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Terça-feira,
14/9/2021
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Mãos de veludo: Toda terça, de Carola Saavedra
>>> É daqueles romances que, quando caem nas mãos da gente, são lidos com o mais puro prazer. Leitura que flui. Toda terça, de Carola Saavedra, foi publicado pela Companhia das Letras em 2007. A escritora nasceu no Chile, em 1973, mas se mudou para o Brasil com apenas três anos de idade; deve ser a chilena mais brasileira de toda a literatura contemporânea.
por Renato Alessandro dos Santos
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A ostra, o Algarve e o vento
>>> O quanto observei e andei por essa cidade, isto de nada adiantará para conhecê-la de fato, nem servirá de caminho de entrada para finalmente percorrer por dentro de sua circulação sanguínea. Admirar, sempre na distância, como uma paisagem a fugir e a se metamorfosear exata e fractal em veios moventes de ondas, em reflexos duros nas falésias. Vi janelas fechadas, janelas entreabertas, janelas acortinadas, mas nada me deixam ver das pessoas e do interior das casas.
por Elisa Andrade Buzzo
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O abalo sísmico de Luiz Vilela
>>> Estamos passando por um tremor de terra, metaforicamente falando, é claro. Estão ruindo as certezas, desabando as ideologias e morrendo a esperança. Enquanto isso vou lendo, refletindo, escrevendo, mas também elaborando aulas a distância, atendendo alunos e estudando. Das minhas tantas leituras e releituras, reencontrei justamente os contos de Tremor de terra, livro de estreia de Luiz Vilela, lançado em 1967.
por Cassionei Niches Petry
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A poesia com outras palavras, Ana Martins Marques
>>> Ana está toda prosa. Acaba de lançar pela Companhia das Letras o seu novo livro de poemas: Risque esta palavra. É seu terceiro livro de poesia. O primeiro A vida submarina, de 2009, foi lançado pela editora Scriptum, depois, em 2011, publicou Da arte das armadilhas pela Companhia e, em 2015, saiu pela mesma editora O livro das semelhanças. Um conjunto de poemas, somados todos os livros, bastante significativo.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Lourival, Dorival, assim como você e eu
>>> E esta é a sua história, tal como é, tal como foi, ou tal como imagino que poderia ter sido: a de Lourival, ou Dorival, um antigo amigo meu. Estamos assim, numa corda-bamba, fracassados e hirsutos; mas, afinal, nesse parque de diversões em que nos encontramos confundidos pelas luzes, inebriados pelas sombras, que é o fracasso? Um tipo de vida sujeita a alterações, apenas, e não o contrário de sucesso.
por Elisa Andrade Buzzo
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O idiota do rebanho, romance de José Carlos Reis
>>> Em seu romance, Jose Carlos Reis consegue a proeza de unir ideias, sentimentos, desejos, fantasias, num repertório narrativo e crítico que não abre mão do prazer - que é o objetivo da literatura: de nos fazer ficar presos aos caminhos e descaminhos de uma vida humana repleta de tensões, ambiguidades, niilismo, esperança, e tudo isso sobre a égide de uma avaliação crítica e politicamente incorreta, o que, por si só, já vale o romance.
por Jardel Dias Cavalcanti
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LSD 3 - uma entrevista com Bento Araujo
>>> Bento Araujo, da Poeira Zine, vem, desde 2016, publicando a série Lindo Sonho Delirante, título que reúne 300 discos resenhados, e mais 45, uma vez que cada volume conta com um libreto adicional com 15 discos, somando esse número admirável de discos capazes de encher de alegria o coração de qualquer colecionador.
por Renato Alessandro dos Santos
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Errando por Nomadland
>>> As paisagens mágicas de Nomadland (2020), da diretora Chloé Zhao e vencedor do Oscar de melhor filme deste ano, não me impressionaram mais do que, por um tipo de ingenuidade minha, depreendi das interpretações e do modo como o filme não foi feito, mas que parece ser, justamente a um desavisado. O expediente emotivo a ser retirado do público seja pela música, pelo cenário ou pelo direcionamento segue a cartilha antiga.
por Elisa Andrade Buzzo
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É um brinquedo inofensivo...
>>> A escritora argentina Samanta Schweblin, no romance Kentukis (Fósforo Editora, 192 páginas, tradução de Livia Deorsola), traz para a literatura uma temática parecida com a abordada na maioria dos episódios da série Black Mirror: a exposição da privacidade por meio de aparelhos de alta tecnologia. Assim como nos episódios da produção da Netflix, não estamos diante de histórias de ficção científica, como pode parecer num primeiro momento, mas sim de terror, provocado não pelas máquinas, mas por quem as controla.
por Cassionei Niches Petry
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Poesia como Flânerie, Trilogia de Jovino Machado
>>> Beijos, mágoas, perambular pelas ruas, notar as saias das mulheres, entristecer-se e afogar as dores no álcool, beijar e se apaixonar, comungar com os solitários dos botecos, observar as divas durante sua flânerie pela urbe – tudo o que cai na vista de Jovino Machado vira poesia. Como dizia Balzac, a flânerie é "a gastronomia do olho".
por Jardel Dias Cavalcanti
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O mundo é pequeno demais para nós dois
>>> A morte de um advogado corrupto está no epicentro deste novo romance de George dos Santos Pacheco. Embora o autor ainda não tenha soprado as 40 velinhas, ele já chega ao quarto romance, contando ainda com livros de contos, com poemas e com crônicas que vem lançando frequentemente. Agora, é outra narrativa policial que ele publica; a anterior, O pacto, respinga aqui, em O mundo é pequeno demais para nós dois, obra repleta de marcas que, longe de uma abordagem tradicional, carregam os sinais de estranhamento que a literatura brasileira atual vem irradiando com autores exatamente como George.
por Renato Alessandro dos Santos
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Ao pai do meu amigo
>>> O Cris foi meu primeiro melhor amigo. Nunca gostou da escola e não ia bem. Só que lia como ninguém. Detestava os livros que a escola indicava, mas, graças a ele, comecei a ler Stephen King, de quem ele já havia lido tudo. Penso que o importante, na adolescência, não é ler Machado de Assis - mas ler. Simplesmente. Pois quem não adquire o hábito da leitura na adolescência ou na juventude, dificilmente adquire depois. Ainda mais no mundo de hoje.
por Julio Daio Borges
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Paulo Mendes da Rocha (1929-2021)
>>> Mesmo não sabendo nada de arquitetura e mesmo tendo um interesse pequeno, que foi crescendo ao longo dos anos, eu adorava vê-lo falar. Pensei que, como Borges, no final da vida, era chamado em todo o mundo, porque era “a voz” da literatura, Paulo Mendes da Rocha era a arquitetura falando (como se isso fosse possível - ele diria, num uso muito particular do imperfeito do subjuntivo).
por Julio Daio Borges
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20 contos sobre a pandemia de 2020
>>> Eis o grande poder da palavra: humanizar aquilo que as estatísticas mostram com frieza. Os números assustam (e como!), mas as histórias contadas pelos autores do livro aguçam nossa sensibilidade para as minúcias da tragédia. Como a filha que vê a distância geográfica entre a sua casa e a de seu pai se tornar um abismo. Ou o abalo na dinâmica de uma tradicional praça. E as dificuldades de uma mulher para acionar a assistência técnica de sua máquina de lavar.
por Luís Fernando Amâncio
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Das construções todas do sentir
>>> Adentra ainda, até o anoitecer, por este caminho de rio, e este caminho seguido de mar, que se encontrará algo estarrecedor quando a bula dos sentimentos for escrita, as doenças não tiverem cura e as divisões forem estabelecidas classificando os homens. Os dias foram os mesmos, as noites foram iguais e a chama da continuidade do homem do passado bruxuleia no aprendizado atual.
por Elisa Andrade Buzzo
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Julio Daio Borges
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