Borges
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Nos porões da ditadura
>>> Tenho saudades dos tempos em que a oposição entre direita e esquerda estava concentrada nas discussões sobre o tamanho do Estado e a importância das privatizações. Havia princípios, questões realmente ideológicas. Agora, infelizmente, a coisa descambou para a irracionalidade. A ponto de, em nome da posição no espectro político, tentarem relativizar a atuação da ditadura militar no Brasil.
por Luís Fernando Amâncio
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A pandemia de Albert Camus
>>> E a morte se proliferou em Oran, que fora sitiada pela prefeitura para que a peste não se alastrasse. Rieux se deparava com doentes, depois com agonizantes, depois com cadáveres. Os hotéis se transformaram em abrigos para pacientes em quarentena. Ruas vazias, ratos, pulgas. O estádio de futebol se tornou um grande hospital. Houve falta de soro para os pacientes. Vômitos de sangue, febre, ganidos. E mais cadáveres.
por Wellington Machado
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Entrevista com o tradutor Oleg Andréev Almeida
>>> Tradutor, poeta e ensaísta, Oleg Andréev Almeida nasceu em 1971 na Bielorrússia (uma das repúblicas ocidentais da então União Soviética), estudou as letras francesas na Escola Central das Línguas Estrangeiras em Moscou (1989-1992). Mudou-se para o Brasil em julho de 2005, vindo a naturalizar-se Brasileiro em 2011. Lançou seu primeiro poema em portugês em 2007, e seu primeiro romance poético em 2008.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Julio Daio Borges
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