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COMENTÁRIOS
>>> Comentadores
Quinta-feira,
20/3/2008
Comentários
Marcos de Campos Vis
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Carvalho e o prazer
Acabei de ler o último romance do Bernardo Carvalho. Com muito prazer. "Escrever bem", nesse caso, é proporcionar prazer. [São Paulo, SP]
[Sobre "Promoção Escrever Bem"]
por
Marcos de Campos Vis
20/3/2008 às
18h40
201.52.49.23
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Sobre pedofilia
é um assunto delicado que temos de tomar cuidado pra não tratar com pieguice e não ceder ao senso-comum (que, como você bem nota, costuma estar comprometido com "a hipocrisia do silêncio social"). é muito negativo generalizar a complexidade desse tema, reduzindo-a à personificação daquele que abusa, muitas vezes pintado como "monstro" ou termo que o valha. o abuso de crianças não começa nas mãos do agressor; não só é socialmente silenciado, como socialmente estimulado - basta ver os programas de auditório em que meninas de quatro anos rebolam de mini-saia para uma platéia que urra e baba. mais, muito mais do que delicado, o assunto é extremamente complexo. mesmo uma afirmação como a de que o abuso de crianças é "uma chaga social de todos os tempos, de todos os lugares, de todas as classes", por mais óbvia que possa parecer, não deve ser dita sem reflexão. pois tal abuso só tem sido assim considerado nas últimas décadas.
embora a opressão do mais fraco não seja nenhuma novidade.
[Sobre "Abuso sexual de crianças: do silêncio para a tela"]
por
Marcos Visnadi
http://naminhacanja.blogspot.com
31/5/2007 às
18h04
201.52.69.8
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A dança da bundinha
Também é muito fácil gostar de O cheiro do ralo. A pretensa tensão entre opressor e oprimidos(as) se dilui na trilha sonora animadinha, no figurino lúdico, na fotografia leve. Não seco, mas ornamentado. E "degradantes" talvez sejam as salas de cinema, afogadas em gargalhadas que não percebem política nenhuma na grande bunda, mas que se identificam com o fofo Selton Mello, incapaz de nos fazer desperceber sua voz e seus olhos de menino, obstáculos tão grandes à boa caracterização de um personagem assim amargo e mesquinho. O cheiro do ralo é um filme divertido, talvez, mas discordo em absoluto de que coloque de forma relevante e aprofundada a questão política da opressão. Muito pelo contrário, aborda-a (no mais das vezes) de maneira superficial o bastante para, no máximo, render uma risada gostosa e descompromissada da audiência. O maior mérito do filme foi o de ter captado tão bem a atmosfera hedonista e supérflua tão presente em considerável parte da atual literatura brasileira...
[Sobre "A política de uma bunda"]
por
marcos visnadi
4/4/2007 às
12h36
201.52.51.66
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Julio Daio Borges
Editor
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