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Quarta-feira,
14/9/2011
Comentários
Gil Cleber
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Crítica é apenas opinião
Não acredito em crítica, seja de arte, seja literária, como algo determinante para descrever a qualidade de um livro ou de um quadro. Os críticos de arte são unânimes quanto à beleza das "Senhoritas de Avignon", de Picasso, ou quanto à grandiosidade do "Ulisses", de Joyce. Para mim, são dois lixos, completamente descartáveis.
Críticos, de um modo geral, falam como se fossem donos da verdade, sem saber o que motiva o artista a produzir sua obra, seus processos criativos, enfim, seu pensamento, e dizem "isto é bom", ou "isto é ruim", ou então escrevem textos repletos de clichês e "palavras difíceis" para parecerem profundos: se despidos de sua falsa retórica, não dizem nada.
Crítica é apenas opinião pessoal, e para emitir uma opinião não é preciso ser crítico.
[Sobre "Crítica literária ainda existe?"]
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Gil Cleber
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14/9/2011 às
12h04
200.165.160.106
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Acho esporte uma babaquice
Minha discordância do autor está em uns poucos pontos: 1) Eu pratico Taekwon-do por necessidade de manter o corpo em forma, e por gostar de lutas; 2) Gosto de xadrez porque é um jogo de raciocínio puro, e não apenas jogo, mas uma ciência exata.
No mais, acho esportes uma babaquice, torcer para um time e ficar discutindo quem fez o gol ou quem vai para a final é um sinônimo de burrice e o conceito de que "esporte é saúde" tem de ser revisto: já ficou provado por médicos americanos que esforços excessivos são prejudiciais ao coração. Minha terceira discordância: por época da copa e das olimpíadas estarei em casa estudando ou pintando, e torcendo CONTRA o Brasil em todas as provas.
[Sobre "A Empulhação Esportiva"]
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Gil Cleber
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13/6/2011 às
14h11
200.165.160.106
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Ler e apreciar um clássico
Respondendo à pergunta "Que poder tem um livro, e mais ainda, um clássico, para que chame mais atenção que um 'i' alguma coisa?", tem o poder dos vinhos de primeira, que só os paladares apurados conseguem apreciar, enquanto o resto se contenta com cachaça. É preciso bom-gosto, refinamento intelectual, inteligência etc. para ler e apreciar um clássico. O "resto" lê qualquer coisa, quando lê.
[Sobre "Os clássicos e o leitor de hoje"]
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Gil Cleber
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27/5/2011 às
11h53
200.165.160.106
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O resto é conversa fiada
E mais uma vez o antropocentrismo toma corpo: uma "ciência" politicamente correta, e discutível, afirma que não há raças entre a espécie humana, ou seja, o homem é tão superior aos outros animais que só ele não se divide em raças - mesmo contra todas as evidências. Enquanto a discussão se mantiver neste contexto, e não no do direito, o blá-blá-blá será sempre o mesmo. Deve-se entender que todos, independente de sua raça, têm o direito a viver no mundo, já que nasceram nele e nele estão adaptados. Outra questão: a da superioridade racial. Para se falar em superioridade, deve-se ter um paradigma segundo o qual alguém é superior, e o paradigma, quer gostemos ou não, existe, logo há superioridade racial. Mais uma vez, a questão é de direito e não de discurso politicamente correto: TODOS, independente de serem mais inteligentes, mais bonitos, etc. têm direito a viver em paz. O resto é conversa fiada.
[Sobre "Do preconceito e do racismo"]
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Gil Cleber
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26/4/2011 às
10h50
189.25.86.38
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Dá pra entender?
O autor faz um grande discurso sobre a mediocridade, e finaliza citando como porta-voz da esperança um autor medíocre: Moacyr Scliar. Dá pra entender?
[Sobre "A rentável miséria da literatura"]
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Gil Cleber
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16/4/2011 às
13h37
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A tônica é escrever mal?
Em primeiro lugar, o grande mal do crítico (seja de literatura, seja de arte) é que ele se julga dono da verdade, ou seja, em vez de emitir uma opinião pessoal, enche sua crítica de chavões pseudo-técnicos e, no fim das contas, satisfeito, pensa ter produzido uma obra-prima. Não sei se é regra geral, mas quantos textos de crítica tenho lido me passam essa impressão. É de dar pena. Em segundo lugar, não posso julgar a obra de Scliar apenas por ter lido um livro dele, mas se tudo que ele escreveu for do mesmo nível do Manual da Paixão Solitária, afirmo sem medo de errar que Scliar não passará de um escritor de segunda linha, quando muito. Infelizmente, não posso falar muito bem do que tenho lido em termos de literatura brasileira, salvo com algumas excessões. Jorge Amado não leio mais, dada a mediocridade de sua obra. Outro dia li o Memorial de Maria Moura, da Rachel de Queiroz, lamentável. Será que para consagrar-se como escritor neste país a tônica é escrever mal?
[Sobre "Um abraço em Moacyr Scliar"]
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Gil Cleber
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4/4/2011 às
10h15
200.165.160.106
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Continuo com o livro de papel
Na verdade, o preço do livro de papel só é alto por causa da ganância. Essa desculpa de custos de papel, divulgação, distribuição não resiste a uma simples análise: p. ex. a Record - ela faz divulgação própria, enviando impressos aos leitores; para os que fazem pedidos pelo cupom que vem nesses folhetos de divulgação, a distribuição é direta. Mas o preço pago é o mesmo que você pagaria se comprasse o livro numa loja. Os e-books seguem o mesmo caminho: ganância. Vivemos no país e na época da exploração, da roubalheira. Eu não pretendo gastar uma pequena fortuna com um Kindle, porque o troço é horroroso, continuo com o livro de papel, que pelo menos cheira bem quando novo.
[Sobre "O incompreensível mercado dos e-books"]
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Gil Cleber
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16/3/2011 às
18h29
189.25.52.201
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É nisso que dá
O negócio é que, lendo certos textos, tem-se a impressão de que o autor não tem nada de importante a dizer, e, se tivesse, não saberia como fazê-lo. É nisso que dá detestar a escola.
[Sobre "Chega de Escola"]
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Gil Cleber
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14/3/2011 às
16h17
189.25.78.114
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Não me sinto derrotado
Eu já fui derrotado por vários livros: "Tieta do Agreste", do péssimo Jorge Amado; o ridículo "Ulisses", de Joyce; "Sodoma e Gomorra", do inverossímil Proust... Quando começo a me perguntar por que estou lendo "aquilo" é sinal de derrota na certa. Só que não me sinto derrotado, simplesmente me dou por feliz em não perder mais tempo com tal porcaria.
[Sobre "Derrotado"]
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Gil Cleber
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10/3/2011 às
12h39
200.165.160.106
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Contra o politicamente correto
Creio que o mal está no fato de idosos, deficientes físicos e grávidas hoje em dia serem tratados como "coitadinhos", e o pior é que eles parecem gostar do tratamento. Indignado fico eu, por exemplo, na fila do banco, vendo um monte de gente ocupada ficar para trás enquanto um velhote que nada mais tem a fazer na vida a não ser viver sem fazer nada passa na frente de todo mundo e vai, na maior cara de pau, fazer-se de coitadinho. Assistir de longe o "politicamente correto" já é irritante, ter de vivê-lo no dia a dia me tira do sério.
[Sobre "Duros tempos da vida moderna"]
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Gil Cleber
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20/2/2011 às
19h08
200.165.160.106
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Ninguém se salva
O que se observa é que, passada uma certa época, sempre tem alguém para valorizar o que foi feito então e criticar o que é feito atualmente. Ora, se formos rigorosos, medíocres não são apenas Xuxa, Ivete Sangalo, Luan Santana e quejandos: bem pouca coisa gravada pela Gal e pela Bethânia escapa, p. ex, e do Gilberto Gil creio que não escapa nada. O rock brasileiro sempre foi péssimo, mas hoje já tem gente falando bem daquelas bandinhas merdas dos anos 80. Daqui a 30 anos, alguém, pra dizer que os artistas de então são ruins, dirão que Xuxa e Ivete Sangalo foram brilhantes. Sabe o que penso? Falta firmeza de opinião. Quem tem coragem de dizer abertamente que João Gilberto é um pé no saco? Que a Clara Nunes era uma droga?
[Sobre "As letras de música de hoje"]
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Gil Cleber
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29/12/2010 às
11h44
189.25.87.225
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Juventude ignorante
Na verdade, o cronista apresenta uma tese, mas ela é pouco plausível. Não é o que ele chama de pulverização cultural o responsável pelo divertido episódio com o Ferreira Gullar, mas sim a ignorância do jovem: na realidade, o que se tem é uma juventude profundamente ignorante. Se o poeta tivesse sido abordado por pessoas de mais idade, certamente seria reconhecido. Além do mais, antes da internet nem sempre prevaleciam os grandes: quantos nomes se consagraram na música, nas artes plásticas etc. e não passam de mediocridades? A "pulverização cultural" pelo menos abre espaço a todos, e a facilidade de obter informação na Web apenas demonstra uma vez mais a profunda ignorância da juventude, mais preocupada com os bate-papos vazios dos "chats de conversa fiada" do que com o que é de fato importante.
[Sobre "Ferreira Gullar ou João Goulart?"]
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Gil Cleber
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25/12/2010 às
19h05
200.165.160.106
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Beuys é um espertinho
Num artigo falando das melhores exposições do ano não caberia citar Beuys. O que foi exposto desse "grande" artista aqui no Brasil? Latinhas enferrujadas? Pedaços de pau e folhas de jornal assinados por ele? Ou cavacos de unha do dedão do pé? Beuys não foi apenas um imbecil: mais que isso, foi um espertinho, que soube perpetuar seu nome, porque sabia que por mais tolices que fizesse, encontraria sempre "críticos" (ou criticastros?) para dar-lhe aval. Pior que ele, só Delvoye com sua "máquina de fazer cocô".
[Sobre "Melhores exposições de 2010"]
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Gil Cleber
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25/12/2010 às
18h54
200.165.160.106
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Está tudo em Cidade de Deus
Se o que se vê em "Cidade de Deus" não é um ambiente sujo que retrate a realidade, e se o filme não propõe um debate, isso na visão dos referidos críticos, a minha pergunta é: onde vivem esses críticos? No Afeganistão? Terão visto o filme? Imundície e denúncia: está tudo ali. E o que o filme mostra não são produtos de uma realidade violenta: isso é discurso de antropólogos ou sociólogos pedantes: são, sim, psicopatas sanguinários que só merecem o fuzilamento sumário, pois todos ali vivem a mesma realidade, a mesma miséria, mas há muitos pais de família honestos que trabalham para sustentar sua casa sem recorrer ao crime. "Cidade de Deus" é um excelente filme.
[Sobre "Cidade de Deus: o maior barato"]
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Gil Cleber
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28/11/2010 à
01h55
200.165.160.106
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Livro como objeto de arte
O livro de papel nunca vai acabar. Assim como uma pintura feita com o Photoshop nunca irá substituir um Van Gogh ou um Da Vinci, esses cacarecos eletrônicos não passam de um sucedâneo prático, sim, para os que conseguirem adaptar-se, talvez até um pouco mais baratos (embora os preços de livros que tenho visto nesse formato não se justifiquem, e recaímos na velha história dos custos), mas sem qualquer glamour. Eu não falo daquele livreco do Jorge Amado vendido promocionalmente aos quilos nas bancas de jornais: refiro-me àquela edição rara do Dom Quixote, talvez do século XVII, que num sebo eu vi ao módico preço de R$ 12.000,00 e que não terei nunca; ou mesmo edições de luxo, modernas, de grandes clássicos, que custam muito menos (cem ou duzentos reais), mas cuja beleza do acabamento técnico é tão envolvente quanto a própria obra (como uma recente edição do "Grande Sertão", de Rosa). Nesses termos, o livro não é uma simples "leitura", mas objeto de arte.
[Sobre "Cheiro de papel podre"]
por
Gil Cleber
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27/11/2010 às
08h45
200.165.160.106
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Julio Daio Borges
Editor
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