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Terça-feira,
3/7/2007
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Amaro Francisco
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Mais bebida aos moralistas
O pasquim era um jornal que criticava a moralidade e não se importava em se auto-acusar de jornal bêbado, não vendo isso como um termo pejorativo, mas provocativo para que pessoas que não dão valor ao conteúdo e sim à representatividades morais o julguem. Era um jornal aberto, sobretudo, às idéias, claramente contra o regime, mas aberto a argumentos. Usava do humor, do scarcamso, da sátira e da ironia, pra burlar a burrice da censura. Quem julga os outros por serem bêbados ou não, realmente não deve entender, e nem precisa, o pasquim. Em relação ao Simonal, que dava valor a carrões e a mulheres, às representatividades do poder monetário, cantava muito bem, mas vacilou. Foi delatar e o pasquim simplesmente publicou. Se deram as costas pra ele, paciência. Ele que tivesse pensado bem antes de falar, porque num regime como aquele não se pode ficar em cima do muro ou fingir que não vê.
[Sobre "Simonal e O Pasquim: nem vem que não tem"]
por
Amaro Francisco
3/7/2007 às
23h58
189.13.172.243
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Julio Daio Borges
Editor
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