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Terça-feira,
23/7/2002
Comentários
nelson ayres
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como ser um nobre
Sempre admirei pessoas que levam uma vida
dupla.Um lado serio,oficial,responsavel e eventualmente
comezinho.O outro oculto,insuspeito,particular e
financiado pelo primeiro revelando-se
esplendoroso.Kafka,o grande,o autor de Metamorfose,Um
artista da fome, O Processo era um funcionariozinho
obscuro e engravatado em Praga.Servia ao
caquetico,bolorento,decadente e ultra-burocratico
imperio austro-hungaro.Kafka batendo carimbos!E notem
que ele nem tinha uma baia só sua onde poderia pôr uma
plantinha,fotos,uma pequena bibioteca.Tampouco era
funcionario de uma dessas empresas modernas com quadra
de futebol,meditação e massagista.Nessas condiçôes o
natural,o inexoravel é que tivesse estupidificado-
se.Einstein quando compôs sua sinfonia, a Relatividade
Especial, trabalhava numa repartição dos correios em
Zurique.Devaneio imaginando quão mais multiforme
,surpreendente e maravilhoso seria a existência se
aquela insignificante secretaria,o auto-indulgente e
venal chefe de gabinete o engenheiro ou gerente mundano
e carnal,em suma, todos os que veneram o ventre,que
cultivam ambições tacanhas que se mesmerizam pelas
posiçoes,sombras e nugacidades não o fossem,ou o fossem superficialmente,simulando e marginalmente estivessem a escrever tratados de astronomia,dissertaçoes de teologia e historia natural,dramas e peças sinfônicas,poesia conto e romance.Em particular eu estou me preparando para entrar na faculdade de Direito e simultaneamente no rol dos que Alexandre despreza e o faz com razão muitas vezes pois creio que é um nobre,um 'aristoi' como diriam os gregos.Os nobres,os verdadeiros nobres, desprezam os vulgares cultuadores do ventre(e não está nos meus planos tornar-me um).Isso me faz lembrar do Le rouge et le noir de Stendhal e do seu final em que o burguês vulgar e canalha triunfa enquanto o nobre declina.Reze por mim.
[Sobre "Samurais de Fecaloma"]
por
nelson ayres
23/7/2002 às
14h11
200.128.28.200
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Lástima
Esse é de longe o mais risível,absurdo e deplorável texto que já li no Digestivo Cultural e por pouco não abala a reputação desse site e o apreço que lhe devoto.Como isso foi acontecer!!?Que lástima,que cuspe ultrajante na cara do leitor que fica sem saber se enjôa ou se comisera-se de tanta estupidez.Que festival de nonsense, de desinteligencia ou para ser mais claro:de babaquice.Chega a doer.De que manual de beatas esse tal foi buscar a historia do purgatorio?Eu digo que você, se for catolico, envergonha a Igreja com tamanha mesquinharia e obtusidade.Espero que este site, em respeito aos que o lêem, não mais nos dê o desprazer de depararmo-nos com esses dejetos.Felizmente o autor não nos brindou com o desenvolvimento de suas "idéias",com perdão de Platão.Por pouco não politiza a questão e diz que os transplantes são uma ingerência estatal sobre o corpo humano e a morte.Um avanço do Leviatã.Fez bem pois ficaria insuportável.P.S.Minhas condolêncais ao Sr. que perdeu seu filho de forma tão brutal.
[Sobre "Vai saber"]
por
J Jardim
12/6/2002 às
12h12
200.128.28.100
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um comentario
Há um livro clássico de Hannah Arendt chamado "Origens do totalitarismo" que foi escrito exatamente devido a essa sensação de abismar-se diante do crime totalitário e da inadequação das categorias tradicionais do Direito e da Filosofia do Direito para compreendê-los.É tambem recomendável a glosa de Celso Lafer "A reconstrução dos direitos humanos:um diálogo com o pensamento de Hannah Arendt".Parabéns Daniela pelo texto.
[Sobre "A falha fatal"]
por
augusto
18/4/2002 às
10h56
200.128.28.253
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Julio Daio Borges
Editor
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