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>>> Comentadores
Segunda-feira,
21/10/2002
Comentários
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Lucidez serrana
Alexandre, parece que é chegada a
hora de "run for cover". Os cubanos, às vésperas da instalação da ditadura de fidel, tinham a Flórida a menos de duzentos quilômetros de distância e reconstruiram a duras penas, no sul daquele estado, uma mini-Havana, mesmo clima, mesmo mar morníssimo, mesmas palm trees... Claro, fácil é falar agora, depois de décadas de "recomeço" em uma terra que, afinal de contas, não era a deles e que não "estava no programa". Aqui no Rio conheço várias pessoas que, precavidas, já requisitaram a nacionalidade portuguesa dos avós, ou italiana (ou polonesa!!). Run for cover. Pena. Muita pena. Decididamente, não "estava no programa"... Parabéns pela bela crônica. Um abraço.
[Sobre "Matrix, ou o camarada Buda"]
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Toni
21/10/2002 às
12h35
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Sobre os blogs
Há poucos sites escritos em português que dedicam algum espaço à reflexão sobre a internet e, entre eles, em menor número ainda os que o fazem com a atenção e isenção do Digestivo. Portanto meus aplausos, e de pé! Having said that... não tendo a tratar a mídia tradicional com a mesma reverência do nosso articulista, Júlio, como a deduzo a partir da crônica "A internet e os blogs". Por outro lado, vejo o fenômeno dos blogs com mais admiração do que a que se depreende da leitura da mesma crônica. Não tenho bola de cristal, mas acho que no futuro os jornais terão "menos" importância relativa, e a disseminação da informação (e sua interpretação) através da internet "mais" importância relativa. Nos Estados Unidos, que inventaram a internet, já há blogs que competem em audiência e credibilidade com muitos jornais, como o site do Matt Drudge, para ficar no principal exemplo dessa tendência. Parabéns pelo texto e, mais uma vez, por abrir espaço para esta oportuna discussão! Um abraço.
[Sobre "A internet e os blogs"]
por
Toni
10/10/2002 às
12h08
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Metáfora feliz
As primeiras linhas que compõem o parágrafo inicial de sua crônica constitui uma metáfora feliz: não apenas cumpre sua missão de metáfora, de dizer com outras palavras uma verdade antes encoberta, como o faz com clareza, elegância e resumidamente. Parabéns! Quanto ao texto restante, concordo inteiramente com sua avaliação. O Brasil não só poderá, como deverá se fragilizar ainda mais, trocando o socialismo acanhado desses nossos últimos oito anos, por uma forma mais bruta ainda, desinibida, de interferência governamental na vida das pessoas. O que me escandaliza mais na experiência cubana (que passará a ser o novo norte) não é tanto a deterioração no nível de bem estar material nos quarenta anos de comunismo, mesmo quando me apontam para o tamanho da queda sofrida pelos cubanos (basta dizer, nesse sentido, que em 1960 Cuba era superada apenas por Estados Unidos e Canadá em excelência de nível de vida nas Américas, enquanto hoje exibe o quadro melancólico de indigência que se conhece). O que se afigura ainda mais grave do que o colapso econômico, a meu ver, é o colapso moral das relações humanas sob a "ditadura do proletariado" (que em nada é diferente do horror nazista). O incentivo à delação, a prática desenfreada da mentira, o salve-se-quem-puder permanente, o achatamento constante do indivíduo diante dos representantes da burocracia, etc., a lista da degradação é extensa. Nesses momentos traumáticos, dizem, ganha mais valor relativo o mundo do pensamento e das idéias (mesmo que se tenha que sussurar). Enriqueçamos nossas bibliotecas...
[Sobre "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse"]
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Toni
3/10/2002 às
14h04
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Homem revoltado
Boy is this an interesting subjet. Primeiro vamos aos fatos. É sabido que toda organização humana necessita da adesão de seus participantes para existir. Nesse sentido, o papel arregimentador da grande mídia tem sido, em todas as instâncias, fundamental para a manutenção de leviatã. Em segundo lugar, vamos à crença (à "minha" crença, do que "acho" que irá suceder). O estado-nação is doomed. Tornar-se-á irrelevante e em processo de crescente obsolescência, tal como ocorreu com a Igreja, a partir do século XV. Tanto ele, quanto a grande mídia, quanto todas essas estruturas pesadas da atualidade, cederão lugar a uma arquitetura de menor escala nas relações humanas. Para concluir, uma palavra sobre esse homem/mulher revoltado(a). Ele(a), quero crer, é sintoma e não causa do quadro de referência. E o perfil a ser beneficiado é daqueles que têm capacidade de reflexão, de introversão, em contraste com os que agem mais por impulso. Tem-se podido observar essa troca de guarda até em sites como o do Digestivo, onde o bem articulado editor nos possibilita a leitura de representantes do "antigo" (por assim dizer), como também, e majoritariamente, diria, do "novo". Revoltado (estou dirigindo a pergunta a mim mesmo)? Como qualquer ser humano, às vezes...
[Sobre "Digestivo nº 100"]
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Toni
25/9/2002 às
13h03
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Sem mudar de assunto
Prezado Evandro, como foi assinalado, de Bagehot, "é importante a imponência da Constituição inglesa" e, mais adiante, "a existência de uma realeza dá segurança ao povo". Nada mais distante de nossa realidade. Quando as leis são alteradas todas os dias, na verdade é como se não houvesse leis, me parece. Tem-se tudo, menos segurança. Excelente ter-se lembrado do ilustre Joaquim Nabuco. Parabéns pelo texto! Um abraço.
[Sobre "Apesar da democracia"]
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Toni
24/9/2002 às
09h10
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Leitor assíduo
Prezado Eduardo,
tomara que você, mais adiante, já exercendo seu futuro ofício, "domine" o mundo dos negócios, da mesma forma como desde já "domina" a nossa nobre língua. Será obviamente bom para seu merecedor bolso e, com absoluta certeza, bom também para a sociedade at large. Por hora, além dos votos de sucesso, desejo sublinhar o prazer que me deu ler a crônica intitulada "Hoje a festa é nossa". Dizem que tempos de turbulência são bons para o mundo do pensamento. Nunca imaginei que um dia diria o que segue mas, if that's the price we have to pay, viva a turbulência... Abraço.
[Sobre "Hoje a festa é nossa"]
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Toni
23/9/2002 às
14h02
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Em torno da verdade
Gostaria de reiterar os parabéns ao nosso colunista pelo texto. Como havia comentado antes, tive a sorte de ter sido criado recebendo estímulo ao diálogo e à livre manifestação de pensamento, sem me sentir ameaçado, e por esse motivo me causa estranheza o ambiente carregado de intolerância e de ideologia fanática que rege tantas universidades. Aqui no Rio houve um caso que se tornou notório, o de alguns estudantes esboçarem um começo de resistência a essa hegemonia ideológica, assinalando, em jornal deles mesmos, fatos históricos em torno da escravatura africana (mais que comprovados, por inúmeras fontes) que por acaso não condiziam com o politicamente correto. Esses alunos foram praticamente linchados (fisicamente) por colegas descontrolados. Quando a poeira se assentou, o reitor (Padre Jesus não sei das quantas) se posicionou a favor dos linchadores!! Ou seja, pode-se constatar que esses marginais, vestidos de estudantes, não passavam de marionetes teleguiadas, no mesmo padrão cubano-estalinista. Se, apesar desse quadro tenebroso (que em escala liliputiana está se reproduzindo aqui), há razão para não se ter desesperança é o fato, facilmente constatável (salta aos olhos, as a matter of fact) de que a única coisa que esses censores têm do lado deles é serem numerosos. Mas isso não é suficiente para ganhar a discussão, porque a verdade, com o tempo, tende sempre a se impor. Advirto que pode demorar (na Rússia, no século XX, a civilização só retornou após oitenta anos de opressão), mas a verdade vence. Sempre.
[Sobre "Festa na floresta"]
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Toni
13/9/2002 às
12h16
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Sobre a web
Rogério,
agora que você sublinhou, pode ser mesmo
que seu comentário evoque, ainda que
muito por alto, os testemunhos born-again de inspiração evangélica. But so
what... Está tudo de bom tamanho, na
medida. A gente percebe e se contagia com seu entusiasmo, com o otimismo do texto, diria até com a "adrenalina" ali presente. É verdade que uma corrida de fórmula I, por exemplo, também transmite adrenalina. Só que é o seu "depoimento", me parece, o mais sintonizado com a vida. Seja como for, concordo com o que se afigura ponto focal da mensagem, em outras palavras, reconhecer o serviço excepcional para a causa do bem que pode ser prestado pela grande teia. Também gostaria de saudar o Evandro Ferreira, de quem sou leitor, pela clareza de seu "O underground e o Estado" e agradecer o autor pelas indicações de "para ir além". Abraços.
[Sobre "O underground e o Estado"]
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Toni
12/9/2002 às
15h26
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Notícias de longe
Prezado Eduardo,
desde que terminei o curso de graduação tenho me mantido distante de universidades de uma maneira geral. Como em casa fui criado com certa dose de independência intelectual, o clima de "pensamento único" que impera hoje em muitas universidades me é estranho e francamente antipático. A propósito, não faz muitos anos, aqui na PUC do Rio alguns estudantes foram praticamente linchados por, em determinado momento, terem esboçado um começo de resistência à ideologia dominante (em torno de fatos históricos sobejamente comprovados acerca de antecedentes da escravatura africana). Portanto leio sua coluna como a resenha de um lugar distante. Distante e um tanto primitivo, se me permite fazer eco a seu lamento. Você, certamente mais jovem e mais próximo dos acontecimentos, ainda se espanta diante do quadro que vê. Eu, francamente, nem isso... Um abraço.
[Sobre "Festa na floresta"]
por
Toni
9/9/2002 às
15h39
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Barnabé-mor
Depois das suas excelentes tiradas sobre o ócio remunerado do professor da UERJ, você agora nos brinda com esta sátira aos candidatos a barnabé-mor da populosa folha de funcionários do nosso atual regime (prestes talvez a mudar, dizem os mais agourentos, para a "sofisticação" da salsa cubana). De minha parte estou entre o bom senso de não votar (ou seja, ausentar-me da jurisdição e "justificar") e apoiar o vampciro (sorry). E isso pelas razões que mais escandalizem os socialistas por quem vivo cercado: não pelas idéias do futuro eventual barnabé-mor e sim pela bela companheira que sua excelência - também não é trouxa - sempre traz a tiracolo.
[Sobre "Quatro vampiros na TV"]
por
Toni
5/9/2002 às
12h36
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Meeting Mencken
Tenho me deparado ultimamente com menções a H.L Mencken nas páginas da web, o que despertou o interesse de começar a me familiarizar com sua obra. Quem sabe inicie a fazê-lo a partir do livro citado pelo Breno, acima. Não será coincidência que a advertência transcrita pelo Breno seja de 1918, em plena fermentação, na Europa Central, da insensatez coletiva que estava então prestes a se desenrolar. A natureza humana é inerentemente influenciável pela chamada mob psychology, o que pode ter sido útil e vital em algum momento do passado remoto da espécie. Agora nossa missão é de outro patamar, o que pressupõe a alargamento da consciência. Benvindos os arautos do bom senso. Benvindo Mencken.
[Sobre "Público, massa e multidão"]
por
Toni
4/9/2002 às
11h50
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Recordar convém
O historiador Evaldo Cabral de Mello, como você sabe, também é escritor de sucesso, tendo publicado, entre outros, o bem recebido "Olinda restaurada", acerca do período histórico imediatamente posterior à evacuação holandesa da Nova Lusitânia (como se chamava então a colônia portuguesa de Pernambuco). Essa época pode ser comparada, grosso modo, à transição ora vivida em Timor, com a saída dos indonésios, ou com a Alemanha oriental, após a queda do muro da vergonha. São épocas de renovação e esperança, de "restauração" por excelência, daí o título do livro. O fato de Cabral de Mello ter sido o organizador da coletânea que você nos apresenta me parece alvissareiro. Parabéns pela resenha!
[Sobre "Padre chicoteia coquetes e dândies"]
por
Toni
2/9/2002 às
14h50
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Em boa hora
Welcome Chief!
[Sobre "Hipermediocridade"]
por
Toni
25/8/2002 às
16h57
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Ciúme acanhado
Mas não seja por isso. Somos então QUATRO !... Tudo bem agora?
[Sobre "Hipermediocridade"]
por
Toni
24/8/2002 às
16h45
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Not losing hope
Prezado Evandro, na coluna de ontem o professor Butler Shaffer (da Southwestern University of Law) tece comentários a propósito da polaridade indivíduo X coletividade que praticamente complementam os pontos que você está salientou em "Hipermediocridade". Segundo Shaffer, "great music and other artistic expressions, inventions and discoveries, and other creative acts and ideas, have always come from individuals". Veja só, já somos três...!
[Sobre "Hipermediocridade"]
por
Toni
21/8/2002 às
12h11
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Julio Daio Borges
Editor
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