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Terça-feira,
15/3/2005
Comentários
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é preciso ter personalidade
Ah, moça... eu digo que é muito triste estarmos assim, tão solitários. Às vezes, aliás, na maioria das vezes, eu gostaria muito de poder interagir com as pessoas ao redor de mim. Mas eu me vejo incapaz de fazer isto verdadeiramente, porque um me vê descrente e diz que preciso de religião. Então eu penso "não, obrigado, vou agüentar sozinho o peso de existir, porque não acredito no seu deus". Outro estranha as músicas que escuto e acha tudo muito esquisito. Então eu me afasto porque não quero escutar a rádio que toca toda aquela música ruim movida à jabá. Quando me aproximo de alguém e falo de literatura, não é difícil que um ou outro diga que gosta de ler. Mas quando pergunto o que a pessoa lê e ela cita algum best-seller "daqueles", já me dói continuar conversando. Encontro algum velho amigo que me cobra... "já casou?", "qual é seu carro?" ou se espanta quando eu digo que nunca gostei de Chaves (e é verdade, feliz ou infelizmente). Pô, eu passei a vida ouvindo as pessoas dizerem que é preciso ter personalidade. Bom, eu criei a minha. Mas vejo que há diversos "grupos" de pessoas uniformes. Todos seguindo o mesmo padrão de comportamento, acreditando, vendo, consumindo sempre as mesmas coisas. Sim, talvez as pessoas possam dizer que sou esquisito, que sou um doente ou sei lá o que. Mas... apenas eu e os que são mais ou menos como eu? Nossa! ("Cruz-credo!", alternativamente) Eu divaguei tanto que fugi do assunto "religião-tê-la-ou-não-?". Sinto que a religião é o aspecto mais importante de todo um conjunto de controles. Não quero, não quero mesmo. Obrigado se o cordeiro morreu para nos limpar dos pecados, mas eu não pedi, nem mesmo eu existia antes... Bom, eu poderia fazer média e brincar de faz de conta, mas não me é possível, estes brinquedos não me agradam. Então, eu me privo da convivência com tanta gente, ou engulo sapos em relação às pessoas com quem tenho de me relacionar. Bem que eu gostaria de pedi-los que se afastassem, para que eu "carregue minha cruz" mais tranquilamente... seja como for, a solidão me é angustiante, mas é o melhor que posso fazer por mim. Beijão! E pode me xingar, se eu viajei muito...
[Sobre "Deus está morto: Severino para presidente"]
por
Alessandro de Paula
15/3/2005 às
16h33
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Construção
Olá, Marcelo! Eu poderia falar muitas coisas intelectualmente interessantes, mas só vou dizer que ficou muito bacana sua construção. Um abraço!!!
[Sobre "Clássicos? Serve Fla x Flu?"]
por
Alessandro de Paula
4/3/2005 às
13h18
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O próximo passo
Julio, eu digo que pelo menos saber que somos assim, é realmente uma grande coisa. Há até quem saiba, mas quantos dão, ou querem dar, o próximo passo?
[Sobre "Apocalípticos, disléxicos e desarticulados"]
por
Alessandro de Paula
1/3/2005 às
17h20
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Vinícius Até o Fim dos Tempos
Andréa, são demais os perigos desta vida para quem tem paixão. Óbvio demais. Bom demais. Só os poetinhas têm o direito de ser óbvios. E assim o é. Vinícius me livra do cinismo e me transporta a um mundo que não existe mais, ou que talvez jamais tenha existido, a não ser para uns poucos.
Ah, hoje estou tão triste, que deveria sair do trabalho, chegar em casa e ler Vinícius (ou Artaud, só pra chegar noutro extremo?) até o fim dos tempos. Bom, como não estou assim tão espirituoso, devo pegar minha viola, enfiar no saco e partir! Beijão!
[Sobre "Um livrinho, um poetinha"]
por
Alessandro de Paula
1/3/2005 às
17h00
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Julio Daio Borges
Editor
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