COMENTÁRIOS
>>> Comentadores
Sábado,
2/2/2002
Comentários
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Roberto Campos
Fabio- obrigado pelos elogios. Que retribuo. É claro, você não precisa concordar comigo- concordar é sempre um pouquinho chato. Discordemos, portanto. Agora, quanto ao acordo- sei que fui eu que o propus, mas vou ter que ser o primeiro a recuar. Se falo mal da economia, não é porque nunca fui apresentado a essa Senhora- é porque me separei dela depois de dois anos de penoso, chato noivado na FEA-USP. Li Samuelson, Ricardo, Heilbronner, Marshall, e outros homens sérios e solenes, cuja localização precisa no Inferno de Dante não sei dizer. Li as primeiras, sei lá, duzentas páginas de "Lanterna na Popa". Roberto Campos tem algum senso de humor, mas a alma dele é seca, seca, seca. Segurei a alma dele nas mãos, e ela era um graveto...Um graveto! Não é que eu seja de esquerda (sinceramente, girei tanto que já não sei onde estou, e vou vomitar no tapete), e não é por nenhum motivo tão estúpido quanto não concordar com o que ele diz. Mas tentar ler o livro de novo doeria muito. (E se a Dona FEA vier se queixar de que não a louvo em meu trobar, veja como a louvarei todavia: Dona Fea, Velha e Sandia)P.S. Tolkien- Alguém que estivesse em relação a Erl Koenig como você está em relação a "O Senhor dos Anéis" poderia dizer que não quer ler poema com elfos...Meu ponto todo era que a presença de elfos (Erl Koenig), bruxas (Macbeth), gigantes (Lusíadas) etc não torna a obra automaticamente menos séria...Outra coisa: "Morte chegando" é um assunto mais importante do que "coragem"? Pour quoi? Um abraço- Alexandre
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Alexandre
2/2/2002 às
17h50
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O mesmo?
José Luis: você é o mesmo José Luis Mendonça que escreveu- "Ergue-te cidade/
malar vigília/
de pássaros/
estrangulados/
cheiras a crepúsculos e/
água, cidade/
onde o vinho abre o sexo/
ao gume dos astros..."?
[Sobre "Costume Bárbaro"]
por
Alexandre
1/2/2002 às
17h05
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Tolkien não era Rui Barbosa
Fábio: você realmente acha que Tolkien é a mesma coisa que -qual o nome daquele cara que escreveu "Pantanal"? Benedito Rui Barbosa? Ou igual a (sei lá os nomes) Glória Magadan? Tolkien, o Benedito Rui Barbosa de Oxford? Só porque ele escrevia sobre hobbits e elfos? Mas, nesse caso, o "Erl Koenig" de Goethe é um poema infanto-juvenil? A versão musicada de Schubert é uma espécie de música da Xuxa? Camões era o Maurício de Souza da época dele, porque escreveu sobre o gigante Adamastor? Nem tudo que tem duende é "Xuxa e o Segredo dos Duendes"(se é que é esse o nome). Os livros de Tolkien, e o filme também, são sobre coragem, sacrifício, amizade, medo, tentação, dor. Talvez devêssemos concordar em fazer aquilo que você me recomendou uma vez: eu em relação à economia, você em relação a Tolkien- dar a tal da famosa "chance". Não é? (Vai custar mais para mim do que para você, acredite) Também C.S.Lewis, que fazia parte do círculo de Tolkien, é um autor muito interessante. Retribuo o abraço. -Alexandre
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Alexandre
1/2/2002 às
16h25
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Sua partida com Noam
Vamos continuar com a imagem do tênis só mais um pouquinho. Tudo o que eu sei é que me aproximei um pouco da quadra para dizer que achava o jogo muito chato; você diz que eu deveria aprender o jogo, e me dá como exemplo negativo o Chomsky, seu adversário, que é tão ruim que acabou de sacar pra fora; eu (que admiro Chomsky, mas isso não vem ao caso) digo apenas que seria melhor consultar um juiz, que a decisão não pode depender só de você; você diz que isso é absurdo, que regras são regras e isso não depende de opinião, só um cego não vê que a bola caiu quase um metro pra fora da área de saque; e eu digo que tudo bem, se não há juiz, não há juiz, mas continuo dizendo que acho o jogo muito chato.
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Alexandre S. Silva
31/1/2002 às
15h19
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Sejamos pernósticos
José Maria: quanto ao pernosticismo- alguém tem que continuar carregando a tocha neste mundo de Alexandre Frotas, não é? Certamente não se pode acusar o mundo de ser excessivamente pernóstico- não este mundo de gente que usa boné virado pra trás. Como eu olho à minha volta e não vejo ninguém mais tentando ser pernóstico, eu aceito a função como minha, até que uma era melhor volte.
Mas Noam Chomsky...Não acredito que você queira dizer que todos os artigos e palestras dele são meras "posturas"- no mínimo conceda que ele é morbidamente sincero e honesto. Não vi a entrevista do Milênio, e mesmo se visse, como você sabe, não saberia distinguir um erro econômico de um acerto. Mas não será que "erro", em economia, pelo menos neste contexto, não é uma questão que depende de que lado você está nesse jogo de tênis? O que o Roberto Campos chamaria de erro é a mesma coisa que o Galbraith chamaria? O saque bem-dado de um jogador de tênis pode ser chamado de erro ("Out!") pelo outro jogador, mas cabe ao juiz decidir, não é? Em outras palavras- quem é o juiz?
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Alex
30/1/2002 às
16h36
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Catilinária
"Quosque" ou "Quo usque" (que é a forma usada por Cícero, mas não a tradicionalmente citada) mas nunca "qousque", Celso. Mas eu sabia que você sabia. Você não esperava que eu fosse tão magnânimo que deixasse de mencionar a sua distação, esperava?
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Alexandre S. Silva
29/1/2002 às
23h46
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Patientia
Por tão pouco, me chamar de Catilina, ó Celso? O xis da minha questão era que não consigo compreender como alguém pode dedicar uma vida (principalmente os que acreditam que só têm uma) à economia. Como também à cartolagem, à função de síndico, ou à coleção de latinhas de cerveja. Pode ser que vocês entendam, mas eu não. By the way: é "Quosque tandem", não "Qousque tandem", como tenho certeza que você sabe.
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Alex
29/1/2002 às
16h10
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Ovo Fabergé
Caro Fabio: pode até ser que alguns economistas sejam tão bem intencionados (não duvido, realmente)- mas, fora o objetivo do trabalho deles, é preciso um certo amor pelo assunto em si, não é? E é isso que eu não entendo. Só de pensar nisso, sinto calafrios...Quanto à falta de necessidade que os escritores têm de escrever bem- discordo violentamente (amigavelmente, mas violentamente) de você. Um livro é um objeto, não opiniões. Um livro deveria também, e principalmente, ser encarado como desáine (para não dizer design). Um livro é um ovo Fabergé- o interessante é ver como esta camada se encaixa nesta outra, como este padrão se repete na parte de baixo, como a filigrana da parte de cima continua, quando se abre o ovo, no casco do navio de guerra...Não interessa muito se Fabergé era de esquerda, de direita, se era burro, mentecapto...Saramago é um artista (basta ter ouvidos); que se rebaixe a ter opiniões, é problema dele...
Quanto a Laclos- que coincidência! Este ano se comemora (se é que essa é a palavra) 222 anos desde que Valmont seduziu a Presidenta de Tourvel. Vou esperar pelo seu texto pra saber o que é que você acha do livro.
Um abraço.
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Alexandre S. Silva
16/1/2002 às
16h10
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Não diga isso...
É claro, é claro. Concedo o ponto- teoricamente. Todo mundo tem as suas vulgaridadezinhas - até eu, suponho...
Mas- Sonia! Se eles relaxarem, metade do meu prazer vai embora!
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Alexandre Soares
8/1/2002 às
03h34
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Mensagem apagada
Ah, é uma pena. Vejo que a mensagem de "Madame" foi retirada, fazendo com que a minha resposta pareça existir no vácuo. Digo que é uma pena, porque o estilo de "Madame" tinha um certo charme causado pela falta de pontuação, o que dava às suas frases a cadência sombria de uma menina aleijadinha dançando para turistas em Ciudad Bolivar. Enfim...
[Sobre "Sinais de Vulgaridade"]
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Alexandre Soares
5/1/2002 às
04h38
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O estilo, Madame, o estilo...
Longe de mim querer fazer com que as pessoas pensem- e depois quem é que se livra daquela fumacinha toda? Mas existe uma outra atividade que me desaponta não ver aplicada na sua mensagem, Madame. Chama-se "pontuação".
[Sobre "Sinais de Vulgaridade"]
por
Alexandre Soares
3/1/2002 às
19h43
200.205.157.155
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Um ladrão é sem graça
Sonia: então nos sentimos de maneira diferente. Se você se diverte, divirta-se. Champanhe sempre é bom. Esqueci isso, é claro- champanhe é uma espécie de Oz para adultos- um Sítio do Picapau Amarelo para Pedrinhos com mais de vinte.
Mas prefiro ficar com a minha versão da história- entre um ladrão mulambento e o Papai Noel, fico com o Papai Noel, obrigado.
[Sobre "Papai Noel Existe"]
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Alexandre Soares
28/12/2001 às
02h13
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Batalha Naval
Escrever um artigo como esse é como jogar Batalha Naval. Que bom que não acertei só na água, né?
[Sobre "Sinais de Vulgaridade"]
por
Alexandre Soares
12/11/2001 às
17h53
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Julio Daio Borges
Editor
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