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Segunda-feira,
16/9/2002
Comentários
Danilo (FFLCH)
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Conselhos de amigo...
1- Para sanar os sintomas imediatos de falta de alegria, amor e tesão, recomendo que você, Eduardo, realize experiências sexuais e lúdicas mais constantes (principalmente com judeus, comunistas, negros e alunos ou alunas da FFLCH - você vai se surpreender...) alternando-as com a participação, ao menos eventual, em rituais e danças exóticas que celebrem a paz entre os homens e o equilíbrio destes com a natureza. 2- Como medicina preventiva, para evitar futuras frustações e desilusões traumáticas, recomendo que você estude um pouco mais (principalmente história e cultura ocidental) antes de sair por aí se gabando por ser muito inteligente, por estudar na melhor faculdade da América Latina, por fazer parte de uma raça superior e civilizada - a quebra da dogmaticidade pode ser muito dolorosa e, no seu caso, quase irreversível.
Cumprindo esses dois procedimentos eu acho que você estará revertendo a relação entre as pulsões thanáticas e eróticas de seu corpo em favor da segunda, que aparenta estar muito recalcada e/ou castrada, em detrimento da primeira. Mais do que isso, fará um grande bem à sociedade se conseguir recomeçar seu desenvolvimento racional e emocional daquele ponto em que ele estagnou por acreditar infantilmente na chegada ao nirvana da raça. Nesse momento, será fundamental o auxílio de um espelho e, condição imprescindível, uma profunda sinceridade consigo e com aqueles que ainda ama: será?
[Sobre "Festa na floresta"]
por
Danilo (FFLCH)
16/9/2002 às
15h02
200.204.105.89
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Falta tesão nesse coração!
Caros,
Um texto que, apesar de medíocre, é precedido por uma foto de dois macacos e finalizado pelas frases a seguir (grifos meus):
"No Brasil (...) em que os futuros historiadores são, com mais de 20 anos de idade, analfabetos funcionais e alucinados incorrigíveis. Alguma coisa deve estar errada. Talvez este não seja o meu país - e essas manifestações de imbecilidade aguda e ódio gratuito sejam apenas localizadas. Localizadas em uma tribo distante, de costumes bárbaros e hábitos excêntricos, isolada, do resto do mundo, no meio de uma floresta perdida. Onde eles podem dar as mãos, fazer uma ciranda, rodar e dançar, com a imagem de Bin Laden no centro - que ninguém, no mundo civilizado, vai perceber a mínima diferença. A não ser dedicados pesquisadores e corajosos exploradores, como eu."
Merece uma resposta à altura de seus paradoxos absurdos, e da mensagem nazista latente (ou seja, uma resposta mais racional e com pelo menos o mínimo de compaixão humana, inclusive ao próprio Eduardo).
"Imbecilidade aguda e ódio gratuito" manifestados por quem, cara pálida? É óbvio que não há nada para se comemorar nos atentados de 11/09/01, que mais serviram aos interesses do Bin Laden e do próprio George W. Bush, juntos às suas legiões de seguidores fanáticos. Ambos conseguiram se reafirmar como símbolo absoluto do BEM diante do OUTRO, absolutamente MAL.
Agora, o fato de você se colocar ardorosamente, fanaticamente ao lado do genial e amável Bush, do "mundo civilizado", não lhe dá o direito de decretar o "fim da história humana" e, por conveniência, isolar da tal humanidade como macacos bárbaros todos aqueles que discordam desse fim (de Bin Laden, aos "incorrigíveis historiadores").
Não entender uma piada tudo bem... Achar que a piada veio em má hora, alguns poderiam até concordar contigo...
Agora decretar-se raça superior é crime "civilizado", que a própria civilização tratou de julgar.
Talvez a sua "tribo distante, de costumes civilizados e hábitos excêntricos, isolada" não consiga entender como o "resto do mundo" (pessoas que passam fome, trabalham violentamente horas a fio, não sabem ler nem escrever, matam uns aos outros através de guerras sem fim, morrem por epidemias, assistem à televisão civilizada etc...) ainda não aceitou completamente a idéia de que este é o "mundo civilizado".
Se temos dificuldade de nos comunicar minimamente com sua tribo, isso também se deve ao fato de você confundir consciência com "empregar uma vírgula corretamente". De considerar "deselegante, mesmo para os eventos de maior informalidade, um título que escape dos tradicionais: Festa do Pijama, do Chapéu, do Farol, do Brega, do Cabide, etc". Deselegante para quem, cara pálida? Em nome de que tradição, de qual verdade absoluta você está falando, cara pálida? Como você quer corrigir aqueles corrigíveis, e o que pretende fazer com a legião de macacos, loucos e bárbaros por natureza?
É óbvio Eduardo, que o seu texto é uma provocação do começo ao fim. Obviamente, Eduardo, o que você mais queria era receber alguma resposta revoltada em relação ao seu artigo. E é justamente por causa dessa sua necessidade de comunicação com os bárbaros, e de outros "dedicados pesquisadores e corajosos exploradores como você", que nós macacos ainda acreditamos ser possível estabelecer contato com qualquer animal na face da Terra, por menos racional e por mais destrutivo que ele seja.
Eduardo, nós não somos "psicologicamente equilibrados", mas também lhe amamos!
[Sobre "Festa na floresta"]
por
Danilo (FFLCH)
13/9/2002 às
10h32
200.204.105.89
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Julio Daio Borges
Editor
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