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Quarta-feira,
18/1/2012
Comentários
mauro judice
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Ah, ah, ah! Meu, é assim me...
Ah, ah, ah! Meu, é assim mesmo! Perfeito. E não pense que a coisa muda depois de o escritor publicar dez livros. Só tem um jeito. O escritor tem que se tornar um best seller, ou seja, vender milhões de livros (cem mil livros, como eu já vendi, não resolve). Assim, quando os amigos do escritor ouvirem os amigos deles censurando "você ainda não leu o livro de seu amigo?????" certamente irão comprar o livro por conta própria e LERÃO!!! (pois não pense que eles leram os livros ganhos). Ou lerão quando sentirem o prestígio de ser amigo de alguém, muito, famoso. Não tem jeito. E olhe que, até meu quinto livro, eu dei para meus amigos. Do sexto ao décimo, não dei. E ninguém comprou. Você tem que amar seus amigos e compreender que eles são muito mais que meros admiradores de seu trabalho. No meu caso, meus amigos são mesmo.
[Sobre "O amigo do escritor"]
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mauro judice
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18/1/2012 às
19h37
200.100.72.186
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O grau de compaixão
Não seria justamente este o ponto que nos separa deles? O grau de sentimento de compaixão? Podemos reduzir tudo o que falaram em praticamente isto: a distinção de sentimentos leva à distinção de apreensão ao mesmo fato. Assim, Jesus veio apresentar a Nietzsche o sentido da piedade ou veio ensiná-lo a senti-la? A potencializá-la? Aceitamos que um homem simples não entenda o sentido - o sentido! - de peça literária de Proust ou Marivaux, por não ter maturidade emocional para alcançar as sutilezas sensíveis nos textos, embora o sujeito saiba ler com perfeição. Aceitamos a graduação para baixo de nós. Todavia, não, para cima. Insensatez pura. Não só é provável que existam pessoas em maior desenvolvimento emocional que nós, como é inerente que assim se proceda. Existir o menos, implica em existir o mais.
[Sobre "A Auto-desajuda de Nietzsche"]
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mauro judice
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28/12/2010 às
14h32
201.93.70.32
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Homens sem sentimentos
Contudo, para falar, mensurar, supor, abranger este sentimento, é preciso senti-lo. E para saber em que amplitude dele mencionaram os homens grandes, é preciso senti-lo grande. Jesus ou Buda não podiam falar de piedade de um modo pequeno. Como também do amor. Nietzsche teria sentido grande qualquer destes sentimentos? A grandeza intelectual do filósofo não o assegura. Pululam pela História inteligências luminosas, miseráveis de sentimentos. Perversas, até. Aqui, clamo a um ponto a mim caro no que tomo por Filosofia. A apreensão intelectual se desenvolve com o refinamento emocional. Ponto que ainda me parece parcamente explorado pelo pensamento humano. Não nos constrange e, mesmo, revoltam as inúmeras descrições gratuitas de homens trucidados na "Ilíada", escrita por Homero? Homero, o maior vate da História? A inteligência pura? Por este prisma, não seria um posicionamento honesto relativizarmos nossas convicções sobre o Cristo ou o Buda, por não sentirmos o que eles sentiram?
[Sobre "A Auto-desajuda de Nietzsche"]
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mauro judice
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28/12/2010 às
14h30
201.93.70.32
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Nietzsche estava certo
"A piedade é um sentimento apenas para os décadents" (Nietzsche). Em incontáveis demãos de piedade e grandeza, a cristandade pintou sua covardia. Nietzsche estava certo. Mas degradar a piedade em impostura, até que ela se torne mais que um gesto amplo e vazio, já seria ir demasiado longe. A verdade sempre foi reivindicada para justificar toda mentira e nem por isso deixou de existir. A piedade é sentimento característico de indivíduos sensíveis, porque sobretudo enxergam a fraqueza que está atrás de toda a ofensa. Seria possível que Nietzsche não tivesse compreendido isto? Custa crer, pois, se confirmada tal insensibilidade do filósofo, toda a verdade nietzschiana assentar-se-ia numa mentira escandalosa: os homens travestem sua covardia em compaixão (ou humildade), o que reclama a negação deste sentimento, para aquele que deseja mudar, transmutar-se, fortalecer-se, deixando para trás toda a pusilanimidade. O que precisa mudar não é a compaixão, mas a impostura de compaixão.
[Sobre "A Auto-desajuda de Nietzsche"]
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mauro judice
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28/12/2010 às
14h26
201.93.70.32
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A pequenez dos homens de fé
Não colocamos a razão à frente de nossos sentimentos, apenas dissimulamos que o fizemos. Se o tivéssemos feito, teríamos dado à humanidade um testemunho de verdade. Teríamos provado alguma coisa, nosso comportamento seria basto. Não teríamos que nos acanhar em palavras, nem discursos, nem homilias. Ainda que por tentativas insuficientes e pusilânimes, senti o quão livre me tornei ao diminuir um pouco o instinto de agressividade; notei que, moderando a gula, deixei de comer por vício e apreciei muito melhor os sabores. Quantas coisas ganharíamos por vencer nossas fraquezas, o ego, ah, tivéssemos seguido o exemplo de Sócrates que, ao contrário do que dizia Nietzsche, mostrou o resultado de colocar a mente à frente das emoções básicas: o indivíduo se fortalece, se vitaliza, se alegra e pulsa. Uma pena que o grego tenha vivido em época onde não havia celular para filmá-lo para que, deste modo, todos o vissem, apenas o vissem em sua grandeza modesta. E veriam também a pequenez dos homens de fé.
[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]
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mauro judice
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8/6/2010 à
01h03
201.93.70.145
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Nietzsche tem razão
É... Somos isto. Nietzsche tem razão em denunciar nosso ressentimento com relação àqueles que têm o que não temos, e quisemos rebaixar os homens de valor, tomando-nos superiores a eles, tendo-nos por eleitos de Deus. Mas desconfio que nosso filósofo tenha caído em mesma armadilha do ego, como disse a Dulce no comentário acima. Só sei de uma coisa: Friedrich Nietzsche é o meu maior detrator. Ninguém melhor que ele nos mostrou, a nós, homens de fé, o quanto somos falsos, afetados, presunçosos e fracos. E, no entanto, sou grato a ele e a todos os pensadores que detrataram a religião. Nada como um cético para orientar um convicto. Contudo, o filósofo se enganou num ponto, para maior demérito nosso, crentes em Deus. Afirmou que inibimos os instintos e nos tornamos por isso em indivíduos exânimes, fracos e sem vontade (Vontade de Poder). Mas, não, querido Nietzsche, nós não fizemos isto. Não inibimos nossa animalidade, nossos instintos, nós os castramos (Patez está certíssimo).
[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]
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mauro judice
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8/6/2010 à
00h56
201.93.70.145
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O grito de revanche do ego
Contudo, um grito trágico, que não pode ser ouvido - que só tem valor dramático, porque não pode ser ouvido. Full of sound and fury, signifying nothing? Ésquilo, não acusou Deus, digo, Zeus, por querer monopolizar a sapiência ao punir Prometeu por este ter dado o fogo do conhecimento aos homens? Sófocles, querido de Nietzsche, não escreveu um enredo maquiavélico, condenando seu pobre protagonista Édipo a um destino cruel e cínico que parece brincar com os homens? E o que é realmente a catarse, senão um sentimento de auto piedade que o homem vitalista sente por si mesmo, ao olhar para o destino, para a Ordem, social ou divina, e se estimar um pobre vitimado? Aquilo que se denomina fruição artística não seria, nestes casos, o grito de revanche do ego ou o desejo de permanência de Eros no ser?
[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]
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mauro judice
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7/6/2010 à
01h17
200.100.72.192
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Falta de domínio dos instintos
Homem inteligente feito Nietzsche não cometeria erro assim elementar, a ponto de me fazer pensar se tal equívoco derivava de certa indigestão emocional do filósofo. Engano-me ou ele ruminava sua falta de domínio sobre as emoções, sobre seus instintos? Em sua obra "O nascimento da tragédia", afirma que o teatro grego chegou à perfeição pela reconciliação da "embriaguez e da forma", de Dioniso e Apolo, posteriormente corrompido pelo racionalismo de Sócrates. E quem mais dá limites à emoção instintiva que a razão? É realmente difícil esquecer o sonho idílico das festas dionisíacas, ou bacantes, com jovens apolíneos a correr atrás das filhas de Afrodite sem culpa, sem pecado... Um sonho tardio de desejo liberto, de hedonismo saciado, ao som dos ditirambos, que fizeram nascer o teatro... O que é afinal quase todo o teatro dramático grego, senão um grito de inconformismo contra qualquer espécie de cerceamento ao instinto, ao corpo, aos sentidos, quando limitados pelas razões pessoais ou sociais, Deus incluído?(continua)
[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]
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mauro judice
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7/6/2010 à
01h14
200.100.72.192
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Os cristãos, não o Cristo
de seu comportamento. Mas será que Nietzsche faria isto? Condenaria o exemplo cristão através de uma estratégia simplória: condenar o mestre pela má conduta ou mau entendimento teórico dos seguidores? E, se quisesse condenar o cristianismo, não deveria, por amor à verdade, acabar sua condenação com esta ressalva: Condeno os cristãos, sua conduta, sua teologia, mas não o Cristo? Deveríamos condenar a Filosofia porque ela foi rudimentar no passado? Se todo o pensamento evolui, porque nossa compreensão ao ensinamento de Jesus teria que ser diferente? É um conceito ontológico que uma mensagem distinta seja compreendida aos poucos e, quão maior é a luminosidade do mestre, mais extensa é a distância entre o compreendendo e o compreendido!
[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]
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mauro judice
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5/6/2010 às
17h09
200.100.72.36
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Raciocínio indigno
Em primeiro lugar, Patez, eu nada disse a respeito de Maria Magdalena. Apenas citei o conhecido trecho da adúltera que seria apedrejada (cujo nome jamais é citado). Por outro lado, se Jesus quisesse advertir a mulher contra a lei vigente, ou seja, a farisaica, e não concordasse com esta lei, não usaria o termo "pecar". Aliás, outra vez, Jesus disse "vá e não peques mais para que não ocorra de seres acometidos de mal pior". Deste modo, não foi Paulo de Tarso quem colocou o pecado na boca do Cristo. Outro raciocínio que me parece indigno de inteligência espantosa qual a de Nietzsche é: como pôde entender o cristianismo como algo estanque e definitivo a partir do que interpretaram os religiosos? Como pôde considerar que católicos e protestantes dessem a última palavra a respeito do que produziu Jesus? Nosso pensador fala como se nada mais pudesse se acrescentar a respeito de homem tão revolucionário como o nazareno, que nada mais pudesse se aduzir de seus ensinamentos e, sobretudo, de (continua...)
[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]
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mauro judice
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5/6/2010 às
16h59
200.100.72.36
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Não houve abolição
Patez, em que momento Jesus aboliu o conceito de culpa/pecado, se ele próprio dizia àqueles que salvava: "vá e não peques mais", como aconselhou à adúltera, após tê-la salvo do apedrejamento? Um homem que recomenda a alguém não pecar, não pode querer abolir a lei recomendada.
[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]
por
mauro judice
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4/6/2010 às
20h45
201.93.70.35
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O caminho da redenção
"Deus deu o seu filho para o perdão dos pecados, em sacrifício. Ah! Como terminou de uma assentada o Evangelho! O sacrifício expiatório na sua forma mais desprezível, mais bárbara, o sacrifício dos inocentes pelas faltas dos pecadores! Que espantoso paganismo! Não tinha Jesus suprimido até a ideia do pecado? Não havia negado o abismo entre Deus e o homem, vivido essa unidade entre Deus e o homem, que era a sua boa nova? E isto não era para ele um privilégio!" Mas Nietzsche não viu que Deus, através de seu filho, deu à humanidade um parâmetro de conduta para o perdão de pecados, porque só peca quem sabe ser pecador? E que Jesus não suprimiu os pecados humanos com sua morte, mas deu a possibilidade de serem suprimidos, ao mostrar o caminho da redenção? Não viu o filósofo que o Cristo negou o abismo entre Deus e o homem, porque abriu caminho para a aproximação da humanidade ao Criador? Ainda que estas interpretações fossem paulinas, e não crísticas, não estariam corretas com esta exegese?
[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]
por
mauro judice
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3/6/2010 à
00h19
200.100.72.42
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Inteligência aderente
Note, caro Patez, que destaco trechos do pensamento nietzschiano com intenção de trazer o raciocínio ao plano da apreciação objetiva. Move-me, quero deixar claro, a aflitiva sensação de que algo tenha me escapado na leitura de Nietzsche. Não sei se isto já lhe ocorreu, esta circunstância de não conseguirmos concordar com pensador de fulgurante inteligência, a ponto de questionarmos a toda hora se realmente entendemos o que diz. Nosso filósofo é, provavelmente, a inteligência mais aderente ao pensamento pós-moderno, e escuto-o reverberar nas palavras dos eminentes pensadores e escritores atuais, mais que Heidegger e Wittgenstein (não sei se, nas esferas acadêmicas, dá-se o mesmo). Por isso, anseio que alguém me explique o pensamento de nosso filósofo, sobretudo quando leio certos posicionamentos dele os quais reputo como erros elementares. Um exemplo: tomemos a obra "O Anticristo", capítulo 41, onde lemos sobre a morte de Jesus (continua no comentário a seguir):
[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]
por
mauro judice
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2/6/2010 às
23h55
200.100.72.42
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Nietzsche e o racionalismo
Nietzsche detestava o racionalismo, foi contrário ao pensamento kantiano e a ideia do "eterno retorno" não encontrou eco na dialética hegeliana, pois a historiografia não era a tônica de seu pensamento, enquanto, da dialética, sim, vez que para nosso filósofo não há mundo verdade, não há absoluto, o conhecimento é apenas um minuto mentiroso da história de um universo indiferente, como já se disse. Ele negou quantos mais grandes sistemas metafísicos criados pelo raciocínio intelectivo que se pretendem cosmogônicos, mas acabam por se tornar "razão tirânica". Sócrates plantou na Grécia - que perdera a inocência primitiva - o domínio da lógica e do Logos. Eram agora cidades-estados, e a hegemonia de poder da alma de seu povo se exteriorizava à expansão ao vizinho, à Guerra do Peloponeso. Nietzsche não podia gostar do pensamento cristão ou búdico, igualmente imantados ao Logos na razão, na confiança plena da lógica como instrumento de realização, digo, felicidade, conquanto fossem domados os sentidos humanos.
[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]
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mauro judice
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2/6/2010 às
13h14
201.93.70.187
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Afirmação da vida
Patez, tento compreender. Fico feliz em verificar que consegui entender este ponto e até concordar com Nietzsche, quando você diz: "o que Nietzsche faz é simplesmente afirmar a vida com toda a sua potência sem negá-la jamais", ponto que o filósofo enfatizou em sua teoria da vontade de poder (ou quando substitui a "vontade culpada" de Schopenhauer pela "vontade feliz"). Mas acho que desejamos entender por que ele parece considerar que Jesus ou Buda negaram a vida ou não a afirmaram em toda sua potência. Já que até o momento não apareceu nenhum nietzschiano que dissesse com todas as letras quais são as censuras do filósofo neste sentido, gostaria de lembrar as críticas que ele opôs a Sócrates e me corrija se não estiverem próximas às feitas aos mestres espirituais. Na obra "O Nascimento da Tragédia", ele afirma que a tragédia atingiu a perfeição por ter conciliado "a embriaguez e a forma" de Dioniso e Apolo, e entrou em decadência com o surgimento do racionalismo socrático. Estou correto?
[Sobre "O cristianismo para Nietzsche"]
por
mauro judice
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1/6/2010 às
20h59
200.100.72.115
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Julio Daio Borges
Editor
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