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Terça-feira,
28/6/2022
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Quem vem lá?
>>> Este disco, Adoniran Barbosa, com Elis Regina e outros intérpretes, lançado pela EMI em 1980, com capa prateada e tudo, é uma homenagem que, em cheio, acerta o álvaro. Nada de funilaria nova; o verniz ainda continua o mesmo, isto é, nenhuma demão "dadaísta" a se amparar numa comparação injusta com a original. Em vez disso, artistas esmerando-se a prestar reverência a quem merece.
por Renato Alessandro dos Santos
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80 anos do Paul McCartney
>>> Minhão visão de Paul McCartney, durante muitos anos, foi aquela divulgada por John Lennon - que não era nada bonzinho e que diminuía o papel de Paul na banda sempre que podia (ainda que o próprio Paul fosse mais diplomático e procurasse não polemizar com John). Minha visão começou a mudar quando alugei um CD de Paul na época em que era lançado: “Tripping the Live Fantastic”, de 1990, ano da primeira vinda de Paul ao Brasil.
por Julio Daio Borges
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Gramática da reprodução sexual: uma crônica
>>> Me lembro de uma amiga que foi a uma entrevista de emprego e lhe dei carona até a empresa. No carro ela estava de jaqueta, tênis, e levava uma bolsa no colo. Antes de descer do carro para ir para à entrevista, retirou a jaqueta, deixando os ombros e costas totalmente à mostra, retocou a maquiagem, tirou o tênis e calçou o salto alto que trazia na bolsa. Saiu do carro – outra mulher – encantadoramente sensual, pronta para conseguir seu emprego. E conseguiu.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Sexo, cinema-verdade e Pasolini
>>> Lembro do cinema-verdade de Pier Paolo Pasolini, em Comizi d’amore (1964). Vejo assombrada como, com tal segurança, elegância, generosidade, perspicácia e honestidade, ele conduz as entrevistas cujo tema, além do sexo, perpassa o divórcio, a prostituição, a homossexualidade. Temas, aliás, muito sérios em seus desdobramentos e que, mesmo assim, e sendo colocada uma clareza de pensamento em sua abordagem, aparecem no documentário com um lado bem-humorado que me remete à sua posterior “trilogia da vida”.
por Elisa Andrade Buzzo
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O canteiro de poesia de Adriano Menezes
>>> Pois é, o autor de Canteiro Aéreo não está mais aqui. Esse é um livro póstumo. No entanto, a publicação do livro de Adriano Menezes, pela editora Scriptum, nos faz pensar na poesia como resposta ao caráter agônico da vida. A poesia como permanência do ser, como uma revolta contra a impotência ontológica de nossa condição submissa à fluidez destrutiva do tempo e à lei inelutável da morte.
por Jardel Dias Cavalcanti
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As maravilhas do modo avião
>>> Uso meus celulares até que eles acabem. Primeiro porque não tenho dinheiro para ficar trocando a cada ano. Depois, porque acho muito caro. Aliás, cada vez mais caro. O celular é o novo carro. Queria ter escrito a crônica dos meus iPhones 3 (três) e 5 (cinco), que deixei guardados. Quem sabe, no futuro, a Apple possa ressuscitá-los. Também guardo os HDs de meus computadores mortos. Quem sabe.
por Julio Daio Borges
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A suíte melancólica de Joan Brossa
>>> Quando se fala em Joan Brossa no Brasil, a primeira imagem que talvez venha à nossa mente é que foi um poeta criador de diversos objetos, de muitos poemas-objeto. Mas Brossa foi também um grande criador de belos e instigantes poemas visuais, inclusive de proporções esculturais, como se pode encontrar nas ruas e parques de Barcelona ― cidade onde nasceu em 1919 e veio a falecer em 1998, poucas semanas antes de completar oitenta anos.
por Jardel Dias Cavalcanti
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A compra do Twitter por Elon Musk
>>> Apesar da simpatia que o Twitter desperta em pessoas como Musk, em matéria de rede social teve um sucesso ainda modesto. Enquanto o “conglomerado” Facebook tem dois bilhões de usuários, o Twitter tem duzentos milhões. E, enquanto a Meta (a holding do “ex” Facebook) vale mais de meio trilhão de dólares, o Twitter foi comprado por menos de cinquenta bilhões.
por Julio Daio Borges
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Lá onde brotam grandes autores da literatura
>>> Há algo de extraordinário na literatura de Aldino Muianga, como o há, na mesma medida, na obra de grandes autores africanos de expressão portuguesa. Durante e logo após a leitura, fica difícil precisar o quê, mas, aqui, até o final destas mal ajambradas considerações, espera-se, esse elemento nebuloso emerja...
por Renato Alessandro dos Santos
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Ser e fenecer: poesia de Maurício Arruda Mendonça
>>> “Quem se sentiu naquele limite extremo e prosseguiu pelas ruas escuras do pensamento, vila demolida, lua arrasando quarteirão. Vinha voltando, vomitando a biles negra da bebida, vertigem obsessiva, como uma floresta aberta a fogo ou um cinema destruído. O revólver da melancolia me assaltou, e, mirando um ponto distante no tempo, fez-me pensar sobre tudo o que na história poderia ter sido e que deixamos para trás...”
por Jardel Dias Cavalcanti
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Epitáfio do que não partiu
>>> Raro leitor, rara leitora. Serei breve, antes que o medicamento para pressão me dê a sonolência de um urso pardo no inverno. Só quero compartilhar com vocês o fato de eu ter visto o abismo e ele, como de praxe, ter me encarado de volta. A experiência não me deixou mais sábio, mas posso redigir algumas obviedades. A primeira delas: descobrir-se portador de uma cardiopatia grave não têm muitas vantagens. Não mesmo.
por Luís Fernando Amâncio
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Efeitos periféricos da tempestade de areia do Sara
>>> Primeiro, li uma notícia no jornal sobre Madri, e a nova chuva de lama, o céu laranja, a poeira que vem do Saara. Depois, fui para a janela, e lembrei que ano passado queria ter escrito sobre a chuva de lama, as tempestades nas areias da África, o aspecto da atmosfera luminosa e o sol opaco. No exterior, vi tudo isso, menos a água e a formação das tormentas. As histórias meteorológicas não paravam de aparecer nos sites.
por Elisa Andrade Buzzo
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Mamãe falhei
>>> Arthur do Val, um dos principais membros do Movimento Brasil Livre, foi cobrir a guerra da Ucrânia. Ele, deputado estadual por São Paulo, viu ali uma oportunidade de fomentar o engajamento de seus seguidores (698 mil no Instagram) produzindo coquetéis-molotov para a resistência ucraniana. Era uma missão humanitária. Porém, como sentencia a sabedoria popular, peixe morre pela boca.
por Luís Fernando Amâncio
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Sobre a literatura de Evando Nascimento
>>> “Amo o improviso, sobretudo do jazz. Todavia, justamente nessa arte, improvisar nada tem de amadorístico, pois, para bem realizá-lo, o músico precisa dominar perfeitamente a técnica, e o faz geralmente a partir de uma linha melódica pré-definida. O verdadeiro improviso equivale a poder andar de olhos fechados por um vasto território, depois de tê-lo palmilhado atentamente de olhos bem abertos, durante anos, décadas.”
por Jardel Dias Cavalcanti
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Velha amiga, ainda tão menina em minha cabeça...
>>> Examino-me. A reflexão é muito breve para a extensão dos anos, que, aliás, teimam em agora passar mais rápido que de costume. E se ela, velha amiga, se lembra de mim em sua cabeça, hoje me lembro do ar frio das colinas outonais, em que só se ouve um crepitar de folhas e gente ausente. Lembro-me; lembro como quem quer afastar logo o pensamento para outras zonas mais imediatas e menos turvas...
por Elisa Andrade Buzzo
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Julio Daio Borges
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