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Terça-feira,
20/1/2004
Comentários
Luís Carlos Carpein
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Comentário, apenas
Acabo de ler "Intelectualidade e Democracia". É um texto necessário e corajoso. A intelectualidade brasileira, e nisso ela não difere muito de outras "tribos", de fato parece temer o confronto de idéias. Não tenho elementos para fazer generalizações, mas me parece que pelo menos uma parcela é petulante e arrogante, como se essa atitude fosse a derradeira possibilidade de manter o "status", quando o "quo" já está bem comprometido. Evidentemente, o Estado brasileiro (pouco importando a definição que se dê a esse ente) conhece essa fraqueza da sua intelligentzia e concede, pelo menos às cabeças que são mais dóceis (conforme a sucessão das estações), o sedutor manto do subsídio. Assim, a petulância e a arrogância de parcela da intelectualidade se perpetua, sem colocar em cheque a petulância e a arrogância do próprio Estado. Parece-me que, além da revista que estás sugerindo, precisamos pensar numa campanha contra uma fome que é tão avassaladora quanto um estômago vazio: refiro-me, é claro, à fome de liberdade; não a liberdade que temos hoje, que é a de “reserva de feudos”, mas a uma liberdade predisposta a considerar as pretensões de verdade contidas no contraditório, de forma a alcançar sínteses que de fato estejam comprometidas com o combate a todas as fomes. Parabéns pelo texto contundente, que tem o mérito intransferível de permitir a reflexão. Abraços, Luís Carlos Carpein - Jornalista
[Sobre "Intelectualidade e democracia"]
por
Luís Carlos Carpein
20/1/2004 às
23h02
200.203.84.213
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Julio Daio Borges
Editor
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