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Quinta-feira, 14/12/2006 Cinema 2006: um ano mediano Renata Marinho O fim do ano chega e todos começam a escrever e publicar suas retrospectivas do que foi bom e do que foi ruim. Sempre a mesma coisa. "O eterno retorno do mesmo" (como expressões nietzscheanas se prestam à banalização, vejam só). Gostamos de listas. É fácil de ler e podemos fazer rápidas comparações com nossas experiências e opiniões. Leitura fast-food. Apropriado para a internet, devo admitir. Pois a minha lista será sobre o que vi de melhor (ou de menos pior, em alguns casos) no cinema. Não foi um ano sensacional, mas algumas coisas até que valeram bastante a pena. * Transamérica (Transamérica) - Bree (a personagem é biologicamente masculina, mas é interpretada por Felicity Huffman por motivos óbvios) é uma transexual prestes a fazer a operação de mudança de sexo. Ela anda por consultórios de psiquiatras e psicólogos na luta para conseguir as autorizações necessárias. Quando finalmente tudo parece estar certo, ela recebe uma ligação de Nova York e é informada de que tem um filho e que o garoto está preso por porte de drogas. Sua terapeuta cobra sua responsabilidade com o menino e Bree parte em busca de sua cria. É um drama emocionante, tratado com sensibilidade e leveza. Felicity Huffman (de Desperate Housewives) está perfeita no papel, pelo qual ganhou o Globo de Ouro e foi indicada ao Oscar 2006, que injustamente não levou. Sua interpretação convence e emociona como o transexual em transição; o gestual, a postura, a fala e até a aparência física são irretocáveis. Ela faz a personagem com uma delicadeza melancólica tão frágil que é impossível não estabelecer uma simpatia imediata para com Bree. É encantador. Uma atuação brilhante, como há muito não via. Só por ela, já vale a pena assistir ao filme. O roteiro e a direção, ambos de Duncan Tucker, são simples e despretensiosos, funcionam muitíssimo bem e dão conta daquela narrativa com competência. A direção de arte é extravagante e contida na medida e nos momentos certos. Parece-me ser uma película importante para a discussão e - principalmente - para a aceitação do tema na sociedade, pois aborda a questão da transexualidade sem apelar para a agressividade ou para o choque, o que pode torná-lo mais facilmente digerível para a mentalidade careta e intolerante à diferença da média da população. * Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine) - O sonho da pequena Olive (Abigail Breslin), uma menina de 10 anos, é participar do concurso Miss Sunshine. Em sua família, cada um tem, digamos, uma personalidade bem excêntrica. O pai é um "consultor" que criou uma teoria dos "nove passos para o sucesso" e fracassou nesta empreitada. O irmão fez voto de silêncio, não fala uma única palavra sequer há nove meses e passa seus dias trancado no quarto fazendo musculação e lendo Nietzsche. O tio (Steve Carell, o ótimo Michael do seriado The Office) é um professor universitário, gay, especialista em Proust, que foi levado para a casa da irmã depois de tentar cometer o suicídio por um amor não correspondido. O avô (Alan Arkin) é viciado em cocaína e adora pornografia. A mãe tem de lidar com todos esses malucos e se desdobra pra manter um mínimo de equilíbrio saudável. Neste cenário, Olive recebe uma mensagem confirmando sua inscrição para o tal concurso de seus sonhos. Ela pira de felicidade e a família tem de arrumar um jeito de levá-la para a Califórnia em dois dias. Eles, então, saem todos juntos numa kombi velha rumo ao hotel sede do Miss Sunshine. Durante a viagem, as maluquices mais inimagináveis acontecem. Conversas surreais entre os membros da família Hoover. Tudo muito engraçado. Engraçadíssimo. A platéia se acabou de rir e chegou a aplaudir uma cena no meio da projeção. O elenco é mesmo excelente e dá vida ao texto com extrema competência. O roteiro, de fato, é muito bem escrito, simples, eficiente, divertido, com diálogos espertos e cheio de tiradas e cenas criativas. Irretocável exemplo de que o cinema pode dispensar efeitos especiais e superproduções com equipamentos caríssimos e continuar a ser popular e interessante. É o tipo de filme que agrada a todos e mantém sua qualidade. * A Passagem (Stay) - Sam Foster (Ewan McGregor) é um psiquiatra que recebe a missão de cuidar de um dos pacientes de uma colega que tirou licença por exaustão. O paciente é um estudante de artes que promete se suicidar em três dias, na data de seu aniversário de vinte e um anos. Sam é casado com Lila Culpepper (Naomi Watts), artista plástica que também já teve muitos problemas psiquiátricos e chegou a tentar o suicídio cortando as artérias do braço dentro de uma banheira. A interação com o paciente atormentado acaba desestabilizando Sam, que entra num torvelinho de alucinações. O filme tem uma montagem caótica (no bom sentido), muitas fusões, imagens distorcidas, efeitos especiais para a passagem de cenários, câmeras girando..., ou seja, o clima criado é completamente onírico e, na verdade, ficamos sem saber o que é real e o que é imaginário. A trilha sonora é competentíssima, digna de nota. Não há respostas fixas nem prontas e a solução do "mistério" fica por conta de cada espectador, encarregado de interpretar e tirar suas próprias conclusões da narrativa que se apresenta com uma lógica interna própria. No material promocional do filme, há sempre uma frase que diz: "Entre os mundos da vida e da morte, há um lugar onde você não deveria estar". E ainda: "E se o pesadelo de uma pessoa se tornar a realidade de outra?". No site oficial do filme, pode-se participar de um Collaborative Subconscious Experiment. É claramente influenciado pelo estilo de David Lynch, mas não se reduz a uma cópia barata, tem seu valor e sua identidade. É daquele tipo de narrativa sobre a qual se pode tecer infinitas teorias e sempre haverá elementos inexplicáveis. Bem bacana. * Fonte da vida (The Fountain) - O tão aguardado novo filme de Darren Aronofsky. Depois de sua estréia triunfal com Pi, em 1998, e de seu bombástico sucessor Réquiem para um sonho, de 2000, o cineasta nos fez amargar seis anos de espera até lançar seu terceiro longa-metragem. Imagino a dificuldade dele para esta realização, afinal, a expectativa era imensa. O que se faz depois de dois filmes geniais consecutivos? Neste processo, parece-me, Aronofsky se perdeu um pouco. O projeto era ambicioso, tinha um orçamento de 75 milhões de dólares e seria protagonizado por Brad Pitt e Cate Blanchett. Os problemas não pararam de surgir e, já em 2001, a verba teve de ser reduzida a menos da metade (35 milhões de dólares). Em 2002, semanas antes do início previsto das filmagens, Brad Pitt abandonou o projeto por divergências com o diretor e foi fazer Tróia. O filme foi cancelado por algum tempo. Com a produção redimensionada e já com os novos protagonistas escolhidos - Rachel Weisz (de O jardineiro fiel) e Hugh Jackman (o Wolverine de X-Men) - finalmente o filme foi realizado. Trata-se da história de um amor atemporal e passa-se em três épocas distintas na linha do tempo: século XVI, os dias atuais e um futuro hipotético no século XXVI. Em todos esses séculos, o amor de um casal foi posto à prova até que finalmente, depois de encontrar e aprender a lidar com a árvore da vida, o personagem de Jackman cumpre o seu destino. Visualmente, é belíssimo. Fotografia e direção de arte impecáveis, de contemplação agradabilíssima. Como é característico na obra de Aronofsky, o roteiro é cheio de questões fundamentais da existência humana. Dá pra compreender o propósito que o levou a criar tal história, mas, infelizmente, ele se perdeu na grandiosidade do tema abordado e na tentativa megalômana de dar conta dele. De fato, é uma tarefa ingrata e provavelmente impossível, mas ele resolveu arriscar e tentou abraçar o mundo sozinho. Fracassou, claro. Não que seja um filme ruim, mas é equivocado e prometeico ao pretender tomar para si o "fogo dos deuses". Como sou grande fã do trabalho do diretor, sei que ele aprenderá a lição e fará um próximo filme excelente, que espero já com ansiedade. * Caminho para Guantánamo (The road to Guantanamo) - Dirigido por Michael Winterbottom, um cara que faz filmes completamente díspares, como 9 Canções, Código 46 e A festa nunca termina. Desta vez, ele lança um "docudrama" (filme com atores reconstituindo fielmente fatos reais) sobre a prisão de três jovens anglo-paquistaneses pelo exército norte-americano. Alguns dias depois do atentado às torres gêmeas em Nova York, um jovem paquistanês, morador da Inglaterra há anos com sua família, é avisado pelo pai para ir ao Paquistão conhecer sua noiva e futura esposa (casamentos arranjados pelos pais são prática comum da religião muçulmana). Ele decide ir e chama mais três amigos da mesma nacionalidade para acompanhá-lo. Lá chegando, vêem que a situação na região está complicada e se dispõem a ir ao Afeganistão como voluntários para ajudar os necessitados da guerra que acabara de se iniciar em represália ao 11 de setembro. Eles acabam sendo levados para uma cidade cercada e são presos pelas tropas ocidentais. Um deles morre no caminho, não se sabe como. A partir daí, eles são maltratados de todas as maneiras possíveis, passam fome, sede, frio e privações desumanas até serem levados para a base de Guantánamo, em Cuba, onde o sofrimento continua. O filme mostra todo o padecimento e intercala a ação com depoimentos reais dos jovens em questão. É comovente e assustador. O mundo da guerra e das ofensivas militares é nauseante. Ganhou o Urso de Prata de melhor direção no Festival de Berlim. * Árido Movie (Árido Movie) - A "história" propriamente dita do filme é o que menos importa, o que vale mesmo ali é o estilo. Da fotografia, da direção (Lírio Ferreira) e da atuação dos atores. Jonas (Guilherme Weber) é "homem-do-tempo" de um telejornal nacional que vive em São Paulo e é avisado por sua mãe (Renata Sorrah) que seu pai (Paulo César Peréio) foi assassinado no interior de Pernambuco, onde morava. Apesar de não ter uma relação próxima com o falecido, ele resolve ir ao enterro. Na ida por terra de Recife até a pequena cidade, ele conhece Soledad (Guilia Gam), videomaker em produção de um documentário. Lá chegando, seus parentes cobram que ele vingue a morte de seu pai. Para completar, vão ainda à cidade três amigos recifenses de Jonas (interpretados por Selton Mello, Gustavo Falcão e Mariana Lima). O trio é movido à maconha. A fotografia e a direção do filme têm fortes influências do cinema novo, mas com o aparato técnico atual, o que o deixa bem mais palatável (se é que esta é a palavra correta). Grande parte do filme fica entre o desconforto de Jonas com a situação e as cobranças de sua família local e o desbunde de seus amigos bebendo, farreando e correndo atrás de fumo. Há uma aparição fantástica de José Celso Martinez Corrêa. A seqüência final é tão nada a ver que se encaixa perfeitamente na proposta. Não é um filme facilmente digerível, tampouco causa encantamento imediato. É necessário um bom tempo para introjetá-lo e aceitá-lo como uma experiência válida. Ganhou seis prêmios no Festival de Cinema de Pernambuco. Participou do Festival de Veneza. * Crime Delicado (Crime Delicado) - Quarto longa-metragem de Beto Brant, um dos melhores diretores brasileiros em atividade. Neste Crime Delicado, Marco Ricca é Antônio, um conceituado crítico teatral. Em sua solitária vida, freqüentemente termina as noites bebendo sozinho em algum bar onde, certo dia, conhece Inês (Lilian Taublib), uma mulher desinibida e provocadora. Ela não tem uma das pernas e trabalha como modelo para um artista plástico que pinta quadros de corpos nus entrelaçando-se. Mora no ateliê do artista e vive às custas dele. Antônio atrai-se imediatamente por ela e os dois iniciam uma tensa relação. Beto Brant modificou muitíssimo seu estilo nesta película. Abandonou a câmera nervosa e os cortes frenéticos e optou por uma via mais lenta e contemplativa. O roteiro, feito por uma equipe de cinco pessoas, é até instigante, mas falta algo que não sei apontar certamente. Talvez, inclusive, seja esta a maior virtude do filme, que foi otimamente bem recebido pela crítica especializada na época de seu lançamento. Há um discurso final a respeito do "ser da arte" que é incomum e até louvável. Beto Brant não é um qualquer e, definitivamente, não está aí para fazer filmes que se perdem na indiferença. * MeninaMá.com (Hard Candy) - Hayley Stark (Ellen Page) é uma menina de quatorze anos que freqüenta chats na internet. Ela conversa com Jeff Kohlver (Patrick Wilson), um fotógrafo de trinta e poucos anos. O papo é levemente picante e os dois combinam de se encontrar num barzinho. Depois de um tempo conversando, ela se convida para ir à casa dele. Lá chegando, Hayley coloca algo na bebida Jeff, amarra-o e começa a torturá-lo sob a acusação de ser pedófilo. A partir daí, é um "seja o que deus quiser". Parece mesmo ser uma tendência atual produzir filmes baseados na interação entre duas pessoas. A garota não é propriamente má, ela é vingativa, justiceira. E o cara cai direitinho na armadilha e não consegue se livrar da teia armada por ela a partir dos pecados e das perversões dele. Grande parte da película passa-se dentro da casa de Jeff, só com os dois personagens. Isto facilita e agiliza bastante as filmagens, tanto que Hard Candy foi feito em apenas dezoito dias. O título original vem de uma gíria usada para designar meninas menores de idade que freqüentam chats. Um bom argumento, atual e procedente. * Ponto Final (Match Point) - Há anos, tenho achado o Woody Allen um chato de galocha. Mas continuo assistindo aos seus filmes na esperança de que algo bom volte a ser feito por ele. E Match Point até que não foi uma decepção. Compactuo com a idéia do filme de que tudo é uma questão de sorte, que pouco importa talento, esforço, capacidade... o que conta mesmo é ter sorte. Somos marionetes do destino. O filme conta a história de um tenista medíocre que dá aulas num clube de milionários londrinos e que, numa sucessão de boas ocasiões, fisga uma das jovens ricaças e se dá bem na vida. Ele comete atrocidades e é sempre agraciado com boa sorte para sair impune de tudo. Em certo momento, é dita uma frase de Sófocles que já vale a ida ao cinema: "A maior das dádivas humanas é nunca chegar a ter nascido". É isso mesmo. O filme faz bem o estilo cartão postal e mostra vários pontos turísticos da capital inglesa, o que dá a maior saudade daquela cidade que é uma das mais bacanas (se não for a mais) da Europa. Desta vez, na trilha sonora, Allen abandonou aquele jazzinho sacal de sempre e optou por óperas; sábia escolha que cria ótimos climas para algumas cenas. A direção é careta, o roteiro é careta, a direção de arte é careta, a fotografia é careta... enfim... nada de mais. A não ser a "tese" defendida de que não controlamos nossos destinos e que estamos nas mãos de algo que, por falta de mais precisa nomeação, chamamos de sorte. Concorreu ao Oscar de melhor roteiro original, mas perdeu. * A Concepção (A Concepção) - Em Brasília, um jovem filho de diplomata abriga em sua casa um monte de malucos como ele e transforma o lugar na sede de algo que chamam de movimento concepcionista. O líder do grupo é X (Matheus Nachtergaele), um cara que não revela seu passado nem suas origens, ninguém sabe o nome e nem de onde veio. Eles pregam a liberdade total e a dissolução de uma identidade fixa. Passam os dias se drogando, fazendo orgias e bandalheiras pela cidade. Um niilismo existencial agudo, acrescido de toques de babaquice, inconseqüência e crueldade. Tudo muito "muderno". No site do filme, há um texto do diretor (José Eduardo Belmonte) falando de suas motivações para a empreitada. Brasília, no papel, foi pensada para ser uma cidade mais humanitária, voltada para seus habitantes. Na prática, concretizou-se como um lugar extremamente segregador, onde não há pessoas nas ruas, com distâncias enormes entre os lugares e com transporte público pífio. Daí, formou-se um lugar alheio à realidade, uma bolha repleta de "burgueses" perambulando em seus carros e protegidos da diversidade humana e social do país. O filme cria uma situação esdrúxula perfeitamente plausível para aquele cenário canhestro. Num lugar tão absurdo, se alguém quer gerar uma opção, tem de reagir também monstruosamente. Esta parece ser a tese. Entretanto, fora da ficção, a idéia se esfarela, já que essa juventude transgressora com causa (ainda que completamente individualista) é mera lenda. Fui assistir ao filme com muitas expectativas e, talvez por isto, não achei tão grande coisa assim. Matheus Nachtergaele é sempre talentoso e dá brilho aos seus papéis. Mas, sinceramente, falta algo ao filme. Ou talvez fosse essa mesmo a proposta, estampar no próprio filme, enquanto filme, a miserabilidade existencial e social daquele lugar. * Paradise Now (Paradise Now) - Dois jovens palestinos têm uma vida simples, trabalham numa oficina mecânica e alimentam o sonho de sacrificar as próprias vidas pela causa palestina. De repente, o dia chega e eles são convocados para serem homens-bomba. São mostrados a preparação do atentado, os dilemas, as dúvidas, o medo, a revolta... Tem um clima rústico e imagens cruas. É um filme bem humano e dá a dimensão do absurdo da guerra entre judeus e palestinos. Sem dúvida, não é o único deste mundo que, em geral, é um grande absurdo no todo. Mas ali a coisa é bem delicada porque os judeus (e, claro, especificamente os israelenses), depois do holocausto, colocam-se como as vítimas da humanidade. Ninguém pode mexer com eles, coitadinhos. Aí, o que fazem na primeira oportunidade? Massacram um povo vizinho. Razoabilíssimo, não? Praticam terrorismo de Estado escancarado e tudo bem, eles podem, eles são especiais... Palhaçada! Sim, os palestinos pagam na mesma moeda, entretanto em condições extremamente desiguais. Guerra. Mais uma das "maravilhas" da vida humana. Concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro, categoria na qual ganhou o Globo de Ouro. * Olhar Estrangeiro (Olhar Estrangeiro) - Documentário de Lúcia Murat sobre a imagem do Brasil veiculada pelos produtores cinematográficos estrangeiros. Foi feita uma pesquisa para listar filmes produzidos por outros países que não o Brasil e que se passavam aqui e/ou tinham personagens brasileiros. Lúcia, então procurou diretores, roteiristas, atores e produtores para lhes perguntar face a face de onde tiraram tantas idéias distorcidas (e às vezes ofensivas) a respeito de nosso país. É bem interessante. E mostra grande diversidade de reações às objeções colocadas pela diretora, desde as mais constrangidas até as completamente cínicas. A película segue uma estrutura de apresentação de determinado filme, com nome do diretor, ano de produção e pequena cena para então confrontar alguém de sua equipe. Isto acontece repetidas vezes, para cada um dos filmes abordados. Vale a pena para termos mais uma confirmação de como nós somos vistos pelos habitantes do chamado primeiro mundo. Pena que esta visão não é das mais agradáveis para nós, tratados como selvagens, ninfomaníacos, bárbaros não-civilizados e que tais. Esses são os destaques do ano até agora. Não assisti ainda a Volver, do Almodóvar, nem a O Céu de Suely, de Karim Aïnouz, que possivelmente também deveriam ser comentados. Assisti a Obrigado por fumar, O Corte, Munique, O Código Da Vinci, V de Vingança, Zuzu Angel, Brokeback Mountain, Capote e mais um tanto de outros que não mereceram destaque aqui. Por falta de espaço e também por falta de qualidade de alguns desses filmes. Nota do Editor Renata Marinho é autora do blog Dadarquia. Renata Marinho |
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