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Domingo,
13/1/2002
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Patrícia Rocha
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O POP NÃO POUPA NINGUÉM
Achei interessante sua coluna!
É bom saber como funciona a indústria inglesa de música pop.
Por mais que o Pop seja simples, tenha uma estrutura montada de três a quatro partes, acho que é a forma mais democrática de se comunicar em música. As pessoas aprendem fácil a combinar três acordes, criar um refrão e se tornar "compositor". No aprendizado da expressão tem que haver um começo, não?
Quando o Pop funciona como porta para a arte, o primeiro lapso de interesse pela arte que fará a criatura descobrir como é maravilhoso poder se expressar em notas ou belas harmonias, temos que valorizá-lo de alguma forma.
Contra todo lixo enlatado, feito para produzir dinheiro e iludir a massa eu sou a favor do bom pop, aquele que busca informações de outros estilos, mesmo em um formato mais contemporâneo, com auxílio de samplers, por exemplo. Existe muita coisa boa, principalmente aí em Londres. Gosto de Portishead, Radiohead, Goldfrapp, DJ Shadow... foram descobertas que fui fazendo ao acaso e com atraso... Estas descobertas me fizeram buscar mais informações sobre música, me fizeram querer estudar música, a ouvir os estilos que não ouvia com outro senso crítico... Meu ouvido foi sendo apurado aos poucos, hoje escuto jazz, por exemplo, com um prazer muito aquém do de alguns anos atrás.
O fato de qualquer um ter acesso e chance é interessante. O triste é a disputa por vaidades e interesses.
O Brasil precisa de um bom pop, daqueles como de Cazuza, que escrevia bem e tinha ótimos parceiros como arranjadores.
Só assim o povo pode ser reeducado musicalmente. Do contrário estaremos condenados a conviver com as mais variadas qualidades de "Tchans" e "Tigrão" ou outros tipos de oportunistas existentes.
OBRIGADA E UM ABRAÇO!
[Sobre "Bom esse negócio de Hit Parade"]
por
Patrícia Rocha
13/1/2002 às
18h52
200.167.244.128
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Julio Daio Borges
Editor
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