COMENTÁRIOS
>>> Comentadores
Sábado,
14/8/2010
Comentários
ROBERTO ESCRITOR
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Caminho das letras
Além de escrever livros, gosto de escrever frases. Uma delas, em especial, mostra o quanto o caminho das pedras pode ser feito com letras. Tire suas próprias conclusões. Criar frases como essa não é um exercício de academia. "Quando está amando, o homem é capaz de procurar flores no deserto; quanto é amado, consegue encontrá-las."
[Sobre "Escrevendo com o inimigo"]
por
ROBERTO ESCRITOR
14/8/2010 às
12h01
189.114.38.250
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Deixem o livro quieto!
Acho essa questão do fim do livro um tanto apocalíptica. Ainda ontem li em uma página na internet (Deus sabe qual) uma previsão do Stephen Hawking sobre o fim do planeta Terra em no máximo 200 anos, com isso aconselhando o aprimoramento das viagens espaciais. Outra gafe. A maior previsão futurística que o homem pode fazer é a garantia de um novo sol na alvorada seguinte, mas sem a garantia de ser sua testemunha. É só! O resto não passa de uns bisbilhoteiros encabulados em fazer fofocas cibernéticas, mais parecendo comentaristas de novelas mexicanas. Deixem o livro quieto! Se tiver que morrer, morrerá. Aí, então, façam o seu funeral (enterre ou incinere). Até lá, contentem-se com o fato de que o livro ainda não morreu, e comemorem com alegria. Eu mesmo prefiro ver o livro morto do que ver a quantidade de baboseira que andam colocando nele. Dá dó ver. Talvez eu seja romântico excessivamente, idealista, por amar livros escritos com a alma à flor da pele. Odeio aqueles livros escritos na privada...
[Sobre "Não contem com o fim do livro, uma conversa com Umberto Eco"]
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ROBERTO ESCRITOR
11/8/2010 às
07h34
189.27.122.152
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Paulo Coelho é um místico
Há uma diferença significativa entre o Augusto Cury e o Paulo Coelho. O Cury é um imitador, que finge conhecer de todo tema comercial (educação, psicologia, psiquiatria, religião). Mas no fundo ele é o pior exemplo de autor que a literatura merece. Porque tudo o que ele deseja é arrancar alguns míseros trocados do bolso do leitor, nem que para isso tenha que penhorar a própria alma. Já o Paulo Coelho tem uma cara só. É um místico, que percorreu diversos caminhos e em todos eles foi garimpando outras novas do misticismo. Portanto, o leitor que aprecia essa espécie de literatura irá se esbaldar. O Paulo não está empenhando a sua alma. Há pouco tempo até lhe propus uma novidade que poderia fazê-lo retornar ao topo da literatura. Mas a sua secretária gentilmente me despistou. É porque ela nem sabia do que eu estava falando. Era assunto de mestres. Pena que não tenha chegado aos ouvidos do Paulo.
[Sobre "O dia em que Paulo Coelho chorou"]
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ROBERTO ESCRITOR
6/8/2010 às
06h52
187.114.226.87
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Literatura e masturbação
A literatura que hoje vemos nas livrarias não passa de masturbação. As editoras estão masturbando a cabeça das pessoas em troca de suas misérias.
[Sobre "A Questão dos Livros, de Robert Darnton"]
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ROBERTO ESCRITOR
21/7/2010 às
19h12
187.58.33.153
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Os livros e seus dois atos
O processo que demarca a constituição de um bom livro (porque os maus deveriam tem outro nome) é basicamente dividido em dois atos. No primeiro ato estão em cena o autor e as palavras, e irão se regozijar de forma intensa, talvez até orgásmico, variando de um balé clássico a um tango, ou um funk, dependendo do autor, mas ningúem mais participa dessa cena. No segundo ato, sai de cena o autor e entra o leitor. O autor fica banido definitivamente. O que vale desde então é o papel que o leitor se põe a representar, da maneira como ele entende por aquele script, da maneira como ele traduz o texto, as palavras, pela capacidade de seus olhos. Dois atos apenas, mas dois momentos tão diferentes, que vez em quando podem até ser confundidos. É o princípio da identificação. Mas para ter acesso a essa magia, é preciso que se pratique primeiramente um outro ato: o ato de ler bons livros.
[Sobre "Livrarias, bibliotecas e outros paraísos"]
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ROBERTO ESCRITOR
2/7/2010 às
10h15
189.27.113.109
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Meus livros, minha história
Meus livros são parte de minha história, algo imensamente particular, que foram sutilmente garimpados entre outras milhares de espécimes, alguns em livrarias, sebos, eventos. Não posso transportar a mais ninguém essa minha história, não da forma como me pertence, e também não posso transferir a mais ninguém o valor sentimental de cada livro meu. É o caso de um velho Borges, de uma certa Lygia, Jung, Freud, entre outros. Mas há também um certo autor, ainda desconhecido, que se junta a todos esses, e é de quem mais me orgulho: eu mesmo, ao olhar meu mais recente livro! Afinal de contas, só uma pessoa havia desvendado os mistérios do tempo antes, mas não deixou nada por escrito.
[Sobre "Onde botar os livros?"]
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ROBERTO ESCRITOR
1/7/2010 às
21h39
189.27.119.158
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Escritores e impostores
Perdoe-me o vocabulário que eu vier a empregar, mas foi você pisou no meu calo. É porque sou Escritor (com E). E justamente por ser escritor que sinto uma verdadeira náusea (ler Sartre) tremenda por ver tantos impostores em pleno ato de impostura, dentro de um território sagrado: o mundo das palavras. E nenhum ofício pode se deixar contaminar por impostores. Nem mesmo a prostituição. Prostituta que se preze não se põe a rodar a bolsa no calçadão. Tem que ter classe, elegância, estar na moda, ser cliente do Boticário. Do contrário será uma simples puta, daquelas que lotam os bordéis de periferia, e que se vendem por míseros trocados. Para ser escritor também é preciso ter classe. Não se pode sair ajuntando palavras atrás de palavras com o intuito de iludir alguém. Tem que saber fazer amor com as palavras. Eu disse amor e não sexo. Escritor que se preze dá a sua vida pelo seu texto, inventa as palavras que forem necessárias, tece com elas um amor também Divino. Isso é ser Escritor!!!
[Sobre "O To be or not to be do escritor"]
por
ROBERTO ESCRITOR
30/6/2010 às
09h17
187.58.26.149
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Para ser um artista-asceta
Para o artista-asceta, a falsidade é a arma dos homens lúcidos, não a dos mentecaptos. E ele, em qual lado se encontra? Ao lado dos reis, é isso o que sente. Veja você essa selva de canibais enfrentando-se por um preço. Tudo se vende, tudo se compra, tudo se converte à cidadania do mercado. A segunda opção é daqueles homens que venceram esse distúrbio por conta de uma ciência pessoal, mesmo que assolados por fatos casuais. Seu broto ainda permanece fincado em algum caule, mesmo que não dê flor. A dor do artista acontece 365 dias ao ano, amando um amor manco, que se alista à tropa dos guardiões de madrugadas, em seresta dividida com o lobo que faz serenatas para a lua. Como enquadrar isso diante de uma objetiva assimétrica, cujos desenhos não passam de minúsculos quadros somados entre si. Impossível!!! Para ser um artista-asceta, ou pelo menos tentar compreendê-lo é, antes de tudo, preciso muita renúncia.
[Sobre "Ascese, uma instalação do artista Eduardo Faria"]
por
ROBERTO ESCRITOR
29/6/2010 às
07h49
201.86.188.132
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O artista e seu porta-voz
No mundo em que impera a desarticulação de valores individuais e a quase completa massificação do processo cultural, os seres pensantes são como peixes que nadam ao contrário da correnteza, mas também são os líderes de cardumes, capazes de sobreviver ao estio, e movem-se com tamanho sentimento que chegam a provocar a inversão no curso de um rio. Todavia, enquanto ser pensante, o artista deve ter o cuidado de não impor à sua arte a qualidade de única arte essencial, de não bulir no seu exagero, de não criar códigos particulares de mensagens que tornem o seu produto uma arte quase irreconhecível. Isso torna necessário que o artista tenha à mão um porta-voz, alguém que o conecte aos receptores, com o delicado ofício de saber selecionar quem deve ser mensagem, e a quem deve ser dirigida. Nesse quesito, ninguém no mundo supera o Schwarcz.
[Sobre "O blog do Luiz Schwarcz"]
por
ROBERTO ESCRITOR
23/6/2010 às
15h16
200.175.244.149
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Reconfiguração do amor
A química de amor configurada por Shakespeare no tempo em que se viam pelas ruas carruagens e cavalos, e as mensagens eram enviadas por pombos ou sob a confiança de cavaleiros, não difere dessa química que viaja graças à tecnologia, através de mensagens instantâneas. As ruas são ocupadas por automóveis velozes e no céu os pombos têm de dar lugar a helicópteros e aviões. Também as maneiras de expressar o poder têm se atualizado, e o capital comanda a hierarquia social, mais até que o poder político. Mas, no fundo, todas essas maneiras mascaradas de experimentar a existência nada mais são do que alternativas modernas que o indivíduo tem buscado na tentativa de reconfigurar o amor, todavia sem sucesso. Justamente em razão de o amor não ser um desígnio modificável pela intervenção humana, mas fruto da criação divina, capaz de encabular toda forma de poder, e de forma especial a Shakespeare: "Talvez o amor não seja capaz de parar os relógios, mas é capaz de não se deixar reger por eles."
[Sobre "Bloom sobre Shakespeare"]
por
ROBERTO ESCRITOR
20/6/2010 às
19h48
189.114.38.144
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A exemplo do beijo de língua
Eu pertenço a um outro mundo, daquela minoria que não vê na língua qualquer pretexto para se fazer política. Outro dia encontrei um colega que disse conhecer toda a Europa e EUA, mas não conhece uma só praia do nordeste brasileiro. Fala fluentemente inglês e não está preocupado com o fato de o português ser ou não falado lá fora. Assim como ele, a grande maioria dos turistas brasileiros no exterior são míopes para problemas brasileiros. O Lula quando vai ao exterior fala apenas o português, e não cobre dele outro idioma. O FHC até no paraguai falava em inglês. A língua, voltemos à sua origem, quer apenas possibilitar a comunicação. É apenas isso o que ela deseja. Não a tome em manifesto ufanista, pois a comunicação será preterida. Agora, com todas as ferramentas de comunicação que estão surgindo no embalo da internet, muito em breve surgirá uma língua universal, de modo natural, sem imposições. A língua será de fato um idioma universal. A exemplo do beijo de língua.
[Sobre "Brazilionaires"]
por
Roberto Escritor
14/6/2010 às
09h01
187.58.26.239
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Comentar é fácil
Ahhh, a política!!! Como é fácil comentá-la sem vivê-la na pele. Me perdoem os contrários, mas o Lula é o melhor que já surgiu na politica brasileira desde Cabral. Mas podem nascer outros... tomara!!! Quanto ao Gullar, é muito fácil discutir política no camarim ou então em uma roda de boteco. Assim como o Gullar, eu também odeio política, e por isso nem me atrevo a comentá-la em público. Para se comentar política é preciso primeiramente amá-la, vivê-la cotidianamente, e aí ter o direito de opinar sobre ela.
De outra forma, não se trata de um comentário e sim de fofoca.
[Sobre "Gullar sobre Lula e Dilma"]
por
ROBERTO ESCRITOR
11/6/2010 às
14h30
189.27.123.120
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Julio Daio Borges
Editor
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