COMENTÁRIOS
>>> Comentadores
Domingo,
31/3/2002
Comentários
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Ignorância concreta
Ao senhor José Maria é preciso lembrar que a revolução cultural em andamento no Brasil - ainda que possa não vir a ter os resultados que prevê Olavo de Carvalho - é coisa bem concreta, embora (semi) oculta aos olhos da maioria. De onde ele tirou que o autor ignora Bourdieu e Habermas, isso não sei. Parece-me mesmo desconhecimento da sua obra. Aliás, este é o maior problema de quem critica os outros nesse país, juntamente com a mania de exigir as "ações concretas", que faz dos intelectuais gente da mesma corja que os políticos, inclusive porque formam "partidinhos" coletivos para impor ideologias. No mais, o problema da pobreza se resolverá mais com um resgate da sanidade mental desse país, coisa que não virá de outro lugar que não da crítica cultural. Enfim, dizer que os textos de Olavo de Carvalho não são ações concretas contra a pobreza no Brasil é admitir, como o fazem os intelectuais esquerdistas mais típicos, que o único meio de agir socialmente é a política. Talvez seja por isso que nossos sociólogos estejam mais preocupados em criar planos para o futuro do que em entender nossas origens e nossa identidade. Se seguissem mais o exemplo de Gilberto Freyre, talvez a essa altura nós brasileiros já tivéssemos uma vaga idéia de quem somos, o que seria um ótimo ponto de partida para "ações concretas". Inclusive, quanto a estas, não era preciso que eu falasse nada aqui, mas apenas que remetesse ao texto de Montaner no Estadão de hoje (Domingo), onde ele mostra como foi inútil injetar U$ 30 bilhões para eliminar a pobreza, em um continente culturalmente imbecilizado.
[Sobre "Educação versus Marxismo"]
por
Evandro Ferreira
31/3/2002 às
16h58
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(+) Evandro Ferreira no Digestivo...
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Calma para quê?
Ótimo texto! Cheio de exemplos concretos, proporciona um panorama bastante satisfatório do que vem ocorrendo no Brasil e no mundo no que se refere à politização do ensino, o qual, segundo a ONU, deve formar um cidadão a partir de cada criança ou jovem. Ou seja, parte-se do pressuposto de que o perfil do que seja um cidadão ideal já está definitivamente traçado pelos maravilhosos pedagogos mundiais, bastando-se moldar os alunos dentro do mesmo. Quanto aos comentários de José Maria, em nada contribuíram. Não vi nada de genérico nas denúncias, muito pelo contrário, foram citados nomes de pessoas e instituições, bem como indicaram-se exemplos de ações que representam o que foi denunciado em teoria. Talvez o senhor comentarista esteja confundindo "generalidade" com "alcance". No mais, o que os esquerdistas sempre adoraram é justamente o hábito alheio de ser objetivo e atacar alvos pequenos e imediatos. Assim, enquanto seus opositores derrubam um alvo, eles erguem mais trinta com suas teorias genéricas sobre um neo-liberalismo cujo conceito é tão abrangente que serve para caracterizar qualquer coisa, até o governo social-democrata da esquerda light de FHC, que tolera um movimento de camponeses cuja cartilha afirma abertamente que tem por objetivo a revolução comunista.
[Sobre "Educação versus Marxismo"]
por
Evandro Ferreira
28/3/2002 às
21h37
200.167.242.83
(+) Evandro Ferreira no Digestivo...
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Pequena correção
Primeiramente quero dizer que adorei o texto! Plutarco é mesmo sensacional e o texto me fez ficar com vontade de lê-lo ainda mais!
Não queria parecer chato, mas preciso fazer uma correção: Plutarco comparou vidas, sim, ao contrário do que afirma o artigo. A edição completa das "Vidas" em inglês (pela Britannica - coleção Great Books) traz capítulos em que vemos o "compared" no título. Aqui está um trecho do capítulo "Agesilaus and Pompey Compared":
"In the first place, Pompey attained to all his greatness and glory by the fairest and justest means, owing his advancement to his own efforts, and to the frequent and important aid wich he rendered Sulla, in delivering Italy form its tyrants. But Agesilaus appears to have obtained his kingdom, not without offence both towards gods and towards men, towards these, by procuring judgement of bastardy against Leotychides, whom his brother had declared his lawful son, and towards those, by putting a false gloss upon the oracle, and eluding its sentence against his lameness".
[Sobre "Vidas Paralelas"]
por
Evandro Ferreira
26/3/2002 às
21h53
200.167.242.83
(+) Evandro Ferreira no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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