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Segunda-feira,
17/1/2005
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Flavio
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incentivos do governo
Fico impressionado como o cinema e a arte em geral no Brasil depende de incentivos do governo. Precisamos mudar essa realidade, acredito que temos boas idéias, mas a maioria dos artistas não podem realizá-las pois não temos investimentos suficientes. A falta de investimento é principalmente em virtude de limitações do governo sobre a quantidade de renúncia fiscal que as empresas podem realizar, mas deveríamos criar outras formas de investimento em artes que independense de ações do governo. Tenho ciência que em outros países, principalmente os desenvolvidos, as empresas investem idependentemente da ação do governo pois olham a artes como uma forma de divulgação de sua marca/produto. Outra forma de captação de recurso nesses países é a doação e a participação do cidadão comum, que realiza de forma simples e prática a renúncia fiscal. Para as empresas renunciarem também é simples e ao proponente os processos não são muito burocráticos como no Brasil. Acredito que ações neste sentido deveriam ser realizadas para aumentar os recursos captados, diminuir burocracias para minimisar os custos e podermos voltar a ter um crescimento não somente na área de cinema, mas também a outras áreas das artes. Acredito, por fim, que estes investimentos devem garantir mais acesso aos recursos artísticos, de preferência os de qualidade e os eruditos, à população de baixa renda e o desenvolvimento em cidades do Brasil, que estão fora do cirquito culural Rio/São Paulo, para que um quantidade maior da população brasileira possa ter acesso.
[Sobre "Perdemos público em 2004? E daí?"]
por
Flavio
17/1/2005 às
19h32
200.233.50.34
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Julio Daio Borges
Editor
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