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Segunda-feira,
13/6/2005
Comentários
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De volta a Bollywood
O financiamento na Índia, ao menos no que se refere a produção da maioria dos filmes, é sob forma de empréstimos bancários com juros muito baixos. Bem diferente da lei de incentivo brasileira, que "cobre" os produtores do filme com patrocínios, ao menos da maneira como entendo... Eu acho que a lei de mercado deveria agir no cinema brasileiro: que os cineastas brasileiros façam também filmes populares de diversão, que atraiam a população. Está acontecendo mais do que no passado, mas tem que haver algum objetivo de lucro. Ao se restringirem as empreitadas somente a filmes de arte e na busca de patrocínios, o cinema nacional sofre, pois para termos uma indústria cinematográfica, são necessários empresas e lucro.
Na Índia, estúdios ou "diretores de marca" que não produzem lucro não conseguem fazer filmes no longo prazo.
E hoje já se começa a diversificação, bem aos poucos, com estes mesmos estúdios criando espaço para filmes mais artísticos e autorais, que os usuais blockbusters em hindi.
No Brasil, quando comentei isto com um amigo cineasta, a resposta que eu ouvi é que a arte não pode ser gerida pelo capitalismo, e que se não houver "patrocínio" morre a cultura. Me parece o contrário, por falta de gerar uma indústria morre a cultura.
[Sobre "Cinema brasileiro em debate"]
por
Ram
13/6/2005 às
11h04
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Escrever...
Seu texto me recorda de uma reportagem do NYT, onde um professor comenta que as aulas de redação na escola e na universidade estão cada vez mais focadas no conteúdo do que está sendo escrito, ao invés da técnica de como escrever em bom português, como construir frases e parágrafos e o famoso diálogo com o leitor. Lembro da minha própria experiência com aulas de redação, quando sabia exatamente o que escrever para agradar a professora, e como já não gostava da aula, fiz isso e deixei de aperfeiçoar a técnica de escrever. Vim a fazer isso mais tarde, sozinho, e acho que hoje escrevo o suficiente para me expressar com clareza. A quantidade de pessoas que não escrevem com clareza em engenharia, que superficialmente não tem nada a ver com escrever, é muito grande. Por causa de textos mal escritos vários erros desnecessários são cometidos nos projetos, levando a atrasos de meses. Uma vez quando comentei com alguns de meus colegas que todo engenheiro deveria saber escrever minimamente bem, muitos retrucaram que "isso era coisa de quem não entende de engenharia". Lendo livros e artigos de vários cientistas e engenheiros famosos descobri que não só escrevem bem, como sabem da importância de se escrever bem... Só como uma observação, descobri também que o mesmo vale para quem escreve programas de computador. É bem parecido com escrever bem em português, a pessoa tem que aprimorar a técnica, ler "textos" de outras pessoas que escrevem bem, e se esforçar... E hoje em dia, muitos programas são mal escritos, e telas azuis, bugs, e outros desastres passam desapercebidos porque ninguém entende o que o cidadão fez no programa. Tudo porque as pessoas preferem ignorar técnica e estilo, e acham que sempre se trata de conteúdo... Quem escreve bem, é capaz de convencer um cidadão de quase qualquer coisa.
[Sobre "Como escrever bem — parte 1"]
por
Ram
13/6/2005 às
10h50
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Financiamento?
O cinema nacional ainda é financiado principalmente pelo parco dinheirinho dos nossos impostos. A idéia de que para se manter cineasta tem que se ganhar dinheiro ainda não pegou no Brasil... Na Índia, não é assim. Mesmo quem quer fazer filme de arte, se vira de um jeito ou de outro. E os melhores diretores são os que tem alguns sucessos comerciais, e suas aventuras artísticas, ou ambos em um só pacote. Quando nossos artistas decidirem parar de correr para as tetas governamentais, estaremos dando o primeiro passo para a maturidade. Se engenheiro não pode, porque cineasta pode?
[Sobre "Cinema brasileiro em debate"]
por
Ram
7/6/2005 às
03h01
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(+) Ram no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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