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Sexta-feira,
20/1/2023
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As turbulentas memórias de Mark Lanegan
>>> Conhecer um pouco mais sobre esse personagem, que nos deixou em 2022, é muito interessante. É, também, uma forma de compreender melhor o que foi a cena musical de Seattle nas décadas de 1980 e 1990, tendo a dimensão do quão avassaladora foi a epidemia de uso de heroína no noroeste dos Estados Unidos. E, após a leitura, é inevitável querer conhecer melhor a obra musical de Mark Lanegan.
por Luís Fernando Amâncio
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Gatos mudos, dorminhocos ou bisbilhoteiros
>>> Já devo ter insistido em chamar a atenção de certos gatos, coisa inútil; e agora, se calha de a vista os atingir em cheio, é quando, em caminhos tortos de esquilos e espinhos, por vezes descubro numa janela alta e iluminada uma silhueta macabra. Ou então, em noites aparentemente tranquilas em ruas estreitas, vejo-os com considerável distração e distanciamento, como quando um sagrado da birmânia felpudo, de olhos lânguidos e pelagem clara, competia por espaço com uma estrela natalina.
por Elisa Andrade Buzzo
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Guignard, retratos de Elias Layon
>>> O que temos nesse catálogo com as 25 pinturas de Elias Layon é a recriação do universo existencial de Guignard, suas atividades artísticas e privadas, numa homenagem em que as cores dão vida ao grande pintor, à sua paixão pela pintura e pelas paisagens que tocaram o seu coração ― e que retornam, na paleta de Layon, em um diálogo onde a poesia que habita as telas desses dois grandes mestres fala mais alto.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Entre Dois Silêncios, de Adolfo Montejo Navas
>>> As dificuldades são enormes, acachapantes, sobretudo desanimadoras, porque o barulho ensandecido do mundo é maior e mais poderoso que um iceberg. Gritar é fácil, raro é abster-se de dizer o que realmente não importa ser dito. Afinal, difícil é saber ouvir, particularmente o próprio silêncio, lugar do espanto, da dúvida, mas também do encontro mudo, motor para outra forma de vida.
por Ronald Polito
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Home sweet... O retorno, de Dulce Maria Cardoso
>>> Em tempos tão peculiares como o nosso, quando uma pandemia veio acelerar ainda mais a vida que já se levava digitalmente, ter um livro como esse em mãos é uma experiência reveladora e capaz de explicar a qualquer um porque o romance nunca vai deixar a literatura morrer, suplantada por outros meios de conhecimento que a internet é pródiga em oferecer.
por Renato Alessandro dos Santos
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Menos que um, novo romance de Patrícia Melo
>>> Os grandes escritores têm essa prodigiosa capacidade de nos mostrar um mundo que jamais veríamos, de nos mostrar o que de horrível a humanidade criou para si mesma, nos tornando partícipes dessa tragédia a partir do próprio terreno onde ela existe e se manifesta, seja com seu mau cheiro, com sua podridão, com sua solidão, sua miséria, seu desespero, seu crime e sua morte.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Gal Costa (1945-2022)
>>> Mesmo associada ao Tropicalismo, Gal Costa, quando apareceu, era chamada de “João Gilberto de Saias”. Reza a lenda que, quando a conheceu, João pediu que Gal o acompanhasse em um série de canções, que entoava com seu violão. Sem falar nada, emendava uma canção atrás da outra, e apenas observava a novata. Depois de um tempo, deu o veredito: “Você é a maior cantora do Brasil”.
por Julio Daio Borges
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O segredo para não brigar por política
>>> Hoje, ouço com frequência pessoas se queixando de conflitos por diferenças políticas. Na família, sobretudo, mas também no ambiente de trabalho, na igreja, na vizinhança... Durante eleições, só não faz inimizade quem já morreu. Da minha parte, porém, fiquei feliz com uma constatação: neste ano, não briguei com ninguém por política. Refiro-me a bate-bocas, trocas de mensagens ácidas, xingamentos, dedo na cara... Nada.
por Luís Fernando Amâncio
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Endereços antigos, enganos atuais
>>> Por fora da memória, ando pelas ruas como uma autômata, sem mapas, teleguiada por uma consciência funda e opaca, que encontra distraidamente tudo o que quer: esquinas, ruas, museus, parques, portas, arcos, relógios, monumentos, igrejas. Tudo alcanço nos desencontros e percalços pelas longas caminhadas, na desenvoltura inapropriada com que tento imprimir surpresa e calma.
por Elisa Andrade Buzzo
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Rodolfo Felipe Neder (1935-2022)
>>> Mais do que um publicitário, ou um produtor de conteúdo, quando o conheci, Rodolfo era um humanista, um homem de cultura, na acepção de Lina Bo Bardi: ligado às artes, mas sensível à problemática social (ainda que nem sempre concordássemos politicamente).
por Julio Daio Borges
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A pior crônica do mundo
>>> As crônicas não devem ter a presunção de ensinar algo a alguém. O que elas podem até fazer, é claro, mas por acidente. O verdadeiro compromisso da crônica deve ser com a leveza. Ela é um espaço de lazer para o escritor. O lugar em que surgimos em nossas roupas de banho, com os cabelos desalinhados e cantarolando uma música cafona. É onde mostramos o que realmente somos.
por Luís Fernando Amâncio
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O que lembro, tenho (Grande sertão: veredas)
>>> E o que fica, enfim, é a representação dessa peleja toda, dessa lida, manifesta em experiência, na forma de um romance: seja a experimental linguagem salpicada de centelhas – cheia de neologismos carregados de melodia –, seja a vida em si, emoldurada em palavras que se querem evadir de si mesmas – com mil demãos de sentidos novos & em moto-contínuo.
por Renato Alessandro dos Santos
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Neste Momento, poesia de André Dick
>>> Aproximadamente uma centena de poemas que percorrem um variado grupo de elementos que vão de objetos a seres humanos, a animais, de sensações a sentimentos amorosos, num jogo de contrastes entre afirmações e negações, entre possibilidades e impossibilidades, através de universos materiais e imateriais, como o coração, a luz, o silêncio.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Jô Soares (1938-2022)
>>> Minha polêmica com Jô Soares teve menos a ver com ele, como pessoa, do que com ele, como autor. Foi na época em que comecei uma newsletter, logo depois de “A Poli como Ela é...” (1997), assinando J.D. Borges, e antes do Digestivo. Resolvi comentar, com desassombro e sem nenhum opinião preconcebida, seu romance “O Homem que Matou Getúlio Vargas” (1998).
por Julio Daio Borges
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Casos de vestidos
>>> Vestidinhos da infância, vestido do batizado, do aniversário de um aninho, vestidão de quinze anos, de casamento, de madrinha, do luto e do túmulo - os vestidos, a princípio imaculados e a posteriori enegrecidos, mesmo encarnados, inserem as mulheres na sociedade dos homens. Mas, então, é a mulher quem escolhe o vestido ou o homem, ou a sociedade, quem o alicerça como preferência, se “on ne naît pas femme: on le devient”?
por Elisa Andrade Buzzo
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Julio Daio Borges
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