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Quarta-feira,
27/2/2002
Comentários
Marina M. Machado
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casa de tijolo
Adriana,
Será mesmo que “ninguém faz o que não quer”?? (Você acompanhou nos jornais a trajetória da secretária do Hitler, que acabou de falecer, e que filmou um longa metragem pouco antes??)
No meu ponto de vista, a “estrutura de cada um” é construída, tijolo sobre tijolo, da gravidez da mãe até a própria morte --. E a estrutura da cidade, do estado, do país e do planeta...também é processual, até o fim. Por isso é bom ter antenas e captar tudo que for possível, filtrar o que se acha interessante, “deletar” toda a merda, etc e tal -- mas só dá prá ter atitude crítica para deletar a merda quando se arquitetou os tijolos e o cimento de uma maneira mais ou menos sólida: se não vem o lobo mau e assopra a casa de palha, e a outra de madeira também... Como fazê-lo? Como não fazê-lo??
[Sobre "Animismo"]
por
Marina M. Machado
27/2/2002 às
09h05
200.191.0.192
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Conversa
Adriana,
Penso que os artigos no “Digestivo...” devem gerar conversa entre as pessoas que circulam pelo site. Por isso é muito bom que você tenha escrito sobre meu texto intitulado “Animismo”.
Com esse texto eu não pretendia fazer análises profundas sobre publicidade, mas, antes, queria falar sobre -- justamente -- o que você nomeoou “público-alvo”. Minha pretensão era chamar a atenção do leitor sobre a criança (que eu penso que de fato habita cada pessoa) e a criança específica com a qual aqueles comerciais se comunicavam. De certo ponto de vista, sim, os comerciais falarão com a criança “certa” do público-alvo “certo”, mas, você não acha importante que tanto o consumidor “certo” quanto o “errado” possam ter visão crítica daquilo que o intervalo comercial está lhe propondo consumir?
O negócio é pensar, e fazer pensar, e existem peças publicitárias bastante “pensadoras”, é como eu penso, mas essas aí que eu citei... e se comento sobre a mulher que vai se masturbar com o sabão em pó, é apenas para colocar o leitor noutro lugar, noutro ponto de vista, e brincar com ele...
Mas há algo no que você diz que eu realmente discordo: a meu ver hoje estamos numa “época consumista”, sim, e fazê-la diferente faz parte da vida de algumas pessoas. Eu mesma exerço a Psicologia como profissão para tentar mudar isso, e não “creio” nas pesquisas sobre consumo e consumidores, simplesmente porque são realizadas com o foco no consumo (aumentar as vendas e transformar os produtos) e não no consumidor (fazer do consumidor uma pessoa crítica??!!). Devo dizer, para terminar, que “dinâmicas” propostas por psicólogos geralmente forçam mesmo a barra: da mesma forma que afirmar que a psicologia é científica é forçar uma barra também, no meu modo de pensar -- a psicologia é muito incerta e desconhece muitas de suas variáveis... Você não concordaria?
[Sobre "Animismo"]
por
Marina M. Machado
23/2/2002 às
10h27
200.191.0.125
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Tipos de humor
Sâmar,
talvez não haja falta de humor, mas antes, tipos de humor que não batem. Bem como não batem as noções do que é uma criança. Espero esclarecer a noção de infância que possuo ao longo de outras colunas e contribuições para este "Digestivo...". Até lá!
[Sobre "Mônica e Cebolinha na Pinacoteca do Estado"]
por
Marina M. Machado
31/10/2001 às
20h26
200.191.0.217
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Julio Daio Borges
Editor
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