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Segunda-feira,
23/3/2009
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Prefiro o mundo cão
Eu penso que as coisas não são como escreve o Julio Borges. Parece-me que uma das propostas do cinema é pensar e refletir a vida. Se falar sobre as mazelas das múltiplas figuras dos pobres é o nosso sintoma, é necessário que assumamos, a fim de descobrir as possíveis causas dos problemas. De modo algum vi ali possíveis culpados ou uma incitação à uma luta de classes. Penso que ela exista (talvez não a luta, mas uma grande tensão entre elas). O que não podemos é deixar de pensar os problemas relevantes à nossa soeciedade que Walter sabe fazer, com o seu toque de lirismo e pessimismo. O cinema não nos trará solução dos nossos problemas. Mas creio que ele pode nos ajudar a entender as engrenagens da mesma lógica. Infiro portanto que devemos, sim, fazer filmes sobre pobres, ainda que eles não o assistam. Eles tem os seus limites. Ou o que Julio sugere? O retorno às chanchadas, ou ainda a primazia do "Se eu fosse you"? Prefiro ficar com o mundo cão de Walter.
[Sobre "Linha de Passe, de Walter Salles e Daniela Thomas"]
por
Wellington
23/3/2009 às
21h33
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(+) Wellington no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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