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Sexta-feira,
22/10/2010
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André Cardoso
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Animais acorrentados
Sim, os nazistas também poderiam, em vez de homens vivos, ter feito experiências com cadáveres; ter queimado jornais, em vez de livros. No caso da Santa Inquisição, queimado bonecos, e não ter queimado bruxas, só porque elas eram "feias". O discurso pronto dessa forma de "arte" é esse: vamos pegar urubus e prendê-los, de forma que a mídia veja como somos transgressores! E para complementar, lembro das pertinentes palavras do velho Schopenhauer sobre o assunto: "Há alguns anos pelo Times, em que um lord que possuía um imenso cão acorrentado, passeando através do jardim, tentou acariciá-lo, quando o cão imediatamente lhe despedaçou o braço - com razão! Com isso queria dizer 'Tu não és meu dono, mas meu demônio, a fazer de minha curta existência um inferno'. Que isto suceda a todos que mantêm animais acorrentados!". "L'uccello nella gabbia Canta non di piacere, ma di rabbia!" ("O pássaro na gaiola não canta de alegria, mas de raiva!")
[Sobre "Em defesa de Nuno Ramos e da arte"]
por
André Cardoso
http://www.resquiciosfilosoficos.blogspot.com/
22/10/2010 às
03h41
201.68.202.107
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Julio Daio Borges
Editor
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