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Terça-feira,
19/3/2002
Comentários
Ana Cláudia Mattos
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Vive la Différence
Como você mesmo diz, Otávio, discordar é natural; logo minha opinião é tão legítima quanto à sua! Seus adjetivos proferidos à minha pessoa, nada me dizem, uma vez que não o conheço.
Quanto aos meus "parcos" conhecimentos, atribuo ao fato de, felizmente fazer parte de uma parcela restrita da população que tem acesso aos cursos de graduação e pós-graduação (certamente, não os "animais" a que se refere o colunista no seu infeliz artigo). Quanto ao número citado acima, é o número divulgado pela Emtursa, e, se um milhão de pessoas são turistas, ótimo! Só endossa o fato de que, a festa é boa o suficiente para atrair gente do mundo inteiro. Caso deseje se informar melhor sobre o carnaval de Salvador, sugiro o site da Emtursa, mais especificamente no endereço:http://www.emtursa.ba.gov.br/carnaval/resumo.html#carna2001
Segue um pequeno trecho com dados relativos ao carnaval de 2001:
MOTOR DA ECONOMIA
Ano após ano, os indicadores econômicos do Carnaval de Salvador vêm se tornando mais e mais significativos. A festa vem se tornando cada vez mais conhecida e absoluta em termos de números, tranformando-se num dos grandes motores da economia baiana. Em 2001, por exemplo, a festa foi responsável pela geração de 125,2 mil empregos diretos e indiretos, e uma movimentação de negócios da ordem de R$ 537 milhões, incluindo venda de abadás, comercialização de bebidas e alimento em blocos, investimento das entidades carnavalescas, festas de blocos entre outubro e fevereiro, venda de água, cerveja e refrigerantes, camarotes, mesas de pista e arquibancadas, hospedagem, aluguel de imóveis, passagens aéreas, terrestres e hidroviárias, indústria fonográfica, dentre outros. Cerca de 5.800 artistas comandaram a festa de cima dos trios elétricos e palcos. Ao mesmo tempo, a cidade registrou a presença diária de 2 milhões de pessoas nas ruas, a participação de quase 200 entidades carnavalescas e a visita de 952 mil pessoas no período compreendido por cinco dias antes, durante e cinco dias depois da folia, sendo 401 mil turistas brasileiros e estrangeiros (13%) e o restante, moradores de municípios localizados a menos de 150 quilômetros de distância de Salvador. As unidades hoteleiras registraram um índice de 98% de ocupação e, em termos de estrutura, a festa contou com a construção de 116 camarotes, 38 mesas de pista, 2.280 lugares em arquibancadas pagas e 1.913 lugares em arquibancadas gratuitas.
A festa foi transmitida em 169 horas pelas emissoras de televisão em rede local, 82 horas e 22 minutos em rede nacional e 104 horas e 43 minutos em rede internacional (para 50 países através da TV Bandeirantes, para 29 países através da Directv e para 12 países através da Globo Internacional). Ao todo, foram credenciados 3.832 profissionais de imprensa, sendo 425 estrangeiros (de 36 países e de 148 órgãos da imprensa internacional), 728 nacionais, 2.459 locais e 220 do estado da Bahia. Os brasileiros representaram um total de 843 órgãos de imprensa de todo o País. Outro saldo positivo da festa revelou-se na coleta de 150 toneladas de latas de cerveja e refrigerante, usadas para reciclagem, e consumo de 10,3 milhões destas bebidas, além de 5,2 milhões de litros de água mineral.
Mais uma vez, por não me conhecer, seus comentários sobre minha pessoa não fazem o maior sentido: já pulei em bloco, em camarote e, sim, também na pipoca, inclusive este ano. É verdade, os custos são altos: três dias de bloco - com 8 horas de som, banheiro, bar, segurança, etc. custam 1 hora de escola de samba no Rio ou São Paulo - as fantasias mais baratas!. Camarotes, espaços VIP existem em toda grande festa bem organizada - haja vista os camarotes disputados a tapa pelas candidatas a "Globais" e "Playmates", do camarote da Brahma no Sambódromo. Aqui na Bahia, paga quem quer! É perfeitamente possível pular na pipoca, se divertir a valer, sem gastar quase nada (exceto comida e bebida). No Rio e em São Pulo, paga-se para assistir os outros se divertindo(?!)
Quando cito Caetano, o faço com muito orgulho (não estou aqui discutindo política, e sim o valor de um dos maiores músicos do País - claro que é questão de opinião, como você mesmo diz: não seja obtuso!). Com igual orgulho citaria Gilberto Gil, Rui Barbos, Gregório de mattos, Jorge Amado e tanto outros ilustres.
Não subestimo sua inteligência, mesmo porque nem sequer o conheço - quanto à revolta, me parece ser sua, com agressões baratas e sem fundamento.
Não sei de onde você é, mas já que não é burro, certamente deve saber que a má distribuição de renda é um problema brasileiro, e não, baiano (vide trechoS de reportagens de O GLOBO e FOLHA DE SÃO PAULO abaixo).
"RELATOR da ONU CRITICA DESIGUALDADE NO PAÍS E GOVERNO BRASILEIRO REAGE
Múcio Bezerra e Evandro Éboli
RIO e BRASÍLIA. Dezoito dias depois de desembarcar em Brasília e percorrer seis estados brasileiros, o relator especial da Comissão de Direitos Humanos da ONU para o Direito à Alimentação, Jean Ziegler, disse que o Brasil e a África do Sul são os países das Nações Unidas de maiores desigualdades sociais. Ziegler, que voltou ontem para Genebra, afirmou que no território brasileiro coexistem uma França, uma Alemanha e uma Somália.
(JORNAL O GLOBO, 19/03/02)
DESIGUALDADE É UM PROBLEMA ESTRUTURAL
Carter Anderson
O chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcelo Neri, disse compreender a indignação do relator especial da Comissão de Direitos Humanos da ONU para o Direito à Alimentação, Jean Ziegler, diante das desigualdades sociais existentes no Brasil. Mas os índices de desigualdade, segundo o professor da Fundação Getúlio Vargas, se mantêm há quatro décadas.
JORNAL O GLOBO, 19/03/02)
CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A MONTERREY
Vinte e quatro horas depois de o enviado especial da Organização das Nações Unidas ao Brasil, o suíço Jean Ziegler, ter criticado o que chama de "guerra social" no país, outro funcionário da ONU faz uma observação negativa:
"O modelo de desenvolvimento latino-americano não gerou os resultados em matéria de redução da pobreza obtidos, por exemplo, na Ásia", diz Mark Malloch Brown, administrador do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
O PNUD é a agência internacional responsável pela elaboração do IDH, o Índice de Desenvolvimento Humano, que estabelece um ranking de países não com base na sua potência econômica mas na qualidade de vida que oferece a seus habitantes.
Brown culpa, pela pouca eficácia do modelo latino-americano em matéria de combate à pobreza, a dificuldade de vencer o que chama de "desigualdade estrutural". É uma referência ao fato de que os países da América Latina, e em especial o Brasil, têm uma brutal brecha entre os ricos e os pobres, a mais elevada entre os continentes.(FOLHA DE SÃO PAULO - 19/03-02)
De uma leitora consciente, informada e revoltada com a agressividade barata dos outros.
[Sobre "o carnaval dos animais"]
por
Ana Cláudia Mattos
19/3/2002 às
08h55
200.223.31.130
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Mais do mesmo...
Eduardo,
Realmente, escrever tem dessas! Deve-se ter cautela com a semântica e a essência do que se quer transmitir. Vou tomar como elogio suas palavras, uma vez que, mesmo não sendo nenhum poço de sabedoria, minhas erudição e capacidade de interpretação certamente estão acima da média. Quanto ao senso de humor, sim, ainda bem que o tenho, porém, a ironia deixo para você.
Sobre o carnaval baiano, ao invés de simplesmente se influenciar pela opinião alheia..."Você já foi à Bahia...Não? Então vá!"
[Sobre "o carnaval dos animais"]
por
Ana Cláudia Mattos
18/3/2002 às
16h52
200.223.31.130
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Se "Liga" você!!!
Que sua afirmação sobre não ser preto, ou gay ou deficiente físico foi preconceituosa, não tenho a menor dúvida; mais preconceituosa ainda foi a sua visão da maior festa popular do mundo - o Carnaval da Bahia (como disse Caetano: "todo mundo na praça e manda o povo sem graça p'ro salão").
Quanto à sentença na apresentação do site, você escreveu, está lá, é só ler. Se há algum problema semântico, deve-se ao autor, e não aos seus "leitores máquinas", cujo cérebro requer acionamento manual(nos quais não me incluo, até porque não tenho o hábito de ler a sua coluna - recebi este artigo via e-mail de outra pessoa igualmente indignada com a sua visão distorcida do carnaval da Bahia).
E viva a Bahia!!!
[Sobre "o carnaval dos animais"]
por
Ana Cláudia Mattos
18/3/2002 às
14h50
200.223.31.130
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Muito além do inacreditável!
Fábio, as palavras são suas (não minhas). E assumem um caráter preconceituoso quando vocês as compara com uma característica assumidamente negativa como o fato de ser fumante.
Faço minhas as suas palavras: obrigada por me mostrar até onde pode ir a loucura e estupidez humanas. Como você mesmo afirmou (na sua apresentação no site): "Sempre que penso a sério, chego a conclusões estúpidas"; acredito que você pense a sério quando escreve para esta coluna!
[Sobre "o carnaval dos animais"]
por
Ana Cláudia Mattos
17/3/2002 às
18h34
200.164.18.8
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O animal no CARNAVAL!
Fábio,
Realmente, deve ser uma "fatalidade geográfica" o fato de você ter nascido no Brasil - e, com toda a certeza, você não nasceu na Bahia.
Nada posso falar das descrições à sua pessoa, que, segundo você, não lhe caem bem, porém "preconceituoso" certamente parece adeqüado, uma vez que você afirma:"Não sou negro, nem gay, nem deficiente físico..."
Igualmente preconceituosa é a sua visão do carnaval da Bahia, onde os problemas sociais (que não são exclusividade baiana), apenas ficam mais expostos, mas não se configuram na essência da festa. Fume menos e se embriague pela energia do povo mais musical do Brasil, que, com aproximadamente 2.000.000 (dois milhões!) de pessoas na rua, diariamente, durante o carnalval, consegue fazer uma festa com muito menos violência do que um final de semana comum no eixo Rio-São Pulo.
[Sobre "o carnaval dos animais"]
por
Ana Cláudia Mattos
16/3/2002 às
22h25
200.164.18.8
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Julio Daio Borges
Editor
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