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COMENTÁRIOS
>>> Comentadores
Quinta-feira,
4/4/2002
Comentários
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Flutuando rumo ao espírito
Admiráveis leitores! Caro Vinicius, muito obrigado por seus comentários. É preciso mergulhar nas sensações, absorvê-las. E o mais importante - penso eu - é tirar resultado delas. Transformá-las em conhecimento, pois o que se vê hoje é um império das sensações vazias. Desde as Bienais até o cinema de Godard, não há reflexão. Apenas sons, imagens e gritos.
Caro Thadeu, a idéia de bildung muito me incitou a buscar novos fundamentos teóricos! Será impressão minha, ou tem tudo a ver com a concepção platônica de educação como cultivo do bem na alma? Uma busca sobretudo individual, que pode ser apenas estimulada pelo educador, não mediante a simples sugestão de conteúdos (ou incitação à revolta crítica), mas através do desenvolvimento de uma relação aluno/ professor em que este se torna o guia daquele, e capaz de incitá-lo ao cultivo dos valores espirituais mais elevados. A coisa vai longe, mesmo porque espiritualidade hoje adquiriu uma conotação totalmente diferente daquela que tinha na Alemanha do idealismo ou na Grécia de Platão. A simples enunciação do termo já faz o sujeito pensar em esoterismo de lojinha ou religião de beatas. Ai ai...
[Sobre "Passado e Liberdade"]
por
Evandro Ferreira
4/4/2002 às
15h27
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Evandro Ferreira no Digestivo...
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Perigo de apagão das lanternas
Muito bom artigo. Gostaria de relembrar aqui um grande crítico que ficou esquecido: Otto Maria Carpeaux. A leitura de seus "Ensaios Reunidos" (Ed. Topbooks) já me fez conhecer e ler vários autores ótimos! Outra coisa: dizer que o Edmund Wilson é desconhecido por grande parte dos formados em jornalismo é bondade a sua. Quase ninguém o conhece. Aliás, os atuais formandos de jornalismo não conhecem quase ninguém, além dos apresentadores de programas de entrevistas e de 2 ou 3 críticos paulistas. Nem pensar em estrangeiros. E digo isso por experiência própria, pois minha noiva se formou em jornalismo na PUC-MG, que é considerada uma das melhores do país para esse curso. Suas colegas só conheciam quem ia lá dar palestra, e olhe lá! Quanto ao crítico ter de ser um cientista, tal mentalidade já assentou (para usar uma palavra da moda!) nas universidades há tempos, por meio da disciplina de Semiótica nos cursos de jornalismo. É só dar uma olhada nos cursos de "pós" em crítica de arte. Eles quase só estudam semiótica e teorias pós-modernas de estética. Acabam nem conhecendo o trabalho de gente como Edmund Wilson e Mencken. Então saem por aí escrevendo textos tão insuportáveis que nenum leitor aguenta, mesmo porque nem entende aqueles conceitos acadêmicos todos. Esse pessoal é que forma a nova geração de críticos. Gente como o Daniel Piza e o Sérgio Augusto é exceção, vem de outros tempos. A esperança é a Internet, que dá espaço a gente que não passou pelo jornalismo das faculdades, além do fato de que, para crítica de arte, os jornais ainda aceitam gente sem diploma de jornalismo.
[Sobre "As lanternas da crítica"]
por
Evandro Ferreira
3/4/2002 às
11h05
200.167.234.58
(+) Evandro Ferreira no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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