COMENTÁRIOS
>>> Comentadores
Quinta-feira,
1/10/2009
Comentários
Renan De Simone
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Não pode ser óbvio
Não basta apenas uma história curiosa, que te prenda nas dez primeiras páginas. É preciso algo a mais. Um bom livro nesse estilo precisa de ritmo (não necessariamente veloz) próprio, como se estivéssemos escutando a trilha sonora por trás das palavras. Os detalhes iniciais, quando usados ao fim da história, também ficam ótimos, mas não se pode ser muito óbvio, tem que ter sutileza. Apresente vários detalhes de um cenário e escolha um que fará toda a diferença, ou então todos, mas não seja óbvio. A obviedade logo de cara destrói este tipo de narrativa. Outra coisa importante é saber dosar. Não adianta colocar diversos elementos que te prendam, e que aparecem ao final sem o mínimo sentido. Acredito que nada deve ficar sem explicação. Existem tantos recursos, a história está na mão do autor, não se pode deixar pontos-chave sem explicação... Uma coisa é deixar algo em aberto, outra é ter preguiça de arranjar explicação. Em resumo: detalhes, ritmo, razões... Ah! E um elemento secreto que é... bem, é secreto, não posso dizer hehehe [São Paulo - SP]
[Sobre "Promoção Globo Suspense"]
por
Renan De Simone
1/10/2009 às
22h17
189.62.207.180
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Se beber, não case
Olha, decidi explorar algo um pouco mais atual. Tenho alguns filmes muito bons na gaveta, mas o melhor roteiro que vi atualmente foi o do filme "Se beber, não case". Este roteiro é simplesmente genial. Por ser um filme de comédia, achei que ele iria explorar piadas batidas e um apelo absurdo ao sexo, mas não, e isso me surpreendeu. O filme reúne os elementos mais variados como amizade, relacionamentos, buscas e superações. E, apesar de colocar elementos bizarros à primeira vista (como o tigre no hotel, a falta de um dente, o sumiço de um companheiro e um bebê no armário), o filme não perde seu ritmo nem fica maçante ao tentar explicar cada coisa, e aborda todas. Isso me surpreendeu, principalmente por se tratar de uma comédia, geralmente mais descompromissada. Além disso, é sempre bom ver que alguns roteiristas que criam elementos absurdos, em suas obras, conseguem explicá-los ao longo de seu trabalho... talvez esta seja uma grande escola para Stephen King. rs [São Paulo - SP]
[Sobre "Promoção Manual de Roteiro"]
por
Renan De Simone
9/9/2009 às
09h29
189.100.246.240
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As ruínas gregas
Escolheria a Grécia, não só pela beleza das ilhas gregas, mas especialmente na área das ruínas gregas. É um tanto mórbido, sim, eu sei. Mas se fosse meu último lugar, gostaria que tivesse sido o primeiro. Desde pequeno que essa parte do mundo inspira minhas ideias e pensamentos. Comecei a gostar de filosofia por conta dos gregos (o que me possibilitou conhecer gênios diversos, incluindo Sartre). Ali existiu o berço de toda a sapiência de nossa civilização ocidental, o que ali foi feito, tanto na área racional e lógica como na mística, é o que nos guia até hoje. Se as partes físicas guardarem ainda um resquício de toda aura antiga (desvencilhando-se da era da "reprodutibilidade técnica"), ali queria estar em minha última peregrinação. Se depois disso tivesse que morrer, morreria feliz, pois cheguei ao fim conhecendo meu início... [São Paulo - SP]
[Sobre "Promoção Último Turista"]
por
Renan De Simone
5/8/2009 às
15h32
189.100.246.240
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Maior que o artista...
Não. E devo acrescentar um infelizmente, já que sei que os artistas são realmente muito mais do que expressam em suas obras. Entretanto, existe em cada obra um poder único de capturar a essência dos detalhes de cada situação. A arte às vezes se torna maior que o artista... e não podemos culpá-la, seu poder de transformação a faz ser assim e é o que realmente a deixa interessante. Uma pessoa desfruta da irredutibilidade de não poder ser menos que uma pessoa, mas constantemente não consegue ser mais também... a arte pode ser uma porcaria tanto quanto pode alcançar um status divino. [São Paulo - SP]
[Sobre "Promoção Testamento de Rilke"]
por
Renan De Simone
21/7/2009 às
08h59
189.100.246.240
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Depende do ponto de vista
Num sentido de troca de informações e abrangência de sistemas, sim. Principalmente se pensarmos no acesso fácil que há para a maioria dos países no mundo, incluindo aí o acesso à comunicação. Quem já morou fora sabe o quanto é valioso poder se comunicar facilmente com quem ama. Por outro lado, a absorção desmedida de outras culturas acaba modificando a nossa própria, e o problema consiste não em conhecer os outros, mas em perder nossa identidade regional e determinadas tradições em função de um padrão global. Entretanto, como sou brasileiro e filho de italiano, não posso dizer que a globalização seja de todo ruim. [São Paulo - SP]
[Sobre "Promoção Mundo Plano"]
por
Renan De Simone
6/7/2009 às
10h21
189.62.197.146
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no universo dos taxistas
Eu também tenho uma teoria de como o tempo está passando mais rápido, mas deixo isso pra lá, se eu perder tempo nessas coisas acabo não conseguindo enxugar todo esse gelo que escorre aqui da geladeira velha de casa, minha própria calota polar aqui na cozinha. Além do fato de eu não ter autorização de passar meu tempo em outros universos, afinal, um estudante de jornalismo não tem autorização para mexer no universo dos taxistas.
Um abraço!
[Sobre "Meta-universo"]
por
Renan De Simone
http://pensologoeescrevo.blogspot.com
13/8/2007 às
22h14
201.68.208.218
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Que democracia é essa?
O pior e' que concordo contigo, mas ainda assim me fica o desespero de saber que meu voto nao e' validado nesse caso, e ai' temos um problema gigantesco: que democracia e' essa que nao da' possibilidades para qualquer cidadao tentar chegar a qualquer cargo independente de suas parcerias, ou tamanho da conta? Que democracia e' essa onde confunde-se de maneira infame a esfera publica e a privada? Que democracia e' essa onde temos de escolher alguem obrigatoriamente, mesmo sem opcoes razoaveis?
Concordo, concordo e choro. Abraco
[Sobre "Por que votei nulo"]
por
Renan De Simone
http://axiologiaanatema.blog.terra.com.br
19/10/2006 às
10h21
201.43.175.116
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Ainda tenho esperança
Concordo com você, Daniela. Pra começar, parabéns pelo histórico familiar.
Sou estudante e sei que nossa bola está baixíssima no sentido de ação, estamos no tempo em que tudo quanto é mudança acaba sendo assimilada ao invés de revolucionar mesmo.
É triste, é verdade, mas ainda espero que apareçam pessoas confiáveis e íntegras. Pode não ser nessa eleição, mas tem que ser, afinal a esperança... ops, ela já morreu, mas ainda existe a insistência e curiosidade no futuro.
Um abraço.
[Sobre "Domingão de eleição"]
por
Renan De Simone
http://axiologiaanatema.blog.terra.com.br
28/9/2006 às
10h21
201.43.174.76
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Em defesa do Tom Cruise
Não concordo, não para ser o chato que não levou o texto a sério, mas por prudência. Essa nova seleção de remakes já me fez pensar diversas vezes no que está se passando, mas até agora não descobri. Ainda quero descobrir se o Spielberg continua impressionando e se o Cruise ainda é um galã simpático com alguma atuação, longe de perfeita, pelo menos válida.
No Guerra do Mundos nada foi respondido, deu pra passar um tempo dentro da sala de cinema, mas não digo que valeu pela pipoca (seria clichê - e patético - demais). Ver toda a população do filme (ou grande parte) se comportando como formigas após pisarem em seu formigueiro, chegou a ser interessante. Não era minha visão realista de mundo, mas sempre soube que minha crença heróica na humanidade (que bonito) não seria correspondida nem no filme mais juvenil (homem-aranha tentou). Ainda dou créditos para o diretor. Quanto a Cruise, bem, ele me impressionou em Vanilla Sky (por mais patético q a lembrança pareça), ainda espero uma boa sacada.
[Sobre "Digestivo nº 239"]
por
Renan De Simone
10/8/2006 às
23h42
201.43.40.22
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Julio Daio Borges
Editor
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