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Sexta-feira,
31/3/2006
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O amor de um segundo apenas
Algumas semanas atrás ouvi alguém falando que não entendia a razão do "amor de um segundo" não ser louvado, descrito em poemas. Ele falava daqueles instantes em que você descobre, e é descoberto por alguém, em um ponto de ônibus, em um posto de saúde, e durante segundos, minutos, horas, há uma comunhão de alma, convergência, cumplicidade. Por instantes, você amou e foi amado, por alguem que você talvez nem tenha beijado, e nunca mais verá. Mas, naquele instante, ele fez parte de sua vida, porque você permitiu que ele estivesse na sua vida, a transitoriedade da situação, saber que provavelmente nunca mais você verá essa pessoa, fez com que você fosse verdadeiro, fosse leve, fosse você. Assim, temos menos medo da rejeição, menos medo do ridiculo. E estranhamos quando a pessoa continua a nos ouvir, continua ali ao nosso lado... é tão absurdo quando gostam de nós pelo o que somos. Por momentos, houve comunhão, porque nos permitimos que houvesse, porque mostramos a nossa cara.
[Sobre "Dos amores possíveis"]
por
Camilla
31/3/2006 às
11h50
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(+) Camilla no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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