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Segunda-feira,
17/11/2008
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Veio como um estalo
Fazia eu o 2º grau em Madureira e normalmente chegava atrasado devido trabalhar na Zona Sul. Uma certa professora, pequenina de um ar triste, quase sempre era dela o 1º tempo de aula. Sempre a encontrava sentada a mesa dos professores. Um belo dia, cruzei com ela nos corredores na hora do recreio e notei que ela mancava. E perguntei: Professora, tudo bem! A senhora machucou-se? Ela fez dois movimentos de cabeça, abaixando e levantando, ao levantar os seus olhos fuzilavam-me. O mundo girou velozmente em minha cabeça e compreendi a gafe de não ter percebido, até aquele momento, que ela tinha uma deficiência. E, ao que parece, pelo seu jeito de ser, não lidava muito bem com essa situação. E eu, numa de quebrar o gelo, quebrei a cara. Desculpei-me e sumi o mais rápido possivel. Isso tem mais de trinta anos e veio à memória assim como um estalo ao buscar algo que marcou-me pela minha indiscrição. [Rio de Janeiro - RJ]
[Sobre "Promoção Contos Indiscretos"]
por
Oswaldo Ferreira
17/11/2008 às
09h38
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Oswaldo Ferreira no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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