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Sexta-feira,
10/4/2009
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Naslix
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Autenticidade e prática
Ana Elisa, minha cara, "escrever bem" tu já fizeste nesta coluna. Esta é, na verdade, a única maneira de ensinar a fazê-lo. Não pode ser boa ou ruim sendo única. É que um requisito precisa ser preenchido neste caso: autenticidade. Fazer da sua própria forma de expressar-se o meio único para transformar ideias em escrita. Explico: se te agradas comparar o ritmo das construções verbais à respiração, fazê-lo será natural. Não o deixes de fazer por puritanismos ou resguardos literários. Os deslizes que acontecerem a mortais, assim como os que certamente vislumbras aqui, serão muito mais toleráveis e tenderão a reduzir em freqüência - trema é uma doce tentação - pelo simples exercício da própria identidade e da prática. Se o hábito faz o monge, a reza que algum messias ou anticristo literato segue é a de ser, antes de outra coisa, não um arremedo regulamentar de si mesmo, mas sua própria alma expressiva posta em letras, para o bem ou para o mal. Ótimo texto, obrigado pelo deleite.
[Sobre "Guia para escrever bem ou Manual de milagres"]
por
Naslix
10/4/2009 às
21h19
201.51.217.252
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Julio Daio Borges
Editor
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