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Segunda-feira,
15/1/2007
Comentários
Angeli Rose
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tensão de estar com o outro
O "amor líquido" ainda é marcado por uma estrutura de pensamento moderna, como tão bem o próprio sociólogo soube apresentar em seus outros livros. Sem dúvida, o estudo de Bauman traz elementos imçortantes para pensarmos os vínculos afetivos na contemporaneidade, entretanto, me pergunto se a liquidez caracterizada principalemnte pela fluidez dos laços e nos comportamentos não é índice de experiências ainda não decodificadas pelo pensamento, que é apoiado em estruturas mentais modernas.I sto é, a liquidez pode ser vista como fragilidade, se temos a solidez como referente, mas pode ser tomada como uma outra forma talvez mais despojada, leve sem frivolidades, em que já não cabe como sustentação a solidez de instituições sociais geradas no passado para o enfrentamento do presente. A persistência não tem de ser insistir em relações em que já não há qualquer tipo de ternura, respeito, para além do desejo. Acho que ganhamos, além da ansiedade, a consciência da tensão de estar com o outro.
[Sobre "A fragilidade dos laços humanos"]
por
Angeli Rose
15/1/2007 às
14h23
201.19.168.34
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A repetição de si, ó leitor
O livro do Rubem Fonseca é uma pedra na testa do leitor "acostumado" a ele. Sinto contrariar algumas leituras que dizem que o octogenário piorou, mas o que ele fez foi rir de si mesmo, fez escárnio do leitor fiel. Ele está, por repetição, mecanismo dominante em nossa época, ironizando todo o processo de produção vigente no ambiente "cultural". Rubem catalogou mulheres, homens, histórias e obsessões. Ele separa ELA, das outras, aplicando um controlador para a compulsividade comsumista de nosso tempo. Critica pela clínica a obssessão também pela leitura, quem sabe do leitor "fiel"? Não sei, não, mas Fonseca parece querer definitivamente dar um basta na experiência, na prática, na crença, modernas, que já se repetem pela excedência em nosso tempo. A familiaridade aqui parece ser a responsável pelo estranhamento, velho jogo da ficção, feito por alguém que sente as coisas e delas sabe. Sinto leitor, mas, ao sentir, sinta que lê.
[Sobre "Rubem Fonseca e a inocência literária perdida"]
por
Angeli Rose
2/12/2006 às
17h55
201.19.129.191
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Julio Daio Borges
Editor
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