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Quarta-feira,
3/6/2009
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Carlos Eduardo
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O antigo amigo negro...
Uma história bastante "engraçada" foi a da minha irmã. Ela é relativamente branca e um dia apresentou à família o namorado, o antigo amigo negro. Eu, a minha mãe, algumas tias e a minha avó (por experiência própria, já que ela é loira e se casou com um mulato no início dos anos 50) fomos os únicos que pensaram na situação racionalmente. Nós o víamos como uma pessoa, um esportista (ele era nadador na época), um rapaz inteligente e esforçado e não como uma cor ou raça. O mais engraçado da história foram meus parentes de outra cidade (do lado do meu avô mulato) que poderiam ser considerados pardos que fizeram uma corrente de oração para a minha irmã terminar o namoro (a adorável hipocrisia evangélica). Era engraçado o drama que alguns parentes faziam, falando que iria precisar alisar o cabelo das crianças (como se as mulheres da nossa família já não espichassem os próprios cabelos) que nascessem do relacionamento, que eles eram muito diferentes (mas engraçado é que na época em que eles eram amigos e ele a ajudava nas provas niguém falava um "a"). Não sei se foi a vida ou a corrente de oração, mas em um ano e meio o namoro acabou. Veio a choradeira, o "volta, não volta". O motivo do fim do namoro é que ele se mostrou grosso, estúpido e machista. Não queria que ela trabalhasse e era muito ciumento. No fim foi uma boa revisão de valores para a minha família e principalmente para a minha irmã, que se sentiu marginalizada pela primeira vez na vida, os parentes racistas continuam racistas (a mulherada continua fazendo escova progressiva). [Cabo Frio - RJ]
[Sobre "Promoção Elogio da Madrasta"]
por
Carlos Eduardo
3/6/2009 às
11h17
200.220.202.2
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Julio Daio Borges
Editor
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