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Terça-feira,
8/2/2022
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Aonde foi parar a voz da nossa geração?
>>> Almeida Garret, em 1825, cantou as ruínas romanas no romantismo e, depois, em 1836, Gonçalves de Magalhães fez a mesma coisa. É a mesma “coisa”? É e não é, né? Porque é tudo romantismo, mas, não é, também, porque o “grito no meio da tempestade” de nosso poeta árcade-romântico já havia sido dado por Garrett, e olha que, antes do bardo lusitano, quem havia gritado mais alto foram Coleridge & Wordsworth.
por Renato Alessandro dos Santos
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Fechado para balanço, a poesia de André Luiz Pinto
>>> O livro é dividido em 13 seções. Sugestivo o número 13 nesse caso de uma reavaliação ou balanço de sua trajetória. A carta 13 do tarô é a carta da morte, mas no sentido positivo do fim de um ciclo, portanto, de uma mudança. Como uma espécie de autopsicanálise poética, passa-se a limpo questões muito diretamente ligadas ao EU existencial e social do poeta (o título da primeira série se chama “Pessoa”, não por acaso).
por Jardel Dias Cavalcanti
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A pós-esquerda identitária e grupalista
>>> Sim, há a crença de que se está lutando contra um “novo fascismo” (muitas vezes com métodos que emulam o próprio fascismo, como a censura e o controle ideológicos do vocabulário, dos temas, dos pontos de vista etc.; mesmo se verdadeiro, esse fato não justificaria reduzir a arte a mera serviçal de uma causa), enquanto o poder econômico, o verdadeiro poder, está onde sempre esteve – e onde há de ficar, a depender da pós-esquerda culturalista.
por Luis Dolhnikoff
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Olavo de Carvalho (1947-2022)
>>> Conheci Olavo de Carvalho décadas antes de ele ser ideológo do governo Bolsonaro. E, mesmo passado todo esse tempo, não consigo chegar a uma conclusão a seu respeito. Quando o descobri, em meados dos anos 90, achava válida a sua crítica à imprensa, que ele considerava majoritariamente de esquerda. Não só por “achismo”, mas porque Olavo havia feito parte dela, como jornalista - e, tendo sido militante comunista na juventude, conhecia todos os truques.
por Julio Daio Borges
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Maradona, a série
>>> Acho que foi no Valor Econômico que eu vi a dica da série do Maradona, no Prime Video. O ícone já havia aparecido para mim, mas não me atraiu pela estética de videogame. E por um certo “bode”, que eu tinha, em relação ao Maradona - suas aparições midiáticas e seus escândalos. Mas, como disse, o Valor me levou a assistir. E passei a semana, entre Natal e Ano Novo, “maratonando”. Recomendo - e vou tentar explicar por quê.
por Julio Daio Borges
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Eleições na quinta série
>>> Diante do poder que o processo democrático nos dava, seguíamos, basicamente, dois critérios para eleger nossos líderes: podíamos levar a eleição a sério e votar no estudante mais aplicado nos estudos – por algum motivo, pensávamos que boas notas ajudariam a buscar as carteirinhas; ou votávamos no colega mais desordeiro da turma, como uma espécie de voto de protesto. Uma “trollagem”, como dizem os jovens atualmente.
por Luís Fernando Amâncio
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Mãos de veludo: Toda terça, de Carola Saavedra
>>> É daqueles romances que, quando caem nas mãos da gente, são lidos com o mais puro prazer. Leitura que flui. Toda terça, de Carola Saavedra, foi publicado pela Companhia das Letras em 2007. A escritora nasceu no Chile, em 1973, mas se mudou para o Brasil com apenas três anos de idade; deve ser a chilena mais brasileira de toda a literatura contemporânea.
por Renato Alessandro dos Santos
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A ostra, o Algarve e o vento
>>> O quanto observei e andei por essa cidade, isto de nada adiantará para conhecê-la de fato, nem servirá de caminho de entrada para finalmente percorrer por dentro de sua circulação sanguínea. Admirar, sempre na distância, como uma paisagem a fugir e a se metamorfosear exata e fractal em veios moventes de ondas, em reflexos duros nas falésias. Vi janelas fechadas, janelas entreabertas, janelas acortinadas, mas nada me deixam ver das pessoas e do interior das casas.
por Elisa Andrade Buzzo
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O abalo sísmico de Luiz Vilela
>>> Estamos passando por um tremor de terra, metaforicamente falando, é claro. Estão ruindo as certezas, desabando as ideologias e morrendo a esperança. Enquanto isso vou lendo, refletindo, escrevendo, mas também elaborando aulas a distância, atendendo alunos e estudando. Das minhas tantas leituras e releituras, reencontrei justamente os contos de Tremor de terra, livro de estreia de Luiz Vilela, lançado em 1967.
por Cassionei Niches Petry
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A poesia com outras palavras, Ana Martins Marques
>>> Ana está toda prosa. Acaba de lançar pela Companhia das Letras o seu novo livro de poemas: Risque esta palavra. É seu terceiro livro de poesia. O primeiro A vida submarina, de 2009, foi lançado pela editora Scriptum, depois, em 2011, publicou Da arte das armadilhas pela Companhia e, em 2015, saiu pela mesma editora O livro das semelhanças. Um conjunto de poemas, somados todos os livros, bastante significativo.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Lourival, Dorival, assim como você e eu
>>> E esta é a sua história, tal como é, tal como foi, ou tal como imagino que poderia ter sido: a de Lourival, ou Dorival, um antigo amigo meu. Estamos assim, numa corda-bamba, fracassados e hirsutos; mas, afinal, nesse parque de diversões em que nos encontramos confundidos pelas luzes, inebriados pelas sombras, que é o fracasso? Um tipo de vida sujeita a alterações, apenas, e não o contrário de sucesso.
por Elisa Andrade Buzzo
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O idiota do rebanho, romance de José Carlos Reis
>>> Em seu romance, Jose Carlos Reis consegue a proeza de unir ideias, sentimentos, desejos, fantasias, num repertório narrativo e crítico que não abre mão do prazer - que é o objetivo da literatura: de nos fazer ficar presos aos caminhos e descaminhos de uma vida humana repleta de tensões, ambiguidades, niilismo, esperança, e tudo isso sobre a égide de uma avaliação crítica e politicamente incorreta, o que, por si só, já vale o romance.
por Jardel Dias Cavalcanti
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LSD 3 - uma entrevista com Bento Araujo
>>> Bento Araujo, da Poeira Zine, vem, desde 2016, publicando a série Lindo Sonho Delirante, título que reúne 300 discos resenhados, e mais 45, uma vez que cada volume conta com um libreto adicional com 15 discos, somando esse número admirável de discos capazes de encher de alegria o coração de qualquer colecionador.
por Renato Alessandro dos Santos
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Errando por Nomadland
>>> As paisagens mágicas de Nomadland (2020), da diretora Chloé Zhao e vencedor do Oscar de melhor filme deste ano, não me impressionaram mais do que, por um tipo de ingenuidade minha, depreendi das interpretações e do modo como o filme não foi feito, mas que parece ser, justamente a um desavisado. O expediente emotivo a ser retirado do público seja pela música, pelo cenário ou pelo direcionamento segue a cartilha antiga.
por Elisa Andrade Buzzo
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É um brinquedo inofensivo...
>>> A escritora argentina Samanta Schweblin, no romance Kentukis (Fósforo Editora, 192 páginas, tradução de Livia Deorsola), traz para a literatura uma temática parecida com a abordada na maioria dos episódios da série Black Mirror: a exposição da privacidade por meio de aparelhos de alta tecnologia. Assim como nos episódios da produção da Netflix, não estamos diante de histórias de ficção científica, como pode parecer num primeiro momento, mas sim de terror, provocado não pelas máquinas, mas por quem as controla.
por Cassionei Niches Petry
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Julio Daio Borges
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