COMENTÁRIOS
>>> Comentadores
Quarta-feira,
23/4/2008
Comentários
Gildo Staquicini Jr.
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Há uma briga real?
"E o pior é que... quem comenta nunca se preocupou com o que leu, mas sim em expressar a sua própria opinião". Será que esta frase não explica tudo? Ou, pelo menos, é um bom começo de discussão?
Enquanto o jornalismo moderno se pauta pela impessoalidade/imparcialidade, o blog não seria justamente o terreno da expressividade particular/pessoal? Não seria por isso que boa parte dos blogs (e muito do que se faz na Internet) ser feita em primeira pessoa? O texto escrito na primeira pessoa não é bem mais atraente ao leitor, justamente porque este pensa encontrar no autor um "amigo", um "companheiro de infortúnio", e não um "professor" (embora textos informativos/impessoais não sejam necessariamente didáticos)? Talvez seja isso que o leitor quer: a expressão confessional disfarçada de opinião. Coisa que o jornalismo moderno há muito restringiu aos "cadernos" especiais. Talvez, então, não haja briga, talvez apenas um complementando o outro. Vamos esperar.
[Sobre "Blogueiros vs. Jornalistas? ROTFLOL (-:>"]
por
Gildo Staquicini Jr.
http://gildostaquicini.zip.net
23/4/2008 às
09h29
200.158.98.27
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Ruim em cima e embaixo
Se para os que podem freqüentar uma faculdade - 2 ou 3 por cento da população - o mar não está pra peixe, o que dizer da maioria que nunca chegará ao ensino superior (e talvez nem ao secundário)? Só a necessidade de sobrevivência? Mas não é isto que 97% dos humanos têm feito desde que desceram das árvores - com ou sem vocação? A questão aqui não é louvor ao "pobre", criticar as "zelites", ou outros proselitismos oportunistas, mas uma possível constatação: sendo a sobrevivência a verdadeira aptidão dos humanos, o "viver a vida como ela é", esse tipo de resignação estóica, não seria uma sabedoria tão boa como qualquer outra aprendida na faculdade? Não é também matar um leão por dia? Se sucesso profissional (acumulação de riquezas e satisfação de vaidades) não são parâmetros suficientes para garantir uma "satisfação existêncial" (e concordo com isto), uma vida "de acordo consigo mesma" não seria uma boa leitura do mapa? Então, se em cima tá ruim, em baixo também está.
[Sobre "Vagas? Talvez. Quem sabe? Depende de você também. "]
por
Gildo Staquicini Jr.
http://gildostaquicini.zip.net
21/4/2008 às
12h28
200.148.58.183
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Blog pode ser machadiano?
Ou será que blog pode ser literatura, de vez em quando?
Nem todos, absolutamente todos, os contos de Machado de Assis são esplendorosos; alguns deles - os da juventude, principalmente - poderiam muito bem ter sido assinados por José de Alencar e ninguém perceberia. Então se, mesmo aquele que é considerado mestre máximo, cometeu algumas "gafes", não há razão para supor que algum blogueiro não possa fazer o mesmo de vez em quando. E o contrário também: num lote de mil posts em um blog pode haver um que seja "literário". Parece que a questão está mais no terreno das possibilidades do que das probabilidades, embora de uma maneira que seria proporcionalmente inversa - quando comparada com Machado de Assis: nos blogs, a literatura é que seria a "gafe", a exceção. É uma compração injusta - essa com Machado? Sem dúvida. Mas que a matemática da coisa parece verdadeira, isso parece.
[Sobre "Blog, afinal, é literatura?"]
por
Gildo Staquicini Jr.
http://gildostaquicini.zip.net
18/4/2008 às
09h29
200.158.99.138
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mais um pouco de luz
Só complementando, sem querer abrir polêmica, sem querer ferir o pobre ego de quem quer que seja, mas apenas para fazer pensar: se possível, dêem uma lida aqui, pode ajudar. É um artigo de Alcir Pécora que diz muita coisa. O título já uma pérola: "O inconfessável: escrever não é preciso".
[Sobre "A mídia e os escritores"]
por
Gildo Staquicini Jr.
http://[email protected]
11/4/2008 às
19h35
200.158.99.239
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Há um túnel do final da luz???
Há um túnel do final da luz? Tirando os "fatores aleatórios" (os que nada têm a ver com a qualidade - seja lá o que for isso! - literária): empenho (ou prestígio) do editor, a vocação do autor para Relações Públicas (puxação de saco), o compadrio (as amizades reciprocamente amáveis e condescendentes) e a estratégia escandalosa - "armação de barraco" - ou o abuso da celebridade obtida de outras formas/atividades, o que resta aos jovens aspirantes? Simples: nada. Absolutamente nada além do já exposto: o aspirante terá que se vender de alguma das formas já expostas. E, aqui, o uso de "vender-se" é deliberadamente dúbio.
Então, que pelo menos aprendam a tomar cuidado com essas histórias de luzes, túneis e finais.
[Sobre "A mídia e os escritores"]
por
Gildo Staquicini Jr.
http://[email protected]
11/4/2008 às
19h22
200.158.99.239
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blogs (e escritores) demais...
(Misturando este post com o do Rubem Mauro, de 7/4...) Quanto dessas leituras seriam de usuários que têm seus próprios blogs? 50% seria razoável supor? E destes, quantos seriam de aspirantes a escritor? Meio por cento seria uma estimativa razoável? Então, algo perto de 25.000 (!) possuidores do "melhor blog literário do mundo"! Não estou defendendo a pasmaceira do mundo jornalístico, e a preguiça (talvez) de ler seus cadernos culturais, mas ler 25.000 novos textos/poemas por semana (supondo que os "gênios incompreendidos" se contentem com apenas uma nova obra-prima por semana...) é bem mais do que os citados (pelo Rubem) 20 novos livros que chegam por dia nas redações... Reconheçamos: o século XXI exige muito do leitor. Por isso, a idéia de "filtros" é bastante razoável; talvez até, muito mais, para a própria internet: há blogs demais. Embora liberdade nunca seja demais, parece haver uma grande falta de "semancol": nem todo mundo nasce escritor, mas neste país todos assim se acham...
[Sobre "BRlogs: 10 milhões de leitores"]
por
Gildo Staquicini Jr.
11/4/2008 às
18h35
200.158.99.239
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Julio Daio Borges
Editor
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